« 1 ... 1720 1721 1722 (1723) 1724 1725 1726 ... 23335 »
Brasil : Entenda a hipersexualização do corpo negro e saiba como combatê-la
Enviado por alexandre em 21/11/2023 00:21:00

Foto: Reprodução

Psicóloga explica como funciona a hipersexualização e os efeitos negativos que ela traz para a vida de pessoas negras

No Dia da Consciência Negra, a Pouca Vergonha traz luz para um tema que ainda gera muita dúvida no que diz respeito aos movimentos raciais: a hipersexualização dos corpos negros. Um dos muitos vieses do racismo, trata-se de um olhar que desumaniza as pessoas negras, as vendo como uma espécie de “entretenimento”, meros objetos de servidão aos desejos.


De acordo com a psicóloga com abordagem afrocentrada Dheneffer Santana, a hiperssexualização é uma herança dos tempos de escravidão, em que mulheres e homens negros, principalmente os que serviam dentro da casa grande, eram usados para saciar os desejos de seus senhores. Nos dias de hoje, muitos estereótipos ainda são reproduzidos sobre pessoas negras.

 

“Os homens ainda são vistos como muito viris, com uma performance sexual muito forte e até mesmo como homens que sempre têm um pau grande. Com as mulheres existe todo o estereótipo de mulher gostosa, com muitas curvas, sedutora. Um exemplo é o carnaval, que pe o momento em que o corpo negro ganha destaque, sempre com muita sexualidade, e depois que o período acaba ele volta para o local de servidão. As referências de negros que víamos na TV eram mulheres e homens sexualizados”, explica.

 

Veja também 

 

O que acontece no nosso corpo depois de fazer sexo? Veja

 

E o sexo? Descubra se a onda de calor extremo atrapalha no tesão

 

Foto colorida em close do pescoço de uma pessoa negra - Metrópoles

Foto: Reprodução

 

Muitas vezes confundido com o simples “sentir atração” por uma pessoa negra, o processo de hipersexualização tem a ver com não enxergar a pessoa para além do viés de satisfação de desejo. “A atração traz também o afeto, o lugar de abrir caminhos para se aprofundar no outro, já a hipersexualização não. Você não enxerga ou mesmo se interessa por essa pessoa para além do viés de servidão”, afirma Dheneffer.

 

Essa hipersexualização tem consequências nocivas para as pessoas negras, que de tão reduzidas a apenas um corpo pela sociedade, chegam a não conseguir se perceber enquanto seres humanos com profundidade, questões e com um lugar no mundo que não diz respeito a satisfazer os desejos de outra pessoa.

 

“Pessoas negras constantemente se vêem nesse lugar e sentem dificuldade em dizer não, impor limites, acessar suas vulnerabilidades. E uma vez que o racismo também passa pela idealização do que seria uma pessoa negra “bonita”, muitas delas acabam se negando, têm sua autoestima afetada. A autoestima negra ainda é muito fragilizada, e muitas vezes acaba sendo moldada nesse lugar de despertar desejo. Logo, as pessoas se colocam nesse lugar de obter aprovação e têm dificuldade em perceber suas próprias vontades e ambições”, elucida.


No que diz respeito a se “blindar” da hipersexualização, a psicóloga, infelizmente, afirma: não há como se blindar. Em uma sociedade racista, em que o racismo é constantemente reproduzido e ensinado desde que nascemos, a hipersexualização vai atravessar as pessoas negras, e fatalmente interferir de alguma forma em suas vidas. O que se pode fazer é se cuidar para aprender a lidar com a situação.


“Desde a mulher negra que achou que alguém tinha interesse por ela, mas só queria sexo, até o homem que não assume uma mulher negra, são várias as narrativas que vemos todos os dias. É difícil, essas coisas não estão sob nosso controle, não há como agir ou se blindar. A gente só pode se fortalecer nesse processo de autoconhecimento, fazer terapia, separar o que o racismo injetou em nós do que de fato somos nós e entender que o racismo não nos determina”, indica.

 

Para os brancos que querem deixar de reproduzir a hipersexualização, a primeira e mais importante dica que Dheneffer dá é: admita que você é racista. Para além disso, buscar letramento e informação sobre o assunto é obrigatório. Não basta não ser racista, é preciso ser anti-racista.

 

 

 

“O racismo está dentro da branquitude, pessoas brancas reproduzem a branquitude. Racismo não é só xingar ou agredir uma pessoa negra, também está na forma com a qual você as enxerga. Revise: quais lugares as pessoas negras ocupam em sua vida? Quais símbolos pessoas negras te remetem, quantas pessoas negras ocupam lugares de afeto para você? Trate seu racismo na terapia, se olhe a partir desse lugar, questione. reconhecer é um passo importante para a desconstrução”, finaliza. 

 

Fonte: Metrópoles

LEIA MAIS

Brasil : Fotógrafa busca reconhecimento da identidade negra na Amazônia
Enviado por alexandre em 21/11/2023 00:19:43

Foco do projeto é no Estado de Rondônia, através de retratos de ribeirinhos, quilombolas, negros e indígenas.


Fotografa cria galeria com imagens de pessoas negras da Amazônia. Foto: Marcela Bonfim

Reconhecimento da (própria) identidade negra na Amazônia: esse foi o ponto de partida para que a fotógrafa Marcela Bonfim criasse um projeto que destaca as faces da negritude na região, com foco no Estado de Rondônia, através de retratos de ribeirinhos, quilombolas, negros e indígenas.

Intitulado como 'Reconhecendo a Amazônia Negra: povos, costumes e influências negras nas florestas', o projeto busca documentar, preservar a história dessas comunidades e promover a memória da população negra na Amazônia.

"A fotografia faz parte do movimento negro. Reconhecer isso é fundamental, para que possamos ter memórias das nossas referências e nos identificarmos com elas", explica a fotografa.

Projeto busca documentar, preservar a história dessas comunidades e promover a memória da população negra. Foto: Marcela Bonfim

O acesso a histórias das inúmeras populações negras na Amazônia trouxe à tona a necessidade de ressignificação da própria história do negro no Brasil, revelando contribuições e influências que ainda não foram (re)conhecidas, de acordo com Marcela.

Resistência social

Marcela Bonfim chegou em Rondônia em busca de emprego e se deparou com uma Amazônia repleta da presença negra. Seu envolvimento começou ao registrar imagens de pessoas próximas, como os membros da família Johnson. Foi quando percebeu que tinha em suas mãos um instrumento de resistência e ação.

"Encontrar uma Amazônia da cor da minha pele, diferente do que eu imaginava, me permitiu acessar lugares que nunca pensei existir",

conta Marcela.
Fotógrafa Marcela Bonfim. Foto: Redes Sociais

A fotógrafa afirma que se sente realizada em ser uma mulher negra ocupando o campo da fotografia, que por muito tempo foi dominado pela 'branquitude'. "Nós [fotógrafos negros] estamos transformando o campo da fotografia. E isso, inclusive, tem mudado a perspectiva das retratações", explica.

(Re)Construção da identidade negra

De acordo com Marcela, ao contrário do propósito comum de somente de capturar o momento, os registros fotográficos neste projeto buscam criar um movimento de memória, contribuindo para a construção da história e da identidade negra.

De acordo com a fotógrafa, prosseguir com circulação dessas histórias é um modo de não deixar de ver como negro faz e fez o Brasil, assim como ele é. E, sobretudo, como o Brasil poderá ser quando reconhecer e valorizar suas raízes africanas.

O projeto representa uma forma de resistência e atuação política. O principal objetivo é promover o autorreconhecimento das pessoas e a percepção dessa Amazônia retratada na galeria de fotos.

"O impacto mais significativo ocorre quando a própria Amazônia se reconhece como negra",

ressalta.
*Por Emily Costa, do g1 Rondônia

Política : Jair e Eduardo Bolsonaro vão à posse de Javier Milei na Argentina
Enviado por alexandre em 21/11/2023 00:14:12

Ex-presidente e deputado federal conversaram com presidente eleito da Argentina nesta segunda-feira


Jair e Eduardo Bolsonaro Foto: PR/Marcos Corrêa

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) conversaram, nesta segunda-feira (20), por meio de uma chamada de vídeo, com o presidente eleito da Argentina, Javier Milei, que os convidou para a sua posse. Em um bate-papo descontraído, o ex-chefe do Executivo e o parlamentar confirmaram a ida para a cerimônia, que acontecerá no dia 10 de dezembro.

– Excelente chamada de vídeo de Jair Bolsonaro e o presidente eleito da Argentina, Javier Milei. Lula tentou interferir na eleição argentina a favor de Massa, o candidato do Foro de SP, mas não obteve sucesso. Aceitamos o convite de Milei e estaremos em Buenos Aires para sua posse – escreveu Eduardo.

Leia também1 Enem: Ministro terá de esclarecer na Câmara viés em questões
2 Igreja Batista do Recreio celebra 35 anos de fé e comunhão
3 Milei confirma plano de fechar o Banco Central da Argentina
4 Gleisi instiga a militância do PT contra Estadão e editora do jornal
5 Bruna Lombardi tem mansão furtada por ladrões em São Paulo

O ex-presidente Jair Bolsonaro compartilhou em suas redes um trecho da ligação no qual deixou uma mensagem de apoio ao presidente eleito no país vizinho.

– Você [Milei] representa muito pra nós democratas e que somos amantes da liberdade. Você representa para o Brasil muita coisa. Tenha certeza que tudo o que for possível fazer por você, estarei à sua disposição. Tenha certeza que Deus vai te iluminar, vai te proteger e você fará um bom governo para o bem dos nossos países – disse Bolsonaro no trecho divulgado.

Neste domingo (19), Milei derrotou o peronista Sergio Massa, candidato do governo argentino abertamente apoiado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e seus correligionários. O libertário obteve uma vantagem de mais de dez pontos percentuais (55,6% dos votos contra 44,3% de Massa).

O herdeiro do peronismo foi diretamente ajudado pelo governo brasileiro: além da cessão de marqueteiros que trabalharam na campanha de Lula, o petista também atuou para facilitar um empréstimo concedido à Argentina que teve o objetivo de favorecer Massa, que é ministro da Economia da atual gestão, encabeçada por Alberto Fernández, que é próximo ao PT.

*Com informações AE

Brasil : Inmet registra dia mais quente na história do Brasil em Araçuaí (MG): 44,8ºC
Enviado por alexandre em 21/11/2023 00:08:52


Araçuaí (MG) teve o dia mais quente registrado no país neste domingo (19): 44,8ºC. Foto: Reprodução

Neste domingo (19), a cidade de Araçuaí (MG) teve o dia mais quente no histórico de medições do Brasil, segundo o Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). O município, que fica no Vale do Jequitinhonha e tem 34.297 habitantes, registrou a temperatura de 44,8ºC.

A alta temperatura foi consequência de um aquecimento pré-frontal que intensificou o calor no Nordeste de Minas Gerais. Essa foi a oitava onda de calor registrada no país esse ano, tendo início no dia 8 de novembro e acabando no fim de semana.

Uma outra cidade de Minas Gerais registrou a segunda maior temperatura nesta semana: São Romão, que atingiu 43,4ºC em 15 de novembro. O município foi seguido por duas outras cidades no Mato Grosso do Sul: Porto Murtinho, com 43,4ºC em 16 de novembro, e Corumbá, com a mesma temperatura no dia 14.

O recorde anterior havia sido registrado em novembro de 2005, quando a cidade de Bom Jesus (PI), que fica a 632km de Teresina, teve a máxima de 44,7ºC.

Apesar do recorde em Araçuaí, o Inmet já registrou uma outra cidade com temperatura igual três anos atrás. Nos dias 4 e 5 de novembro de 2020, Nova Maringá (MT) teve 44,8ºC. O instituto não se manifestou sobre o número e se esse registro tem validade.

O país teve oito ondas de calor em sete meses diferente neste ano. A maioria delas durou até uma semana, com exceção da última, que durou 12 dias e teve vários municípios do Sudeste e do Centro-Oeste com mais de 40ºC.

A onde de calor que ocorreu em setembro teve a mesma duração, indo dos dias 18 a 29 daquele mês. A temperatura mais alta registrada na ocasião foi em São Romão (MG), com 43,5ºC. Relembre:

As oito ondas de calor registradas no Brasil em 2023. Foto: Reprodução/Inmet

Justiça : STF anulou 63% dos vínculos de emprego definidos no TST em 2023
Enviado por alexandre em 21/11/2023 00:07:17


Fachada do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil

Um estudo da Fundação Getúlio Vargas de São Paulo (FGV-SP) apontou que, de janeiro a agosto deste ano, o Supremo Tribunal Federal (STF) atendeu 63% dos pedidos de empresas para anular decisões da Justiça do Trabalho que reconheceram vínculo de emprego. O estudo foi obtido pelo Broadcast (sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado).

Nesse tipo de recurso, não ocorre análise das provas do processo. Os ministros apenas avaliam se a sentença, proferida em instância inferior, seguiu ou não a jurisprudência do Supremo. Por meio de reclamações, as decisões têm sido questionadas.

Na temática da terceirização da atividade-fim ou pejotização, o STF recebeu 167 reclamações de empresas buscando anular decisões da Justiça do Trabalho que reconheceram vínculo de emprego. Desses, 48% foram atendidos pelos ministros. Esses casos envolvem contratos de pessoa jurídica (PJ) que, segundo o entendimento de juízes do trabalho, caracterizam fraude.

Quanto à contratação de advogados associados, 75% das decisões do Supremo não reconheceram a existência de vínculo empregatício e permitiram a contratação como autônomo.

Em situações relacionadas ao transporte autônomo de cargas, 84% das decisões entenderam que a competência é da Justiça Comum, não da Justiça do Trabalho, para analisar a temática. Já em relação a outros autônomos, 54% das decisões do Supremo permitiram a contratação.

A coordenadora da pesquisa, Olívia Pasqualeto, destacou que há uma distinção importante entre pejotização e terceirização que não está sendo devidamente considerada nas decisões da Suprema Corte.

Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto: Carlos Moura/SCO/STF

“Quando o STF libera (em 2018) a possibilidade de terceirizar, muita coisa começa a ser feita, como contratação de pessoa jurídica, que não é mesma coisa que terceirizar. Na PJ, eu contrato diretamente alguém, o que por si só não é fraude, mas em muitos casos é. E, muitas vezes, o que a Justiça do Trabalho vai fazer é avaliar se tem ou não fraude ali”, afirmou a pesquisadora ao Broadcast.

Em 2018, o Supremo validou a terceirização da atividade-fim das empresas e fixou tese para determinar que “é lícita a terceirização ou qualquer outra forma de divisão do trabalho entre pessoas jurídicas distintas”.

Segundo a pesquisa da FGV-SP, entre os ministros predomina a interpretação ampla dos precedentes do Supremo. “Há uma tendência em validar, com certa facilidade, outras formas de contratação que não o vínculo de emprego”, avaliou Pasqualeto.

A pesquisa também relatou um aumento nas reclamações contra decisões da Justiça do Trabalho entre 2018 e 2020, possivelmente associado ao início da vigência da reforma trabalhista, que ampliou as possibilidades de terceirização.

O advogado Daniel Domingues Chiode, sócio do escritório Chiode Minicucci | Littler e advogado da Cabify nas ações que tramitam no Supremo, ressaltou que a atuação do STF no tema vem na esteira de uma ausência de regulação de novas formas de trabalho e de uma aplicação indevida da CLT pelos tribunais trabalhistas.

“O Supremo vem reconhecendo que a evolução dos métodos produtivos não se encaixa na CLT”, disse o advogado.

« 1 ... 1720 1721 1722 (1723) 1724 1725 1726 ... 23335 »
Publicidade Notícia