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Brasil : Igarapé seco durante estiagem em Rondônia causa a morte de dezenas de peixes
Enviado por alexandre em 26/08/2024 14:18:24


Peixes morrem em igarapé seco em Porto Velho. Foto: Edson Gabriel/Rede Amazônica RO

Com a seca severa e a estiagem que afeta a Amazônia, um igarapé localizado na comunidade ribeirinha Maravilha secou, causando a morte de dezenas de peixes e dificultando o acesso à água para os moradores da região.

“[O igarapé] Secou pra gente que é humano, para os peixes e pros bichos. Pássaro, capivara, macaco: tudo vai beber água no igarapé e aí como está seco eles estão sofrendo do mesmo jeito que a gente está sofrendo”, relata Conceição, que mora próximo ao igarapé.

O mesmo local que Conceição e a família usavam para atividades diárias e momentos de diversão, como banhos, se tornou em um cenário devastador: um cemitério de peixes.

“A minha reação foi de tristeza, de muita tristeza, de ver eles morrendo e eu não ter o que fazer pra salvar eles”, relembra.

Segundo a Defesa Civil Municipal, situações como essa ocorrem na região de Maravilha e em várias outras comunidades ribeirinhas, lagos e igarapés de Rondônia. A tendência é que a situação piore, já que os meses historicamente mais secos ainda não chegaram.

“O que está acontecendo? Falta de oxigênio na água, temperatura muito alta e eles não sobrevivem. Isso não só aqui, em outras regiões e vai acontecer mais ainda porque o rio Madeira continua baixando”, revela Anderson Luiz, gerente de operações da Defesa Civil.
Isolados e sem água

Sem acesso à água encanada e sem poços amazônicos, moradores de Maravilha dependem da água do igarapé e de um lago para as atividades mais básicas: cozinhar, lavar roupa e louça e se banhar. Coisas simples que se tornam praticamente impossíveis de serem feitas.
Igarapé Maravilha antes e depois da seca. Foto: Reprodução/Rede Amazônica RO

“Eu moro aqui na beira desse lago há 45 anos e eu nunca tinha visto essa situação que nós estamos vivendo agora [de seca]. É muito complicado expressar o sentimento não só meu, como de toda a população ribeirinha que depende desse lago”, relata Cláudio Uchoa.

De acordo com os relatos dos moradores, o Igarapé secou totalmente em menos de um mês. O medo deles é que o lago, agora única fonte de água, seque também, causando a morte das espécies que nele vivem e desabastecendo as 400 famílias que vivem no local.

“Essa água a gente usa pra tudo. E como a gente vai ficar se não tiver essa água?”, questiona Cláudio.
Sem boas previsões

Porto Velho está há três meses sem chuvas significativas. A última precipitação com um volume considerável foi em 25 de maio.

Em um período de estiagem extrema, todos os rios e afluentes de Rondônia são afetados. O rio Madeira bateu recordes de mínimas históricas: julho e julho foram os piores meses em quase 60 anos. Na maior parte do ano o rio se manteve abaixo da zona de normalidade e por várias vezes ultrapassou as mínimas já observadas historicamente.

Em 2023, a estiagem também causou mínimas históricas para o Madeira. O rio desceu para níveis críticos, até chegar a cota de 1,09 metro: o menor nível da história. O registro aconteceu no dia 5 de novembro, às 4h.
Seca rio Madeira 2024. Foto: Reprodução/Rede Amazônica RO

Segundo o Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), os baixos níveis são registrados por dois motivos: o período de cheia que ocorre regularmente foi muito abaixo da média, dificultando a manutenção das cotas dos rios quando chegou uma seca severa e antecipada.

“O que o Censipam tem alertado desde o ano passado é que essa estiagem se absteria pela Amazônia legal e o que a gente tem percebido em relação à hidrologia, ao fogo, tudo isso se antecipou em um mês. As previsões são da manutenção desse quadro geral de estiagem severa”, revela Caê Moura, gerente do Censipam.

*Por Jaíne Quele Cruz e Marcelo Moreira, da Rede Amazônica
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Justiça : Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco, irá depor pela primeira vez no STF
Enviado por alexandre em 26/08/2024 14:15:10


Ronnie Lessa – Foto: Reprodução

Ronnie Lessa, ex-sargento da Polícia Militar e assassino confesso da vereadora Marielle Franco, prestará seu depoimento no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta terça-feira (27). Esse será o primeiro depoimento de Lessa desde a homologação de sua delação premiada.

A expectativa é que o ex-PM traga novas informações sobre o caso, ocorrido há seis anos. Na ocasião, Marielle e seu motorista, Anderson Gomes, foram mortos, a tiros, no Rio de Janeiro.

Após o depoimento de Lessa, o STF ouvirá Élcio de Queiroz, também ex-policial militar e cúmplice de Lessa no crime – Élcio era o motorista do veículo usado no ataque contra a vereadora. A delação de Lessa já indicou o envolvimento de figuras de alto escalão, como o deputado federal Chiquinho Brazão, que possui foro privilegiado, o que levou o caso ao STF.

O depoimento de Ronnie Lessa será acompanhado pela Procuradoria-Geral da República, assistentes de acusação das vítimas, e pelos advogados de defesa dos outros réus. Entre os acusados estão os irmãos Domingos e Chiquinho Brazão, o ex-chefe de Polícia Civil Rivaldo Barbosa, Robson Calixto Fonseca, conhecido como Peixe, e o major Ronald Paulo Alves Pereira – todos são apontados pela Polícia Federal como envolvidos no planejamento do crime.

Marielle Franco e Anderson Gomes – Foto: Reprodução

As sessões de audiência de instrução e julgamento têm sido intensas. Nos últimos 10 dias, nove testemunhas de defesa já foram ouvidas, incluindo ex-colaboradores de Marielle e agentes da Polícia Federal. Esses depoimentos têm sido fundamentais para esclarecer os detalhes do caso e confrontar as investigações iniciais.

Durante as audiências, surgiram momentos de tensão, como o depoimento do agente federal Felipe José, cuja imparcialidade foi questionada pela defesa de Chiquinho Brazão. No entanto, o desembargador Airton Vieira, que preside as sessões, manteve o foco na busca por esclarecimentos sobre o caso, garantindo que as discussões não desviem do objetivo principal.

A delação premiada de Lessa trouxe à tona nomes importantes e implicações graves, levando a novos rumos na investigação. A expectativa agora é que o depoimento de Lessa no STF traga ainda mais clareza sobre o envolvimento de outros suspeitos e o possível papel de mandantes no crime.

Marcelo Ferreira, advogado de Rivaldo Barbosa, expressou ceticismo em relação ao depoimento de Lessa, sugerindo que ele pode tentar manipular as informações para manter os benefícios de sua colaboração. Ele disse: “Nossa expectativa é que ele mantenha a narrativa mentirosa, talvez agora com algum acréscimo decorrente das informações às quais teve acesso ao longo da instrução.”

Justiça : 151 vítimas: o escândalo de abuso sexual entre menonistas, grupo religioso na Amazônia
Enviado por alexandre em 26/08/2024 14:09:30


Imagem de divulgação do filme “Entre Mulheres”

As comunidades menonitas que se estabeleceram na Amazônia, especialmente em países como Bolívia e Peru, enfrentam graves acusações de desmatamento e, mais alarmante ainda, de abusos sexuais sistemáticos. Em Manitoba, uma colônia menonita na Bolívia, onde os moradores rejeitam a modernidade, um grupo de homens foi preso em 2009 e posteriormente condenado, em 2019, por estupro e abuso sexual de 151 mulheres e meninas, incluindo crianças pequenas.

Esse caso terrível inspirou o livro “Entre Mulheres”, de Miriam Toews, e adaptado para o cinema em 2022, com o mesmo título, vencedor do Oscar de Melhor Roteiro Adaptado em 2023.

O filme denuncia os abusos ocorridos nessas pequenas comunidades cristãs. “Aconteceu novamente. Quando acordamos, sentimos mãos que tinham desaparecido. Os anciãos disseram que eram fantasmas ou Satanás, ou que estávamos mentindo para chamar a atenção, ou mesmo que era um ato de imaginação feminina selvagem. Continuou durante anos. Aconteceu a todas nós”, relata uma das personagens do filme.

Isoladas e presas em uma bolha temporal com dinâmicas arcaicas e patriarcais, essas comunidades menonitas, originárias de países como Estados Unidos, Canadá, Alemanha, Holanda e Suíça, sobrevivem na Bolívia desde 1954. Elas são acusadas de desmatar terras para expandir suas atividades agrícolas, muitas vezes invadindo terras indígenas.

Entre 2005 e 2009, em Manitoba, 151 mulheres foram sedadas e abusadas sexualmente por homens da própria comunidade. Esses criminosos usavam tranquilizantes para gado, que eram pulverizados pelas janelas das casas, para dopar as vítimas enquanto dormiam e então abusar delas.

“Sabemos que são os homens que nos atacam. Não fantasmas, não Satanás, como fomos levadas a crer. Sabemos que não imaginamos os ataques. Que fomos derrubadas para ficar inconscientes com tranquilizante de vaca. Sabemos que estamos feridas, infectadas, grávidas, apavoradas, loucas… e que algumas de nós estão mesmo mortas”, diz uma das mulheres em uma cena do filme.

A investigação sobre os crimes começou quando um dos infratores foi pego em flagrante, o que levou à prisão de outros oito homens. Eles foram julgados e condenados em 2011 a 25 anos de prisão por estuprar e abusar sexualmente de 151 mulheres, incluindo meninas, mulheres adultas e idosas.

Menonitas presos condenados em 2019 por abuso sexual. Foto: reprodução

“Elas acordaram meio inconscientes, com dor de cabeça e manchas em seus corpos. Elas não tinham ideia de por que não estavam usando roupas íntimas”, revelou Fredy Pérez, promotor do caso, em entrevista à BBC em 2019.

Apesar da condenação, a luta das vítimas continua, pois as autoridades mais velhas da comunidade fazem de tudo para que as mulheres retirem suas denúncias, buscando proteger os culpados.

A escritora Miriam Toews. Foto: reprodução

Miriam Loews, autora de “Women Talking”, título original do livro que inspirou o filme, destaca a indiferença do mundo em relação aos crimes cometidos nessas colônias isoladas, onde o silêncio e a repressão são usados como ferramentas de controle e manutenção da ordem patriarcal.

“O número de incidentes de violência doméstica patriarcal nessas colônias é muito alto e, na maioria das vezes, o mundo é indiferente, o que é apenas o que os anciãos e líderes religiosos desejam. Quando o mundo exterior começa a se interessar por esses crimes, a colônia faz as malas e parte para partes ainda mais remotas do mundo, onde serão deixados sozinhos e livres para se comportar impunemente”, disse a escritora.


Imigrantes menonitas destruíram 7 mil hectares da Amazônia desde 2017


Adolescentes menonitas. Foto: reprodução

As cerca de 150 famílias de imigrantes menonitas do Canadá e da Holanda, que se instalam na Amazônia peruana desde 2017, já desmataram aproximadamente sete mil hectares de floresta, segundo o governo peruano. Embora os membros desse grupo religioso aleguem que seu impacto na floresta é mínimo e controlado, as autoridades ambientais do Peru estão investigando a legalidade de suas ações e o impacto ambiental causado.

Os grupos menonitas em Loreto, por exemplo, começaram de forma simples, com barracas improvisadas, mas hoje possuem estruturas fixas, como escolas, igrejas e fábricas, incluindo uma de queijo.

Apesar de alegarem desmatar apenas pequenas partes da floresta, a extensão do desmatamento chama a atenção de ambientalistas e do governo peruano. Wilhelm Thiessen, um dos fazendeiros estrangeiros, defende a ocupação da terra como uma continuidade de suas tradições agrícolas e religiosas.

As investigações das autoridades peruanas, lideradas pelo Ministério do Meio Ambiente, buscam entender a magnitude das operações. Jorge Guzman, representante do ministério, destaca que o desmatamento realizado pelos menonitas ocorreu em áreas de floresta virgem, sem as devidas licenças, o que exige regulamentação, que esses novos moradores não possuem.

Mais Notícias : Tratamento inédito contra o câncer chega ao Brasil; veja detalhes
Enviado por alexandre em 26/08/2024 14:03:58


Cerca de 98% dos pacientes apresentaram uma resposta positiva através do tratamento – Foto: Reprodução

Um tratamento inédito para o mieloma múltiplo, um tipo raro de câncer no sangue, chega ao Brasil. O Carvykti, também conhecido como cilta-cel, é uma terapia gênica CAR-T Cell aprovada pela Anvisa e desenvolvida pela Janssen-Cilag, uma farmacêutica da Johnson & Johnson. Esta terapia é recomendada para pacientes que não responderam a outros tratamentos e demonstrou resultados promissores, com 98% dos pacientes apresentando uma resposta positiva.

A terapia CAR-T Cell utiliza células do próprio paciente para combater o câncer. Essas células são coletadas e modificadas geneticamente para atacar as células tumorais. O processo, desde a coleta até a infusão no paciente, dura de 40 a 62 dias e é realizado em hospitais credenciados como o A.C. Camargo Cancer Center e a Beneficência Portuguesa de São Paulo. O tratamento apresenta como principal efeito colateral a síndrome de liberação de citocinas, uma reação inflamatória que requer monitoramento cuidadoso.

Embora o Carvykti represente um avanço significativo no combate ao mieloma múltiplo, seu custo elevado, de cerca de R$ 3,3 milhões, limita o acesso dos pacientes ao tratamento. Atualmente, ele não é disponibilizado pelo SUS, e a cobertura pelos planos de saúde tem sido alvo de disputas judiciais.

Justiça : “Vaza Toga”: Sob críticas, Moraes rebaixa status de investigação
Enviado por alexandre em 26/08/2024 13:59:59

Ministro determinou que apuração deixe de constar na classe de "inquérito" e passe a ser apenas uma "petição"

Alexandre de Moraes Foto: Gustavo Moreno/STF

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu reclassificar o inquérito aberto por ele para apurar o vazamento de conversas de seus assessores, episódio que tem sido chamado de “Vaza Toga”. Antes identificado como um inquérito, o procedimento agora terá o status de petição, uma classe processual menos específica e utilizada em apurações preliminares.

A ordem do ministro foi tomada em meio a críticas que tem sofrido. Assim, o rebaixamento do o procedimento foi cadastrado neste domingo (25) no Inquérito 4972, que tinha sido aberto no último dia 19 de agosto para investigar o caso da “Vaza Toga”.

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De acordo com informações divulgadas pela CNN Brasil e obtidas com fontes da Corte, Moraes teria tomado a decisão para esclarecer que o caso ainda não é um inquérito, mas o início de uma investigação, sem alvos específicos, e com o objetivo apenas de apurar um fato geral.

SOBRE O CASO “VAZA TOGA”
O vazamento das mensagens sobre Moraes foi publicado pelo jornal Folha de S.Paulo no dia 13 de agosto. De acordo com o veículo, conversas indicaram que o ministro teria usado informalmente a Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação (AEED), do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), para embasar investigações contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no STF.

Após a divulgação, o ministro instaurou um inquérito para apurar o vazamento das mensagens e determinou que o chefe da AEED durante sua gestão no comando do TSE, Eduardo Tagliaferro, prestasse depoimento na Polícia Federal (PF). Tagliaferro foi demitido em maio de 2023 após ser preso sob acusação de violência doméstica.

Tagliaferro aparece como um dos interlocutores nas mensagens vazadas, junto do juiz instrutor de Moraes no STF, Airton Vieira, e do juiz auxiliar na presidência no TSE, Marco Antônio Vargas.

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