Fiel da Assembleia de Deus orou pela libertação de "cachaceiro, maconheiro e macumbeiro"
A Igreja Assembleia de Deus em São Luís, no Maranhão, tem sido alvo de acusações de racismo religioso por conta de um evangelismo de rua que irritou integrantes de um terreiro da zona rural da cidade.
No dia 10 de setembro, no bairro Itapera de Maracanã, o grupo de evangélicos orava pelas ruas quando um membro da igreja teve a oportunidade de fazer uma oração no microfone.
O homem faz uma oração de libertação e diz algumas palavras que estão sendo consideradas como discurso de ódio e racismo religioso.
– Vai, entrando, eu te peço, liberta Senhor, cachaceiro, maconheiro, macumbeiro, Senhor – orou o homem.
O pai de santo, Nery da Oxum, levou o vídeo de nove segundos com o momento da oração para a Polícia e fez uma denúncia contra os evangélicos na Delegacia de Combate a Crimes Raciais e Delitos de Intolerância e Conflitos Agrários.
PASTOR DIZ QUE NÃO ERA ATAQUE O homem que fez a oração não é pastor, mas o líder responsável pelo campo, pastor Osiel Gomes, da Assembleia de Deus Missões, explicou para a igreja que o caso não foi um ataque às religiões de matrizes africanas.
– Nós não estamos atacando as crenças afros, porque é de direito. Mas nós também não podemos negar que, dentro do exercício de algumas práticas religiosas, existe a prática ocultista, aquelas que lançam feitiços contra as pessoas, maldições. Então, quando um crente vai para a rua, ele não vai para atacar o Candomblé, ele não vai para atacar aquela prática de crença, ele vai simplesmente falar do poder de Jesus, que liberta as pessoas – disse o pastor.
CASO VIRA DISCUSSÃO NA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA Membros de religiões de matriz africana foram para a Assembleia Legislativa do Maranhão (Alema) denunciar o caso. Durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça, a deputada estadual Mical Damasceno (PSD) defendeu os evangélicos.
Enquanto falava, representantes das religiões afro viraram as costas para a parlamentar que, mesmo assim, explicou que as ações de evangelismo acontecem pelas ruas sem que haja um mapeamento para saber se existe ou não uma casa de matriz africana na rua.
Damasceno subiu o tom no discurso, bateu na mesa, gritou e uma grande confusão se instalou na sessão. Seu microfone chegou a ser desligado pelo presidente da comissão, deputado Carlos Lula (PSB).
Em suas redes sociais, a deputada divulgou parte do discurso e recebeu apoio de eleitores e de outros parlamentares evangélicos, entre eles o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG).
Leitor poderá acompanhar notícias de famosos, futebol carioca, concursos e negóciosm além de noticiário geral
O WhatsApp lança, nesta quarta-feira (dia 13), uma nova ferramenta: os Canais. Você poderá escolher personalidades, esportistas, instituições e empresas para seguir. O EXTRA preparou quatro canais de conteúdo diário para estrear junto com a novidade do WhatsApp.
Você poderá ler as nossas principais notícias de famosos, futebol carioca, concursos e negócios, além de noticiário geral.Essa nova ferramenta será lançada em 150 países, segundo o WhatsApp. As atualizações, porém, não acontecerão em todos os celulares ao mesmo tempo. Pode ser que leve um tempo até que as novas funções estejam disponíveis em seu telefone.
A mudança vai fazer com que a aba Status, que já existe no aplicativo, passe a se chamar Atualizações. Ali ficarão disponíveis tantos os Status, vídeos curtos semelhantes aos Stories e Reels do Instagram, quanto os Canais. Os grupos que você seguir ficarão, portanto, separados de suas conversas.
Na prática, os Canais são um grupo sem limites de participantes que permitem que uma pessoa ou uma organização envie mensagens, links, vídeos, fotos, enquetes e figurinhas para sua base. Os seguidores, por sua vez, além de lerem o conteúdo, podem compartilhar as postagens e reagir a elas com emojis. Não é permitido aos seguidores escrever mensagens nos Canais.
Nem os participantes nem os administradores dos Canais poderão ver quem faz parte do grupo, o que garante mais segurança à ferramenta.
A redução na área atingida mostra que a presença de garimpeiros é, atualmente, residual, apresentando, nos últimos cinco meses, variação média de quatro hectares
A área atingida pelo garimpo ilegal na Terra Indígena Yanomami (TIY) reduziu 78,51% este ano. Os dados são do Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam), do Ministério da Defesa. Nos primeiros nove meses de 2023, a área atingida pelo garimpo ilegal é de 214 hectares, enquanto que, no mesmo período de 2022, o garimpo ocupou 999 hectares.
Uma força-tarefa para proteção dos indígenas ao norte do país iniciou em janeiro deste ano e conta com a participação da Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai), da Defesa, por meio das Forças Armadas, e de outros órgãos e agências federais.
A redução de quase 80% na área atingida mostra que a presença de garimpeiros é, atualmente, residual (se mantém em pequenas áreas na região), apresentando, nos últimos cinco meses, variação média de quatro hectares. As maiores concentrações observadas no início do ano foram desmobilizadas.
Foto: Reprodução/Google Maps
Com base no Decreto n° 11.575, de 21 de junho de 2023, o Comando Conjunto Ágata Fronteira Norte atua sob coordenação do Ministério da Defesa para prevenir e reprimir delitos transfronteiriços e ambientais na Terra Indígena Yanomami. A operação ocorre por meio de ações de patrulhamento; revista de pessoas, veículos terrestres, embarcações e aeronaves; e de prisões em flagrante delito.
Até o momento, já foram detidos 146 garimpeiros (todos submetidos a exame de higidez física e entregues à Superintendência da Polícia Federal) e apreendidos 40 toneladas de cassiterita, 1.675 gramas de ouro e 808 equipamentos, além da neutralização de acampamentos ilícitos na região da TIY. As ações são realizadas em coordenação com os órgãos de segurança pública.
Meio ambiente
Como resultado dos esforços conjuntos, é possível identificar que os principais rios da região - Uraricoera e Mucajaí - voltaram às suas cores naturais. O elemento químico mais comum usado por garimpeiros é o mercúrio. Além de ser responsável pela coloração amarelada nos rios, o metal líquido contamina a água e o solo, e afeta a alimentação dos Yanomami, baseada em atividades como caça, pesca, coleta de frutos e de raíze
Uma onda de calor excepcional atingirá grande parte do Brasil nos próximos dias com temperaturas que devem quebrar recordes para o mês de setembro e, talvez, em números absolutos, é o que adverte a MetSul Meteorologia.
Esta semana já começa com muito calor no Centro-Oeste e no Sudeste, mas a partir da segunda metade da semana, uma massa de ar se reforça ainda mais com temperaturas excepcionalmente elevadas. O calor excessivo expõe a saúde ao perigo, requerendo a atenção das autoridades.
A massa de ar quente vai produzir temperaturas acima de 40º em estados como o Paraná, Mato Grosso do Sul, São Paulo, Mato Grosso, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Goiás, Distrito Federal, Rondônia, Amazonas, Pará, Tocantins, Bahia, Piauí e Maranhão.
Mas a situação térmica deve ser pior no Mato Grosso e no Mato Grosso do Sul, onde a temperatura deve atingir marcas extremas entre 43º a 45º.
RECORDES PODEM SER DERRUBADOS A maior temperatura registrada oficialmente até hoje no Brasil foi de exatos 44,8º em Nova Maringá, Mato Grosso, nos dias 4 e 5 de novembro de 2020.
Neste evento climático que se aproxima, recordes mensais e até absolutos podem cair em razão do calor extremo.
Sertão brasileiro está em torno de 2,5°C acima da média global, aponta estudo da USP
Foto: Reprodução
Estudo feito em quatro décadas mostra que enquanto o planeta luta para não aquecer acima de 1,5°C, o sertão já passou desse limite. Artigo completo será divulgado no fim de 2023
Um estudo de quatro décadas ao qual o Globo Repórter teve acesso em primeira mão aponta que a situação de aquecimento no sertão está acima da média global. No planeta, a luta é para não aquecer acima de 1,5°C, limite que já foi ultrapassado na região.
"A gente tem até em torno de 2,5°C acima da média global", revela Francisco Cruz Júnior, geólogo do Instituto de Geociências da USP.
O Francisco explora essas cavernas desde 1993. Com uma das maiores médias de aquecimento do planeta, o sertão imortalizado por Guimarães Rosa pode estar ameaçado. O Globo Repórter desta sexta-feira (15) revisitou os cenários naturais que inspiraram a obra "Grande Sertão: Veredas".
"A água que infiltra no solo, ela evapora mais rapidamente, antes mesmo de infiltrar. As nascentes vão ficando cada vez mais secas. Desculpa, mas podem desaparecer", completa o geólogo.
O artigo completo desse estudo será divulgado no fim de 2023. "Do sertão está saindo um alerta para o mundo", acrescenta Francisco.
A influência das mídias sociais e do ciberespaço em nossas vidas tem se intensificado significativamente ao longo dos anos. Através de plataformas como Instagram, Facebook, Twitter e Linkedin, entre outras, criamos perfis que refletem nossas personalidades e experiências.
Alguns estudiosos afirmam que as nossas páginas pessoais de usuário nas redes são como uma “extensão de nós”. Embora a internet não seja capaz de mostrar a vida cotidiana com o tamanho de sua complexibilidade, ainda assim as nossas ações refletem nesses meios de interação e ajudam a construir uma outra perspectiva de imagem própria.
Com esse novo sistema de sociedade, que detém um longo tempo de nossos dias, consequências no mundo real começaram a surgir. O bullying, que se trata da prática de humilhação, zombaria, agressões físicas, psicológicas e emocionais, também está presente nesse ambiente, mas com outra nomenclatura – cyberbullying.
Na era digital, o cyberbullying se torna ainda mais perigoso do que o bullying convencional. Isto porque existe a possibilidade de pessoas mal intencionadas criarem notícias falsas, ‘trends’ de exposição e um efeito manada de linchamento com as redes sociais e a grande quantidade de pessoas que podem acessar o conteúdo.
Por isso, essa pauta vem se tornando cada vez mais relevante nas discussões em instituições de ensino, por exemplo. Ao refletir sobre o assunto, pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) realizaram um estudo que mostrou que, dentre alunos de escolas públicas e privadas, os que pertencem às instituições de ensino pagas são mais propensos a serem vítimas de cyberbullying.
Conduzida pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Educação Moral (GEPEM) da universidade, a pesquisa de doutorado entrevistou 3469 estudantes de São Paulo, dos quais 1991 eram de escolas públicas e 1478 eram da rede privada.
O resultado mostrou que 11 das 15 situações de cyberbullying apresentadas pelo estudo ocorrem em salas de aula do ensino privado. Além disso, os alunos relataram que haveria mais chances de passarem por violências virtuais em 10 das 15 situações.
“Esse dado chama a atenção pois, em geral, é a escola pública que é mais associada à violência”, disse Raul Alves de Souza, integrante do grupo de pesquisa, ao Jornal da Unesp.
Controlar a utilização da internet e das redes sociais por parte das crianças e adolescentes não é o suficiente. Muitas vezes, sequer temos conhecimento do que se é publicado ou falado entre as comunidades que acompanhamos com mais proximidade, justamente por conta do volume de postagens diárias e da grande gama de conteúdos disponíveis.
De acordo com a Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura (Unesco), um a cada três estudantes já sofreu bullying na escola. Assim como o formato tradicional desse tipo de violência, a punição não é o que extingue a prática, inclusive para o cyberbullying.
Para que essa conduta não volte a acontecer, a conscientização, a iniciativa dos responsáveis pela criança ou pelo jovem em buscar entender a situação e uma solução, bem como a escuta ativa e respeitosa, são atitudes que demonstram muito mais resultados. Isso porque, muitas vezes, a pessoa que comete as atitudes de violência se sente negligenciada em alguma área da vida e, por isso, acaba descontando nas vítimas, as quais o agressor vê como pessoas mais “vulneráveis”.
É importante assegurar que tanto a vítima quanto o agressor estabeleçam um vínculo seguro e confiável com seus responsáveis, a fim de lidar com as razões principais que desencadearam a prática do bullying e do cyberbullying.