Nossa maior riqueza é nossa cultura e nossa relação com a natureza, o beiradeiro, os quilombolas, os povos tradicionais e ribeirinhos trazem consigo essa comunhão. Resgatar e preservar são de suma importância para nossa região e para o mundo.
Todos os dias assistimos propagandas de maravilhas que precisamos como exemplo o ômega 3, e os principais anúncios sempre propagam que são de peixes das águas geladas do norte da Europa, o mais rico rsrsrsrs. O engraçado que encontramos tanto ou mais ômega 3 no nosso querido jaraqui. E quando ele é combinado com o açaí temos uma potencialização nutricional maravilhosa e deliciosa desses ácidos graxos e outros nutrientes.
Foto: Reprodução/Tv Amazonas
E poucas pessoas conhecem as pesquisas desenvolvidas pelo Instituto de Pesquisas da Amazônia (INPA) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA), que são centros de excelência de pesquisas de reconhecimento internacional sobre o ômega3 do nosso jaraqui. Aliás, são os chamados ácidos graxos com ômegas 3, 6 e 9. E só estou falando de dos ácidos graxos que são explorados comercialmente de forma exaustiva e não sabemos que estão aqui em nossos rios e na nossa cultura. Outro exemplo é o açaí, que além do valor nutricional rende por ano mais que soja ou boi no pasto, sem degradar nossa natureza ou nossas florestas.
A nossa tradição cultural nos presenteou com uma riqueza enorme, que se expressa em nossa relação com o meio ambiente, e poderíamos não só desenvolver pesquisas, mas transformar em produtos que nos beneficiariam e com uma proposta de desenvolvimento regional sustentável, mais adequado ao século XXI.
E as perguntas são muitas, por que não organizamos propostas de desenvolvimentos que sejam sustentáveis e com nossas características? Por que não temos laboratórios pesquisando e produzindo essas riquezas aqui e gerando empregos e desenvolvimento? Bora Refletir e mudar.
Para deixar a coluna mais saborosa segue abaixo uma receita de jaraqui com açaí, essa receita é da Feira do Ver o Peso, uma das minhas preferidas:
Receita do prato de Peixe frito com Açaí
Ingredientes
4 postas de peixe (200 gramas cada)
Vinha d'alhos
150 gramas de farinha de trigo
4 colheres de sopa de óleo
1 litro de açaí
Farinha d'água
Preparo
Colocar as postas de peixe de molho no vinha d'alho para pegar sabor.
Retirá-las e secar com papel tolha.
Passar as postas na farinha de trigo, batendo para retirar o excesso.
Fritar as postas em uma frigideira com óleo bem quente.
Saiba como servir peixe frito com açaí corretamente
Colocar o peixe em um prato decorado com folhas de alface, rodelas de tomate e cebola.
O açaí e a farinha d'água serão colocados em recipientes separados.
Molhe o peixe no açaí e na farinha d'água.
Sobre o autor
Walace Soares de Oliveira é cientista social pela UEL/PR, mestre em educação pela UEL/PR e doutor em ciência da informação pela USP/SP, professor de sociologia do Instituto Federal de Rondônia (IFRO).
Área usada pelo garimpo ilegal aumentou em 35 mil hectares, diz estudo da MapBiomas
Portal Amazônia com informações da Agência Brasil
A área ocupada pelo garimpo ilegal no Brasil cresceu 35 mil hectares em 2022 na comparação com o ano anterior, segundo dados divulgados nesta sexta-feira (22) pelo MapBiomas. O levantamento mostrou que esse crescimento ocorreu principalmente na Amazônia, que em 2022 concentrava a quase totalidade (92%) da área garimpada no Brasil. Quase metade (40,7%) da área garimpada nesse bioma foi aberta nos últimos cinco anos. O principal interesse dos garimpeiros é pelo ouro, com 85,4% dos 263 mil hectares garimpados para a extração desse minério.
O estudo também revelou a concentração do garimpo em áreas de proteção e restritas à atividade, como nos Parques Nacionais do Jamanxin, do Rio Novo e da Amazônia, no Pará; na Estação Ecológica Juami Jupurá, no Amazonas, e na Terra Indígena Yanomami (TI Yanomami), em Roraima. Segundo o MapBiomas, as três primeiras áreas são garimpadas há mais de 20 anos, mas as imagens de satélite revelam crescimento nos últimos 10 anos. Já a área garimpada na Esec Juami Jupurá tem menos de cinco anos e a TI Yanomami, teve aumento nos últimos 10 anos.
Foto: Reprodução/NACHO DOCE
"O tamanho desses garimpos sobressai nos mapas, sendo facilmente identificável até por leigos. Surpreende que ano após ano ainda subsistam. Sua existência e seu crescimento são evidências de apoio econômico e político à atividade, sem os quais não sobreviveriam, uma vez que estão em áreas onde o garimpo é proibido"
- disse o coordenador técnico do mapeamento de mineração do MapBiomas, César Diniz
Segundo o MapBiomas, o crescimento do garimpo em áreas protegidas em 2022 foi de 190% maior do que há cinco anos, com aumento de 50 mil hectares. Nesse ano, mais de 25 mil hectares em Terras Indígenas e de 78 mil hectares em Unidades de Conservação estavam ocupados pela atividade. Em 2018, eram 9,5 mil e 44,7 mil hectares. Em 2022, 39% da área garimpada no Brasil estava dentro de Terras Indígenas ou de Unidades de Conservação.
Nas Terras Indígenas, 15,7 mil hectares foram ocupados pelos garimpeiros em 2022, o que representa um aumento de 265%. O mapeamento mostra que 62,3% da área garimpada em Terras Indígenas foi aberta nos últimos cinco anos. As Terras Indígenas mais invadidas pelo garimpo são a Kayapó (13,7 mil hectares), Munduruku (5,5 mil hectares), Yanomami (3,3 mil hectares), Tenharim do Igarapé Preto (1 mil hectares) e Sai-Cinza (377 hectares).
Nas Unidades de Conservação, 43% da área explorada foi aberta nos últimos cinco anos. Segundo o MapBiomas, as mais invadidas são a APA do Tapajós (51,6 mil hectares), a Flona do Amaná (7,9 mil hectares), Esec Juami Jupurá (2,6 mil hectares), Flona do Crepori (2,3 mil hectares) e Parna do Rio Novo (2,3 mil hectares).
"Uma das consequências do garimpo é o assoreamento dos rios e a contaminação de suas águas. As imagens de satélite mostram que as bacias mais afetadas pela atividade garimpeira são Tapajós, Teles Pires, Jamanxim, Xingu e Amazonas. Essas cinco bacias representam 66% da área garimpada do país, sendo Tapajós 20% (54,8 mil hectares) e Teles Pires 18% (48,1 mil hectares)"
-reforça o documento do MapBiomas.
Mineração industrial
De acordo com os dados do mapeamento, não houve crescimento na área ocupada pela mineração industrial, que em 2022 ocupava os mesmos cerca de 180 mil hectares registrados em 2021. No ano passado, essa área correspondia a 40% do total explorado pela atividade no Brasil (443 mil hectares).
Os estados com maior área ocupada pela atividade industrial com 76% da área (339 mil hectares) são Pará, Mato Grosso e Minas Gerais. O município com maior área minerada no Brasil é Itaituba, no Pará, com 71 mil hectares, 16% da área minerada do país. Em seguida vêm Jacareacanga (PA) e Peixoto de Azevedo (MT), com 20 mil e 13 mil hectares.
Quer enviar um nude para o crush e não quer fazer feio? Confira algumas dicas para deixar a foto mais bonita e conceitual
Quando o assunto é flerte, é inegável que uma das ferramentas mais usadas pelas pessoas que gostam de ousar é o nude. As fotos nuas ganham cada vez mais força na paquera – ainda mais em tempos de plataformas de conteúdos sexuais. Mas existe uma forma certa de tirar os famosos nudes?
Antes de mais nada, é importante ressaltar que os nudes são ótimos aliados, mas apenas quando já foi estabelecido esse tipo de intimidade com a outra pessoa. Ou seja: nada de mandar nudes não solicitados e em momentos inoportunos.
Dito isso, a Pouca Vergonha conversou com alguns leitores adeptos de mandar fotos sensuais para o crush para listar algumas dicas de como deixar o nude perfeito. Afinal, não existe motivo para que uma foto pelada não tenha bom gosto.
“Não há nada mais broxante do que receber um nude com coisas aleatórias ao fundo da foto: vaso sanitário aberto, pilha de roupas na cama, vassoura/rodo, fotos de família penduradas na parede… Acho que o melhor a se fazer é procurar um local mais neutro e vazio para fazer os cliques”, Paula*, 28.
LUZ
“Gosto quando o nude tem uma luz bonita, vindo da frente da pessoa, ou mesmo uma luz conceitual, com a pessoa contra a luz ou à meia-luz. Aquelas luminárias coloridas que imitam a iluminação de um pôr do sol também ficam muito bacanas”, Diego*, 31.
ÂNGULO E POSES
“Além de escolher o ângulo certo para valorizar o corpo (por exemplo, nunca tirar a foto de baixo ou de cima, sempre optar por tirar de frente), é importante escolher também as poses certas. Acho horrível quando recebo uma foto de um superclose de um pênis, isso não dá tesão algum. Quero ver o conjunto. Para conseguir ir além da selfie, o timer do celular é uma opção”, Bruna*, 29.
ESPELHO EMBAÇADO
Foto: Reprodução
“Eu adoro um nude artístico e acho tudo quando as pessoas usam um espelho embaçado para tirar a foto. Fica bonita, não mostra tanto, deixa um gosto de ‘quero mais’”, Fernando*, 33.
A temperatura atingiu 40ºC neste domingo em onze estados brasileros e em todas as regiões do país. Máximas acima dos 40ºC foram observadas à tarde em grande número de cidades, especialmente do Centro-Oeste e do Sudeste, em particular nos estados do Mato Grosso do Sul e de São Paulo. A MetSul Meteorologia alerta que o calor aumenta em vários estados nesta primeira metade da semana.
Na Região Sul, somente o estado do Paraná chegou neste domingo aos 40ºC com registro de 40ºC pelo Instituto Simepar na cidade de Cambará, perto da divisa com o Paraná. Já na rede do Instituto Nacional de Meteorologia, a máxima no estado paranaense foi de 39,7ºC em Paranapoema. Em Santa Catarina, a máxima foi de 39,6ºC na estação do Ciram em Corupá. No Rio Grande do Sul, estação automática particular acusou 37,8ºC em Santa Rosa.
No Centro-Oeste, muitas localidades alcançaram os 40ºC. Entre as estações automáticas do Instituto Nacional de Meteorologia no Mato Grosso do Sul, as máximas foram de 42,1ºC em Paranaíba, Três Lagoas e Porto Murtinho. Fez ainda 42,0ºC em Água Clara. No Mato Grosso, máximas nas estações automáticas de 40,9ºC em Rondonópolis e Gaúcha do Norte, 40,6ºC em Cuiabá e 40,3ºC em Porto Estrela. Goiás teve máximas nas automáticas de 41,3ºC em Itumbiara, 40,6ºC em São Miguel do Araguaia, 40,3ºC em São Simão, 40,2ºC em Goiás e 40,0ºC em Edeia.
Na Região Norte, as maiores máximas se concentraram em cidades de Tocantins, onde as estações automáticas do órgão federal apontaram 40,8ºC em Araguaçu, e 40,2ºC em Santa Rosa do Tocantins e 40,2ºC em Paranã.
No Nordeste, a Bahia teve máximas neste domingo nas estações federais de 40,7ºC em Ibotirama, 40,2ºC em Bom Jesus da Lapa e 40,1ºC em Formosa do Rio Preto. No estado do Maranhão, Balsas anotou 40,1ºC. No Piauí, as máximas bateram em 41,5ºC em Oeiras, 40,9ºC em Floriano, 40,7ºC em São João do Piauí, e 40,3ºC em Picos e Alvorada do Gurguéia.
Na Região Sudeste, o calor aumentou muito neste domingo em Minas Gerais e no Rio de Janeiro. Estações automáticas do Instituto Nacional de Meteorologia em Minas Gerais apontaram máximas de 40,9ºC em São Romão, 40,3ºC em Ituitaba e 40,1ºC em Campina Verde. No Rio de Janeiro, 40,3ºC em Seropédica. Na cidade do Rio de Janeiro, a máxima medida pelo órgão federal foi de 39,9ºC na Vila Militar, mas a Prefeitura do Rio pelo sistema AlertaRio mediu 40,9ºC em Irajá.
Em São Paulo, grande parte do interior do estado teve máximas acima de 40ºC com 41,1ºC em Valparaíso, 40,8ºC em Registro, 40,5ºC em Barra Bonita, 40,4ºC em Lins e Iguape, 40,3ºC em Barretos, 40,2ºC em Dracena, e 40,1ºC em Ourinhos e Presidente Prudente. Muitas estações do Ciiagro indicaram mais de 40ºC, como Brotas que foi a 43,5ºC, 42ºC em Indiaporã, Araçatuba com 41,5ºC, 41,3ºC em Santa Salete e 40,7ºC em Andradina, dentre outras.
A temperatura máxima na cidade de São Paulo na estação do Mirante de Santana foi de 36,5ºC. Trata-se da maior temperatura do ano, mas não recorde. A maior máxima de setembro na série histórica da estação foi 37,1ºC em 30 de setembro de 2020. Já o recorde absoluto de máxima é de 37,8ºC em 2014.
Por que tanto calor?
O calor excepcional e histórico decorre de uma grande bolha de ar quente que há dias está instalada entre o Paraguai e o Centro-Oeste do Brasil, trazendo calor extremo em parte do Brasil, no Norte da Argentina, Paraguai e Bolívia. As máximas ontem passaram de 43ºC na Argentina e de 45ºC no Paraguai. Hoje, o Paraguai voltou a ter 45ºC em Presidente Hayes.
Uma bolha de calor, que se denomina também de domo ou cúpula de calor (em Inglês é chamada de heat dome) ocorre com áreas de alta pressão que atuam como cúpulas de calor, e têm ar descendente (subsidência). Isso comprime o ar no solo e através da compressão aquece a coluna de ar.
Em suma, uma cúpula de calor é criada quando uma área de alta pressão permanece sobre a mesma área por dias ou até semanas, prendendo ar muito quente por baixo assim como uma tampa em uma panela.
É, assim, um processo físico na atmosfera. As massas de ar quente se expandem verticalmente na atmosfera, criando uma cúpula de alta pressão que desvia os sistemas meteorológicos – como frentes frias – ao seu redor. À medida que o sistema de alta pressão se instala em determinada região, o ar abaixo aquece a atmosfera e dissipa a cobertura de nuvens.
Evidências de estudos sugerem que a mudança climática está aumentando a frequência de cúpulas de calor intensas, bombeando-as para mais alto na atmosfera, algo não muito diferente de adicionar mais ar quente a um balão de ar já aquecido. Por isso, vários estudos apontam aumento da intensidade, duração e frequência de ondas de calor no Brasil e ao redor do mundo.
Calor aumenta em alguns estados
O calor segue acima dos 40ºC nos mesmos estados que alcançaram a marca hoje nesta segunda e na terça, e na grande maioria ainda na quarta. As máximas, inclusive, devem se elevar em alguns neste início de semana com máximas de 42ºC a 44ºC no Mato Grosso do Sul e no interior de São Paulo. Na cidade de São Paulo, o calor recua nesta segunda e aumenta muito na terça com máximas semelhantes às observadas hoje.
Em Minas Gerais, na Bahia e no Rio de Janeiro o calor deve aumentar muito até o meio da semana. Belo Horizonte, que hoje foi a 37ºC, deve ter máximas mais altas nesta segunda, na terça e na quarta com o pico do calor terça e quarta com máximas de 38ºC a 40ºC, logo pode cair o recorde de máxima da capital mineira de 38,4ºC em 7/10/2020. Muitas cidades mineiras vão passar dos 40ºC.
O estado do Rio de Janeiro também devem experimentar uma intensificação do calor. O calor será extraordinário no Rio na quarta com máximas de 40ºC a 43ºC em diversas cidades, não se descartando marcas de até 43ºC a 45ºC em alguns pontos. Recordes de calor podem cair em várias cidades fluminenses.
As árvores representam a diversidade natural e cultural desse vasto país. Cada Estado da Amazônia possui uma árvore que simboliza sua identidade e suas características únicas. O Portal Amazônia preparou uma lista com as árvores emblemáticas que representam cada Estado da região:
Seringueira - Acre
Protagonista de um importante período econômico na Amazônia durante o século XIX e início do XX, a seringueira, árvore é produtora do látex utilizado na fabricação da borracha natural. Seu nome científico é Hevea brasiliensis L. e pertence à família das Euphorbiaceae. A seringueira apresenta folhas compostas, flores pequeninas e reunidas em amplas panículas. Sua madeira é branca e leve. Seu fruto encontra-se em uma grande cápsula com sementes ricas em óleo, que pode servir de matéria-prima para resinas, vernizes e tintas.
Foto: Divulgação/Fapeam
Amapazeiro - Amapá
O amapá é uma árvore da família das apocináceas, nativa da região Amazônica. Os frutos são roxo-escuros comestíveis e fornecem matéria branca, cuja casca exsuda látex branco - conhecido como leite de Amapá - que tem várias aplicações medicinais, sendo muito utilizado na medicina popular na região.
Amapá é considerado um remédio poderoso, o "fortificante da Amazônia", usado por muitos e muitos anos pela população rural e urbana para o tratamento de problemas pulmonares, gastrite, fraqueza e cicatrização. Também é usado como tônico por pessoas que sentem fraqueza, especialmente mulheres após o parto. Estudos comprovaram a ação analgésica e anti-inflamatória das espécies P. fasciculata e B. parinarioides.
Foto: Rafael Aleixo/Setec
Castanheira - Amazonas
A castanheira-do-Brasil é uma árvore alta e bela, nativa da Amazônia. Ela pode ser encontrada em florestas às margens de grandes rios, como o Amazonas, o Negro, o Orinoco e o Araguaia, mas está ameaçada de extinção.
As castanheiras-do-Brasil normalmente atingem entre 30m e 50m de altura e de 1m a 2m de diâmetro. É uma das espécies mais altas da Amazônia. Há registros de castanheiras que alcançaram 50m de altura e mais de 5m de diâmetro. Seu tronco é reto e os galhos se concentram na parte mais alta da árvore. A casca é acinzentada, e as folhas, que ficam acima da copa das outras árvores, têm de 20cm a 35cm de comprimento.
O fruto da castanha leva mais de um ano para amadurecer, é mais ou menos do tamanho de um coco e pode pesar 2kg. A casca é muito dura e abriga entre 8 e 24 sementes, que são as apreciadas castanhas.
O babaçu, também conhecido como baguaçu, coco-de-macaco e, na língua tupi, uauaçu, é uma nobre palmeira nativa da região Norte. A árvore pode atingir de 10 a 30 metros de altura e suas grandes folhas arqueadas podem chegar a oito metros de comprimento.
Cada palmeira pode apresentar entre três a cinco longos cachos de flores amareladas. O pico de florescimento acontece entre janeiro e abril e os frutos amadurecem entre agosto e dezembro. Cada cacho, por sua vez, pode produzir de 300 a 500 cocos. A casca do fruto é resistente e, no seu interior, há de 3 a 5 amêndoas que têm valor comercial por serem a principal matéria-prima para a produção do óleo de coco do babaçu.
Na linguagem indígena Tupi-Guarani o fruto Tarumã significa 'Fruta escura de fazer vinho'. Porém, o significado 'fruto que dá em cachos' também é atribuído à linguagem indígena. A árvore, característica das matas ciliares do cerrado e das matas de transição, tem como uma das muitas qualidades a sua resistência ao sol. O Tarumeiro pode medir até 25 metros de altura, sua folha é aveludada e dividida em três partes. As flores são azuis e as frutas redondas, carnosas e doces.
A madeira da Tarumeiro é usada na construção civil. A planta é tão útil que os frutos são utilizados até como isca para pescaria. Por outro lado, na medicina, as folhas em infusão são usadas como diurético e depurativo do sangue e no combate à pressão alta; sua raiz é tônica, antitérmica e combate inflamações da bexiga e do útero, além de diversas doenças da pele.
Foto: Paulo Robson de Souza/UFMS
Mangueira - Pará
Símbolo da cidade de Belém do Pará, conhecida como 'Cidade das Mangueiras', esta árvore é uma das principais espécies frutíferas tropicais cultivadas no mundo. A Mangueira é originária da Ásia desde o leste da Índia até as Filipinas, foi introduzida no Brasil (pelos portugueses, no século XVI) e em outros países tropicais, e adaptou-se muito bem ao clima.
Apresenta copa densa, perene e muito frondosa. Seu fruto, a manga, é saborosa e perfumada, com casca fina, porém resistente, podendo apresentar cores diversas entre o verde, vermelho, rosa, amarelo ou laranja, com ou sem manchas pretas.
As mangueiras têm tronco largo, casca escura, rugosa e látex resinoso. As folhas são coriáceas, lanceoladas, com 15 a 35 cm de comprimento. Esta árvore possui floração abundante e ornamental, inflorescências paniculadas e terminais, com flores pequenas.
A Chicha ou Xixá é encontrada com pouca frequência em estado nativo nesta região, porém vista em paisagismo urbano. A árvore de grande porte, atingindo de 06 a 20 metros de altura, chama a atenção. A copa é cilíndrica e pouco aberta e os galhos crescem de forma ascendente e na maioria das vezes exsudam ou transpiram um tipo de resina ou cera pegajosa.
Muito apropriada para o paisagismo pela sua beleza. Os frutos vermelhos são usados em decoração e na confecção de utensílios domésticos. Já as sementes da Chichá são comestíveis e procuradas por pequenos animais.
Foto: Reprodução/Capes
Samaúma - Roraima
Samaúma ou Sumaúma é uma das árvores mais extraordinárias da Amazônia por seu tamanho. Pode chegar a 70 metros, o que equivale a um edifício de 24 andares. Sua copa se projeta acima de todas as demais servindo de abrigo e proteção para inúmeros pássaros e insetos.
A árvore pertence à família das bombacaceae, encontrada em florestas pluviais da América Central, da África ocidental, do sudeste asiático e da América do Sul. No Brasil, ela ocorre na Amazônia, onde há também uma ilha denominada Sumaúma, no rio Tapajós. Nas várzeas ela cresce muito rápido, mas tem porte menor em terra firme.
Foto: Reprodução / Instituto Soka
Fava-de-bolota - Tocantins
A fava-de-bolota também é conhecida popularmente pelos nomes de favela, faveira, faveira-de-bolota e visgueiro. Encontrada com freqüência nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, caracteriza-se por ser uma árvore frondosa,a tingindo mais de um metro de diâmetro de tronco e 25 metros de altura. As inflorescências e, posteriormente, os frutos ficam pendurados na copa e sustentados por longos pedúnculos. Floresce nos meses de agosto a outubro. Os frutos amadurecem de dezembro a março, permanecendo por mais alguns meses pendurados na árvore.