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Brasil : Diabetes gestacional afeta 15 % das mulheres grávidas; saiba como tratar
Enviado por alexandre em 27/02/2024 14:45:39

As complicações obstétricas variam desde parto prematuro até pré-eclâmpsia; o bebê pode nascer grande e ter complicações como hipoglicemia e desconforto respiratório

De acordo com a International Diabetes Federation (IDF), o Diabetes Mellitus Gestacional (DMG) afeta aproximadamente 15% das gestações em todo o mundo, representando cerca de 18 milhões de nascimentos por ano. O DMG é uma das complicações médicas mais comuns da gravidez podendo causar complicações, a curto e a longo prazo, tanto para a mãe quanto para o bebê.

 

As complicações obstétricas variam desde parto prematuro até pré-eclâmpsia; o bebê pode nascer grande e ter complicações como hipoglicemia e desconforto respiratório. É importante salientar também que as mulheres que tiveram diagnóstico de DMG têm maior risco de progredir para Diabetes Mellitus tipo 2 (DM2) e os seus filhos, maior chance de desenvolverem obesidade e diabetes tipo 2 ao longo da vida.

 

Segundo a Sociedade Brasileira de Diabetes (SBD), durante a gravidez, para permitir o desenvolvimento do bebê, a mulher passa por mudanças em seu equilíbrio hormonal. A placenta, por exemplo, é uma fonte importante de hormônios que reduzem a ação da insulina, responsável pela captação e utilização da glicose pelo corpo. O pâncreas, consequentemente, aumenta a produção de insulina para compensar este quadro. Em algumas mulheres, entretanto, este processo não ocorre e elas desenvolvem um quadro de diabetes gestacional, caracterizado pelo aumento do nível de glicose no sangue.

 

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A SBD alerta que há algumas características que elevam o risco de a gestante desenvolver essa complicação, são elas:

 

 

 

- Histórico familiar de diabetes mellitus;


- Já ter exames de sangue com glicose alterada em algum momento antes da gravidez;


- Excesso de peso antes ou durante a gravidez;


- Gravidez anterior com feto nascido com mais de 4 kg;


- Histórico de aborto espontâneo sem causa esclarecida;


- Hipertensão arterial;


- Ter ou já ter tido em gestação anterior pré-eclâmpsia ou eclâmpsia;


- Ter síndrome dos ovários policísticos e usar corticoides.


- A prevalência de DMG Diabetes mellitus gestacional) é muito variável, dependendo da região, indo de 9,5% na África para 26,6% no Sudeste Asiático. No Brasil, estima-se que a prevalência é de 18%.

 

 

 

De acordo com as diretrizes da SBD, as mulheres que convivem com diabetes (Tipo 1 ou Tipo 2) e engravidam não são consideradas com de diabetes gestacional, que aparece somente após iniciada a gravidez.

 

A instituição ressalta ainda que o diabetes gestacional pode ocorrer em qualquer mulher e nem sempre os sintomas são identificáveis. Por isso, recomenda-se que todas as gestantes pesquisem a glicemia de jejum no início da gestação e, a partir da 24ª semana de gravidez (início do 6º mês), como está a glicose em jejum e, mais importante ainda, a glicemia após estímulo da ingestão de glicose, o chamado teste oral de tolerância à glicose.

 

Tratamento para o diabetes gestacional:

 

 

Fotos: Reprodução/Google

 

Se não for tratada, a diabetes gestacional pode acarretar problemas à gestação e ao bebê. O excesso de glicose no sangue da mãe pode atravessar a placenta e chegar até o feto. O pâncreas do feto pode passar a produzir grande quantidade de insulina, na tentativa de controlar a hiperglicemia.

 


 

Como a insulina é um hormônio que estimula o crescimento e o ganho de peso, o feto cresce excessivamente e habitualmente nascem com mais de 4 kg, necessitando ser submetido a parto por cesariana.É importante que mulheres que tiveram altas taxas de glicemia na gravidez façam um novo teste de sobrecarga de glicose após 6 semanas do parto. 

 

Fonte: iG

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Brasil : Violência contra a mulher: denúncias ao Ligue 180 crescem 25% em 2023
Enviado por alexandre em 27/02/2024 09:43:02

De acordo com o Ministério das Mulheres, Ligue 180 recebeu, em média, 1.558 ligações por dia em 2023

A Central de Atendimento à Mulher, o Ligue 180, registrou 568,6 mil ligações em 2023, equivalente a 1.558 ligações por dia. O canal fornece orientação às mulheres vítimas de violência e recebe denúncias sobre violações de direitos.

 

De acordo com o Ministério das Mulheres, o número de denúncias de violência contra o grupo aumentou 23% em 2023, passando de 87,7 mil em 2022 para 114,6 mil.

 

A quantidade de violações denunciadas por meio do Ligue 180 também cresceu — de 442,4 mil para 596,6 mil, alta de 25,8%. A metodologia adotada pelo canal permite que uma denúncia contenha mais de um tipo de violação.

 

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Do total das notificações recebidas, 91,52% são referentes a ameaças à integridade psíquica, física, negligência ou patrimonial. Outros 5,63% dizem respeito ao impedimento de as mulheres usufruírem de sua liberdade – individual, sexual, de crença, laboral ou de expressão.


No início do ano, a Central de Atendimento passou por uma reestruturação. O governo federal abriu um canal de atendimento pelo WhatsApp.

 

Ligue 180 registra mais de 74 mil denúncias de violência contra mulheres  nos primeiros 10 meses de 2023 - JORNAL LOCAL

Foto: Reprodução

 

Em janeiro deste ano, o Ligue 180 recebeu 48.560. Já os atendimentos via WhatsApp totalizaram 810.

 


O Ligue 180 é um serviço gratuito e fornece atendimento a mulheres em situação de violência em todo o país. O canal funciona 24 horas por dia, incluindo sábados, domingos e feriados. Para fazer denúncias pelo WhastApp, o número é: (61) 9610-0180. 

 

Fonte: Metrópoles

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Brasil : Kemito Ene: empresa Ashaninka peruana triunfa no mercado mundial de cacau e café
Enviado por alexandre em 27/02/2024 00:22:21

A cooperativa nasceu em 2010, quando mais de 460 famílias da bacia do rio Ene se uniram para se aventurarem na produção e comercialização dos produtos.


Superando as crises sanitárias, ambientais, sociais e econômicas que atingiram o Peru, Kemito Ene, uma cooperativa de mais de 300 produtores da selva central do país, conseguiu exportar, em maio de 2023, seus produtos orgânicos para a América do Norte, Europa e, em breve, para a Ásia, preservando a sua cultura e ambiente.

Kemito Ene, que significa "Viver Bem" na língua nativa dos Ashaninkas, é uma cooperativa que nasceu em 2010, quando mais de 460 famílias da bacia do rio Ene se uniram para se aventurarem na produção e comercialização de cacau e café, procurando um preço justo que lhes permitisse melhorar a qualidade de vida das suas famílias.

Desde 2021, Kemito Ene é apoiado por organizações regionais e também faz parte do fortalecimento empresarial no âmbito do projeto 'Amazônia Indígena: Direitos e Recursos', implementado no Peru pela Associação Inter étnica para o Desenvolvimento da Selva Peruana (AIDESEP ), NESsT, WWF Peru e com o apoio da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID).

Desde então, este empreendimento se tornou um rendimento permanente e uma alternativa para preservar o equilíbrio ecológico dos seus territórios, ao mesmo tempo que fortalece a ligação entre a comunidade enquanto coletivo e a sua biodiversidade.

Nos últimos quatro anos, a Kemito Ene deu passos importantes e hoje é uma cooperativa orgânica certificada para expandir seus pontos de venda fora do Peru e aumentar o valor comercial de seus produtos, que incluem chocolates, manteiga de cacau, nibs de cacau, cacau em pó, torrado café em grão e moído, entre outros.

No entanto, teve que se reinventar para superar adversidades como a pandemia de Covid-19, a guerra na Europa, o aumento do preço dos fertilizantes em todo o mundo, as alterações climáticas, o fenómeno El Niño e a instabilidade política do Peru, que dificultou o seu comércio externo. interno.

"Graças a diversas formações recebidas em marketing, vendas e contabilidade, ministradas pela NESST – parceira do projeto AIRR, começamos a desenvolver uma estratégia comercial que motivasse a compra do nosso café e chocolate em novos mercados. Nosso objetivo é ampliar nossa carteira de clientes no mercado nacional e internacional", disse Felixto Cabanillas Contreras, presidente da cooperativa.

Em maio de 2023, representantes da Kemito Ene fizeram uma viagem comercial ao Sudeste Asiático (Indonésia e Singapura) e à Feira Thaifex Anuga Asia em Bangkok (Tailândia) em busca de seus produtos derivados do cacau como chocolates, manteiga de cacau , nibs de cacau e cacau em pó, bem como grãos de café torrados e moídos são reconhecidos e procurados por mais clientes na América do Norte, Europa e em breve na Ásia.

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"Kemito Ene é uma iniciativa que busca preservar a riqueza cultural da região e que mostra ao mundo a visão de mundo do povo Ashaninka, através de seus produtos. Independentemente das adversidades, seus mais de 340 associados conseguiram aderir, beneficiando mais de 1.500 pessoas em suas comunidades e gerenciando 475 hectares de floresta de forma sustentável. O sonho está se tornando realidade e eles continuam trabalhando para se sustentar no futuro", 

acrescentou Edith Condori, do WWF Peru.

Brasil : MP Itinerante em 2024 será realizada em Mirante da Serra e Nova União no mês de março
Enviado por alexandre em 26/02/2024 11:20:00

MP Itinerante em 2024 será realizada em Mirante da Serra e Nova União no mês de março

Municípios e distritos do interior do estado serão contemplados com a primeira edição do projeto MP Itinerante no ano de 2024. Na região central do Estado o projeto vai acontecer no município de Mirante da Serra no dia 04 de março do corrente ano na Escola Estadual Migrantes, das 8 às 17h e em Nova União na Escola Estadual Maria Goretti, das 8 às 17h. Segundo informação prestada pela Promotoria de Justiça da Comarca de Ouro Preto do Oeste o serviço de saúde na área de neurologia não será ofertado aos munícipes em face da falta deste profissional de saúde e a busca ativa da Seduc é outro serviço que não será disponibilizado.

 

Equipes formadas por Promotores de Justiça e servidores oferecerão atendimentos jurídicos e fiscalizarão serviços públicos em todas as áreas de atuação da instituição, como saúde, educação, infância, segurança pública, meio ambiente, consumidor, entre outras.



O projeto contará também com atendimento de órgãos parceiros, que ofertarão serviços de emissão de documentos pessoais, como a Carteira Nacional de Identidade (CNI), novo documento de identificação com padrão nacional e número único, que será o cadastro de pessoa física (CPF); Título de Eleitor; Carteira de Trabalho; Carteira de Reservista; inscrição e atualização no Cadastro Único (CAD-Único) e Bolsa Família; ID Jovem; Carteirinha de Passe Livre; Inscrição no programa Mamãe Cheguei; registro de nascimento, reconhecimento de paternidade e correção de nomes.



Além disso, a ação contemplará atendimentos psicológico, nutricional e odontológico; consultas médicas nas áreas de clínica geral, ortopedia, urologia e neurologia; e realização de testes rápidos, vacinação, coleta de Papanicolau e Autoexame de Mamas, verificação de pressão arterial, glicemia, peso e administração de vitamina A.



As atividades contarão ainda com orientação sobre aposentadoria rural e salário-maternidade; palestras educativas sobre o uso consciente de energia e serviços de ligação/desligamento, transferência de titularidade e negociação/parcelamento de energia elétrica.



Serão parceiros desta edição Tribunal de Justiça de Rondônia, Ministério Público do Trabalho, Conselho Tutelar, Exército, Polícia Civil, Correios, Idaron, Emater, Cartório de Registro Civil, Energisa, bem como as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde, Assistência Social e Meio Ambiente.

O projeto MP Itinerante é uma iniciativa da Procuradoria-Geral de Justiça, sob coordenação do Centro de Apoio Operacional Unificado, com o objetivo de ampliar o acesso à Justiça, a prestação de assistência social e o combate a violações de direitos, levando cidadania a todas as localidades do estado.

 







ASCOM/MP/RO

Brasil : Quase 9 milhões de brasileiros de 18 a 29 anos não concluíram a escola, apontam dados divulgados pelo MEC
Enviado por alexandre em 26/02/2024 09:31:57

Dados referentes a 2023 foram apresentados na última quarta-feira (22)

O Ministério da Educação (MEC) divulgou na última quarta-feira (22) os dados mais recentes sobre o ensino básico no país. O panorama dos desafios para esta etapa da formação dos estudantes brasileiros foi desenhado pelo "Censo Escolar da Educação Básica 2023" e contou ainda com dados da "Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2016-2023 (PNAD)", realizada pelo IBGE.

 

Os dados mostram que 8,8 milhões de brasileiros de 18 a 29 anos não terminaram o ensino médio e não frequentam nenhuma instituição de educação básica, segundo informações coletas pela PNAD Contínua.

 

Considerando todas as faixas etárias, são 68.036.330 cidadãos sem a escolarização básica no país.

 

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Com 4,1 milhões de matrículas, Brasil avança na meta para creches

 

Boas notícias do Censo Escolar não eliminam desafios educacionais

Segundo resultados do Censo Escolar, os seguintes fatores sinalizam um alerta para que brasileiros continuem fora da escola:

 

Na EJA, o número de adultos matriculados caiu 7% de 2022 a 2023.

 

O ensino médio é "campeão" de evasão escolar, afirma o ministro da Educação, Camilo Santana. De acordo com o Censo, de 2020 a 2021, 7% dos alunos do 1º ano desistiram dos estudos e 4,1% foram reprovados.

 

Segundo os especialistas, a reprovação é um dos fatores que levam o aluno a abandonar a educação básica. Em 2022, após o fim das políticas de aprovação automática adotadas por estados na pandemia, os índices de retenção voltaram a crescer. Nos anos finais do ensino fundamental (5º ao 9º ano), 7,9% dos estudantes foram reprovados, e no ensino médio, 13,4%.

 

Em 2023, no 6º ano do ensino fundamental, 15,8% dos estudantes não tinham a idade adequada (porque foram reprovados, por exemplo, ou porque abandonaram o colégio em algum período). Esse é mais um fator que pode aumentar o risco de, futuramente, o jovem interromper os estudos.

 

"Não queremos deixar ninguém para trás. Queremos reverter a tendência de o jovem precisar ir para a EJA lá na frente", diz Santana.

 

Ele reforçou que esse é o objetivo do Programa Pé-de-Meia, que dará um incentivo financeiro para os alunos de baixa renda que estiverem matriculados no colégio.

 

Para Ivan Gontijo, gerente de políticas educacionais da ONG Todos Pela Educação, a necessidade de ingressar no mercado de trabalho, a estrutura defasada do "antigo" ensino médio e as lacunas de aprendizagem são outros fatores que levam o jovem a sair precocemente da escola.

 

"A discussão de por que abandonaram os estudos tem muita a ver com a experiência que tiveram no colégio. As taxas de evasão são maiores no 1º ano, exatamente quando o aluno começa outro ciclo e encontra mais disciplinas, mais professores e um currículo muito grande", afirma Gontijo.
"O novo ensino médio [já em vigor] tem muitos problemas e precisa ser 'reformado', mas é importante que essa flexibilidade curricular seja mantida."

 

 

Por outro lado, há números que apresentam uma perspectiva de redução na evasão escolar:

 

A educação em tempo integral, uma das apostas do governo Lula para diminuir os índices de desistência, registrou um aumento no percentual de matrículas no ensino médio: de 20,4% para 21,9% na rede pública e de 9,1% para 11% na rede privada. Na média geral, 1 a cada 5 alunos brasileiros do ensino médio estuda em tempo integral.

 

"Todos os estudos e evidências já mostraram que uma escola de tempo integral que amplie o projeto de vida do aluno -- que tenha apoio psicológico e na área esportiva -- é uma escola que diminui abandono e evasão", afirma o ministro.

 

O ensino técnico, seja nos colégios ou após a formação da educação básica, cresceu significativamente: em um ano, as matrículas saltaram 12% e chegaram a 2.413.825. É mais uma tentativa de atrair o jovem para os estudos.

 

Considerando apenas o ensino técnico integrado ao ensino médio (ou seja, oferecido pela escola), há 782.129 alunos matriculados.

 

Camilo Santana anunciou também que pretende promover um programa que una a EJA e o ensino técnico: adultos e idosos poderão retomar os estudos com uma modalidade escolar que seja profissionalizante.

 

Para Gontijo, do Todos Pela Educação, outra iniciativa importante seria pagar quantias maiores no Pé-de-Meia para os alunos de tempo integral. "Muita gente de baixa renda acaba não se matriculando nessas escolas, porque precisa trabalhar. Na periferia, as vagas nos colégios integrais ficam mais ociosas. Seria interessante dar valores maiores para esses alunos", afirma.

 

VEJA MAIS DESTAQUES ABAIXO: 

 

Creches retomaram crescimento, mas meta segue distante


Uma das metas do Plano Nacional de Educação (PNE) era atingir o índice de, no mínimo, 50% das crianças de 0 a 3 anos matriculadas em creches em 2024. A etapa, apesar de não ser obrigatória, traz benefícios para o desenvolvimento infantil e oferece a oportunidade de as mães voltarem ao mercado de trabalho após a gestação.

 

Segundo os números do Censo, o Brasil ainda está distante do objetivo, apesar de registrar uma melhora: em 2022, 36% dos alunos dessa faixa etária estavam na escola; em 2023, o patamar saltou para cerca de 41%.

 

"Foi a etapa que mais sofreu na pandemia", afirma Carlos Moreno, diretor de estatísticas educacionais do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). "Agora, voltamos a crescer, e de forma bastante expressiva. Ultrapassamos os 4,1 milhões de alunos na creche."


Mariana Luz, CEO da Fundação Maria Cecilia Souto Vidigal, explica que a creche é um direito da criança previsto na Constituição de 1988. O ideal seria, portanto, prever não só a meta dos 50%, e sim uma realidade em que toda família que queira matricular o aluno encontre uma vaga.

 

"Cada município tem um contexto diferente. Nos grandes centros urbanos, provavelmente [o índice de] 50% das crianças na creche não seria suficiente, pois a demanda é muito maior do que isso", diz a especialista.

 

A estrutura das escolas de educação infantil (creches e pré-escolas) também necessita de investimentos, mostra o Censo:

 

menos da metade (41,8%) tem materiais para atividades artísticas;


57,7% oferecem banheiros adequados para as crianças;


apenas 6,7% têm quadra de esportes.


"Como garantir a qualidade da educação e o consequente desenvolvimento infantil se há falhas em ambientes básicos, como banheiros, quadras e materiais adequados? Não basta expandir, é preciso qualificar", afirma Luz.


Distorção idade-série: quantos alunos estão na etapa correta?


Como dito no início da reportagem, em 2023, no 6º ano do ensino fundamental, 15,8% dos estudantes não tinham a idade adequada (porque foram reprovados, por exemplo, ou porque abandonaram o colégio em algum período).


O maior percentual da distorção idade-série foi identificado entre alunos do 6º ano da educação indígena: 39,1%. Em seguida, estão a educação especial (36,4%) e a quilombola (28,4%). A menor taxa de inadequação estava entre os estudantes brancos (9,6%).

 

Entre os estados, Amapá (32,4%), Pará (31,7%) e Rio Grande do Norte (29,6%) apresentaram os maiores índices de distorção. Já aqueles com as menores taxas foram São Paulo (5,9%), Ceará (7,4%) e Mato Grosso (8,3%).

 

Escolas públicas perderam 500 mil alunos em um ano, enquanto rede privada cresceu


Em relação a 2022, houve uma ampliação de 4,7% das matrículas em escolas privadas (cerca de 423 mil novos alunos). Já a rede pública encolheu: houve uma redução de mais de 500 mil alunos nesse período.

 

Provavelmente, segundo Gontijo, o que aconteceu foi o seguinte: esses estudantes que entraram nas escolas particulares em 2023 tinham migrado para as públicas em 2020-2021, durante a crise financeira na pandemia de Covid-19. Agora, os familiares voltaram a poder pagar as mensalidades.

 

Para Anna Helena Altenfelder, presidente do Conselho de Administração do Cenpec (ONG que atua com projetos focados na educação pública), a retomada do crescimento da rede privada de educação só reforça a importância da educação pública de qualidade.

 


“A escola pública tem qualidade, o grande desafio é fazer com que essa qualidade seja igual para todo mundo.”

 

 

Fonte: G1

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