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Brasil : ONU: Mortes por calor extremo podem aumentar em quase 5 vezes até 2050, diz relatório
Enviado por alexandre em 16/11/2023 14:21:43


Mortes relacionadas ao calor extremo podem aumentar. (Foto: Reprodução)

Um relatório compilado por mais de 100 especialistas de 52 instituições de pesquisa e agências da ONU revelou projeções preocupantes sobre o impacto do calor extremo nas próximas décadas.

Publicado na revista The Lancet na última quarta-feira (15), o estudo adverte sobre um possível aumento dramático nas mortes devido ao calor extremo. Os especialistas alertam que “a saúde da humanidade está em grave perigo”.

No cenário previsto, com um aumento médio de temperatura de 2ºC até o final do século em comparação com o período pré-industrial, as fatalidades ligadas ao calor podem aumentar em 4,7 vezes até 2050, conforme aponta o relatório.

Marina Romanello, diretora executiva do estudo, destacou: “Nossas análises revelam que as ameaças crescentes das mudanças climáticas estão causando impactos severos nas vidas e subsistência em escala global. As projeções de um mundo 2°C mais quente delineiam um futuro perigoso, enfatizando a necessidade urgente de esforços de mitigação adequados para proteger a saúde das pessoas.”

Já enfrentamos um aumento de aproximadamente 1,1ºC na temperatura, resultando em cerca de 86 dias de temperaturas elevadas que representam riscos à saúde durante 2018-2022.

Indivíduos com mais de 65 anos são os mais suscetíveis ao aumento das temperaturas, com um aumento de 85% nas mortes relacionadas ao calor nesta faixa etária durante a última década (2013-2022), comparado ao período entre 1991-2000.

Calor
Termômetro marca 42 graus na capital paulista. Foto: reprodução

Previsões indicam que 2023 será o ano mais quente já registrado, enfatizando que o calor é apenas um dos fatores climáticos que podem contribuir para o aumento da mortalidade.

Ondas de calor mais frequentes podem resultar em aproximadamente 525 milhões de pessoas sofrendo de insegurança alimentar até meados do século, elevando o risco global de desnutrição. Além disso, doenças infecciosas transmitidas por mosquitos, como a dengue, podem registrar um aumento de 36%.

O secretário-geral da ONU, Antonio Guterres, expressou preocupação com o relatório, destacando que “a humanidade enfrenta um futuro intolerável”.

“Já estamos vendo a catástrofe acontecendo para a saúde e a subsistência de bilhões de pessoas ao redor do mundo, ameaçados por ondas de calor recordes, secas devastadoras para as colheitas, níveis crescentes de fome, surtos crescentes de doenças infecciosas, tempestades e inundações fatais”, disse Guterres.



Brasil : Em 8 estados, uma pessoa negra foi morta pela polícia a cada 4 horas em 2022, diz pesquisa
Enviado por alexandre em 16/11/2023 14:19:05


Homem é abordado com truculência por agentes policiais. (Foto: Reprodução)

Um levantamento da Rede de Observatórios, divulgado nesta quinta-feira (16), revelou que uma pessoa negra foi morta por intervenção policial a cada 4 horas em 8 estados brasileiros no ano passado.

Os dados foram extraídos de informações disponibilizadas pelas secretarias de segurança pública através da Lei de Acesso à Informação (LAI).

Subnotificação e informação racial

Dos 3.171 registros de morte analisados no estudo “Pele Alvo: a bala não erra o negro”, em que a cor foi declarada, 87,35% eram pretos, totalizando 2.770 pessoas.

A pesquisa destacou ainda, a subnotificação da informação racial, com 1 em cada 4 ocorrências (25%) sem a informação sobre cor.

O destaque foi para o Maranhão, que não inclui esses dados pelo menos desde 2020. No Ceará, os registros foram feitos em apenas 30,26% do total. No Pará, em 33,75%.

No Ceará, ficou constatado que em 69,74% das 152 mortes não foram identificadas informações sobre cor. Nos casos que tinham o dado, 80,43% das mortes foram de pessoas negras e sete de cada dez vítimas tinham entre 18 e 29 anos – fato que chamou a atenção dos pesquisadores.

No Pará, a informação sobre raça foi omitida em 66,24% das vítimas. Mas, entre os casos em que é identificada, as pessoas negras representam 93,90% das mortes por intervenção policial. A capital, Belém, tem o maior número de mortes por intervenção policial, com 83 casos, seguida pela cidade de Parauapebas, com 41.

Bahia e Rio de Janeiro no foco

Os estados analisados foram Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, e São Paulo. A Bahia liderou o número de mortes de pessoas negras, com 1.121 casos, representando uma mudança no ranking entre 2021 e 2022. O Rio de Janeiro, que ocupava a liderança, ficou em segundo lugar, totalizando 1.042 mortes.

São Paulo: Redução e atribuições

São Paulo apresentou uma redução de 48,32% no número de mortes, passando de 867 vítimas em 2021 para 419 no ano passado. Os pesquisadores atribuem essa queda significativa a políticas de redução da letalidade e ao uso de câmeras corporais pela polícia.

Polícia do Estado de SP passou a incorporar câmeras corporais nos uniformes dos agentes da PM. (Foto: Reprodução)

A pesquisa, por fim, enfatizou a importância de considerar a letalidade de pessoas negras pela polícia como uma questão política e social. Os dados apontam para a necessidade de alocar recursos para políticas públicas que garantam segurança para toda a população.

“É necessário tomar a letalidade de pessoas negras causada por policiais como uma questão política e social. As mortes em ação também trazem prejuízos às próprias corporações que as produzem. Precisamos alocar recursos que garantam uma política pública que efetivamente traga segurança para toda a população”, afirmou Silvia Ramos, cientista social e coordenadora da Rede de Observatórios.

Justiça : PM ‘de folga’ que se recusou a ajudar jovem negro já ganhou medalha de mérito comunitário
Enviado por alexandre em 16/11/2023 14:16:22


Soldado Tamires Borges, que se recusou a ajudar jovem negro, recebeu medalha da corporação em 2021. Foto: Reprodução/Ponte Jornalismo

A policial militar que chutou e se recusou a ajudar um jovem negro agredido e coagido por um investigador da Polícia Civil em imagens reveladas pela Ponte na segunda-feira (13/11), já ganhou uma medalha da corporação “pelo apoio prestado a um cidadão do Rio Grande do Sul, que se encontrava perdido a cerca de 4 dias sem alimentação alguma pelo Terminal Rodoviário do Tietê, de pronto a policial lhe ofereceu alimento e ajuda com a passagem”.

A policial, identificada pela reportagem, é Tamires Borges Coutinho Siqueira, de 28 anos, que está na corporação desde 2019. Ela recebeu a Medalha do Mérito Comunitário em 2021 pelo comando responsável pela 4ª Companhia do 5º Batalhão de Polícia Militar Metropolitano (BPM/M). “São atitudes como essa que enobrecem o bom nome da nossa gloriosa Polícia Militar do Estado de São Paulo”, diz a publicação feita no perfil do Instagram do batalhão.

A postagem passou a receber novos comentários de pessoas em solidariedade à soldado nos últimos dias após a reportagem revelar imagens em que ela que diz que, por estar “de folga”, só poderia “ligar 190 e pedir apoio” quando foi contestada por um repórter fotográfico sobre não ter agido quando um homem armado, depois identificado como o investigador Paulo Hyun Bae Kim, xingou, agrediu e perseguiu um jovem negro em frente à estação Carandiru do metrô, na zona norte da capital paulista, no domingo (12/11). O fotógrafo ainda foi ameaçado de prisão por ela e denunciou que a soldado apertou seu pescoço.

Na postagem, há comentários como “Sociedade hipocrita em que vivemos. Força guerreira”, “Você está certíssima!”, “Parabéns! Agiu de acordo com o POP [Procedimento Operacional Padrão]! Sem apoio, não estava em superioridade numérica, estava sem seus EPI’s [equipamento de proteção individual]”, entre outros.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública, Tamires “está afastada serviços operacionais” até a conclusão das apurações do Inquérito Policial Militar (IPM). “A atitude é considerada grave, uma vez que não condiz com os procedimentos operacionais e preceitos fundamentais da Instituição. Todo policial militar deve agir prontamente sempre que presenciar um crime, estando ou não em serviço”, declarou a pasta.

Dois coronéis aposentados da PM paulista entrevistados pela reportagem na terça-feira (14/11) também consideraram a atuação da policial como “grave” por entenderem que ela se omitiu diante de uma situação flagrante de ameaça e agressão contra o jovem e que o desfecho só não foi pior pois a mulher que aparece na gravação se coloca à frente do menino e pede para o investigador parar de apontar a arma.

A reportagem também teve acesso à uma nota enviada aos comandantes de policiamento de área nesta semana pelo comandante-geral da corporação, coronel Cássio Araújo de Freitas, que considerou o caso como “fatos lamentáveis” e “deslize” da soldado, que no próprio domingo o Comando de Policiamento de Área Metropolitana 3 (CPA/M-3) instaurou inquérito e que a exposição pela mídia foi “assimétrica”.

“Como não damos brecha em nossas missões constitucionais e nossa postura tem sido sempre legalista e Institucional, é natural que qualquer deslize receba uma exploração assimétrica ou desproporcional. Não nos enganemos, muitos torcem pelo bandido e pelo crime, ou porque foram condicionados a isto, os inocentes úteis, ou porque são integrantes da rede social que envolve o crime ou dele tira algum proveito, mínino (sic) que seja”, escreveu o comandante-geral.

Ele também pediu para que os comandantes reforcem a atuação “legalista” da corporação e que o caso foi excepcional. “Até por isto a minha insistência em termos sempre uma forte ação de comando em divulgar nosso trabalho em todas as áreas, pois quando fatos lamentáveis como este surgirem precisam encontrar cidadãos capazes de identificar isto como uma exceção e não como regra de conduta da Instituição. Sensibilizem seus P-5 [policiais responsáveis pelas relações públicas/comunicação] neste sentido: Guerra de narrativa não tem trégua”, diz o texto.

Ameaça

Já o investigador Paulo Hyun Bae Kim já foi acusado pela irmã de ter agredido a mãe deles e de fazer um disparo de arma de fogo dentro de casa em 2013. O Ministério Público o denunciou por ameaça em 2015. Contudo, as parentes voltaram atrás na representação da denúncia, a mãe negou a agressão e disse que o disparo foi acidental, e, a pedido da Promotoria, o Tribunal de Justiça acabou determinando a extinção da punibilidade porque o crime havia prescrito naquele ano.

Segundo o inquérito da Polícia Civil que a reportagem teve acesso, as versões dos três são contraditórias, e tudo teria iniciado após uma briga entre os irmãos em que a mulher teria chamado a namorada de Paulo de “vagabunda” pelo telefone e ele foi até o prédio dela tirar satisfação. Como ele subiu 11 andares do edifício pelas escadas, por conta de o elevador não estar funcionando, ele teria disparado acidentalmente por “fadiga” quando chegou ao apartamento.

A briga também teria relação com uma suposta disputa pela herança da família. Uma amiga da irmã de Paulo desmentiu a denúncia de agressão e ameaça na investigação e a mãe deles disse que a filha “apresenta distúrbios psicológicos quando está de TPM, fazendo inclusive uso de medicação para tanto, fazendo acompanhamento psicológico”. A irmã disse que Paulo discutiu com elas, ela se escondeu no banheiro e ouviu “gritos de dor” da mãe e um tiro.

A Ponte não conseguiu contatar os policiais nem localizou representantes sobre o caso de domingo. Pedimos entrevista via Secretaria da Segurança Pública, mas não houve retorno.

A pasta disse, nesta quarta-feira (15/11), que assim que a Polícia Civil teve conhecimento da filmagem abriu um inquérito, identificou o homem como investigador e disse que a Corregedoria da corporação apura o caso.


Fotógrafo diz que foi agredido por PM que não ajudou jovem negro em SP: “Agarrou meu pescoço”


Abordagem contra adolescente negro é assistido por PM de folga em São Paulo no último domingo. (Foto: Reprodução)

O repórter fotográfico que testemunhou um investigador da Polícia Civil armado ameaçando um jovem negro relatou ter sido agredido por uma policial militar que presenciou a situação e não fez nada.

“Ela me agarrou pelo pescoço e me segurou por uns cinco segundos. Foi uma agressão. Eu me identifiquei como sendo da imprensa, mas para ela tanto fez, tanto faz”, disse o profissional da fotografia, que preferiu não ter sua identidade revelada.

Após a agressão, o fotógrafo relatou ainda que o investigador se aproximou pedindo o contato da policial militar. A tensão persistiu, e o repórter, ao questionar se o agente civil tinha porte de arma, sentiu-se desconfortável e decidiu deixar o local.

O ouvidor das polícias de São Paulo, Claudio Silva, busca o afastamento e desarmamento do policial civil, citando seu histórico violento. A PM, criticada por omissão, por sua vez, respondeu às ações do fotógrafo alegando seguir o procedimento padrão. Ela deverá responder criminal e disciplinarmente por omissão grave.

A SSP reforçou a obrigação de todos os policiais, estejam ou não em serviço, agirem prontamente diante de um crime.

Política : Prefeito faz bolo de R$ 48 mil com fotos dele para aniversário de cidade em GO
Enviado por alexandre em 16/11/2023 14:08:44

Prefeito da cidade de Divinópolis de Goiás (GO), Charley Rodrigues Tolentino, e foto estampada em bolo. Foto: Reprodução/TV Anhanguera

O prefeito da cidade de Divinópolis de Goiás (GO), Charley Rodrigues Tolentino (Republicanos), mandou fazer um bolo de quase R$ 50 mil para celebrar o aniversário de 65 anos do município, comemorado na terça-feira (14). O bolo de 65 metros, foi enfeitado com uma sequência de fotos do prefeito.

O bolo custou R$ 48.030,00, segundo documento de licitação disponível no site da Prefeitura de Divinópolis.

O advogado especialista em direito público e eleitoral, Glauco Borges Júnior, explicou à TV Anhanguera que o uso de recursos públicos para benefício próprio, como ter fotos pessoais em um bolo, pode configurar improbidade administrativa, devido a uma autopromoção.

“O princípio da moralidade proíbe o uso do cargo público para a promoção pessoal. As fotos do prefeito no decorrer do bolo sugere que o mesmo foi encomendado com o fim de uma autopromoção pessoal e não em comemoração ao aniversário da cidade”, disse Glauco.

Justiça : CNJ aprova criação de exame para seleção de juízes no Brasil
Enviado por alexandre em 16/11/2023 14:04:28

Prova será exigência para candidatos que tenham interesse em ingressar na magistratura


Ministro Luís Roberto Barroso, presidente do CNJ Foto: Reprodução/YouTube/STF

Nesta terça-feira (14), o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) aprovou a criação de mecanismo para a seleção de juízes no Brasil. A medida cria um Exame Nacional de Magistratura, uma prova que deverá ser feita pelos candidatos interessados em entrar na carreira.

A previsão é que essa prova seja realizada simultaneamente em todo o país. Os interessados em ingressar na carreira da magistratura deverão passar primeiro pelo exame. Será necessário ter nota mínima de 70% no exame.

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De acordo com o presidente do CNJ, ministro Luís Roberto Barroso, os tribunais continuarão podendo realizar seus processos seletivos.

– É um exame prévio de habilitação, sem retirar a competência dos tribunais de realizarem seus próprios exames – apontou.

A prova terá 50 questões de temas como direitos humanos, formação humanística, direito constitucional e administrativo.

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