Quase cinco dezenas de postulantes declararam mais de R$ 1 milhão em bens à Justiça Eleitoral
Por Rondoniadinamica
Porto Velho, RO – Em Rondônia, estado com 52 municípios, 46 candidatos a prefeito nas eleições declararam à Justiça Eleitoral possuir patrimônio superior a 1 milhão de reais. O candidato com o maior montante registrado é Alex Testoni, de Ouro Preto do Oeste, que declarou um total de R$ 37.921.017,59 em bens. Em seguida, Netinho, de Guajará-Mirim, e Airton Gomes, de Cerejeiras, aparecem com patrimônios de R$ 17.896.082,48 e R$ 14.074.961,57, respectivamente.
Os dados refletem uma diversidade significativa de riqueza entre os candidatos. Paulo da Remap, de Machadinho D’Oeste, declarou R$ 13.689.381,06, ocupando a quarta posição na lista dos mais ricos. Já Danielzinho, de Cacaulândia, com R$ 8.497.312,35, e Simone do Posto, de Governador Jorge Teixeira, com R$ 8.000.000,00, também figuram entre os dez candidatos mais abastados.
A lista segue com Zé Carlos do Morumbi, de Presidente Médici, com patrimônio de R$ 7.477.360,00, e Célio Silveira, de Espigão do Oeste, que declarou R$ 6.316.000,00 em bens. Euma Tourinho, de Porto Velho, e Nei Martins, de Itapuã do Oeste, completam o grupo dos dez candidatos mais ricos, com R$ 4.736.053,77 e R$ 4.714.424,57, respectivamente.
Os dados fornecidos pelos candidatos oferecem um panorama sobre a distribuição de riqueza entre os postulantes às prefeituras em Rondônia, com valores que variam significativamente de acordo com a localidade e o perfil econômico de cada um.
A LISTA:
01 - ALEX TESTONI (Ouro Preto Do Oeste/RO) - R$ 37.921.017,59 02 - NETINHO (Guajará-mirim/RO) - R$ 17.896.082,48 03 - AIRTON GOMES (Cerejeiras/RO) - R$ 14.074.961,57 04 - PAULO DA REMAP (Machadinho D'oeste/RO) - R$ 13.689.381,06 05 - DANIELZINHO (Cacaulândia/RO) - R$ 8.497.312,35 06 - SIMONE DO POSTO (Governador Jorge Teixeira/RO) - R$ 8.000.000,00 07 - ZÉ CARLOS DO MORUMBI (Presidente Médici/RO) - R$ 7.477.360,00 08 - CÉLIO SILVEIRA (Espigão Do Oeste/RO) - R$ 6.316.000,00 09 - EUMA TOURINHO (Porto Velho/RO) - R$ 4.736.053,77 10 - NEI MARTINS (Itapuã Do Oeste/RO) - R$ 4.714.424,57 11 - CELSO POPÓ (Cacoal/RO) - R$ 4.450.376,49 12 - VALTAIR FRITZ (Buritis/RO) - R$ 4.319.431,71 13 - LÉO MORAES (Porto Velho/RO) - R$ 3.665.260,71 14 - JONSON (Colorado Do Oeste/RO) - R$ 3.752.410,69 15 - DR FELBEK (Ji-paraná/RO) - R$ 3.270.000,00 16 - DR BENEDITO ALVES (Porto Velho/RO) - R$ 3.131.500,00 17 - ERIZELTON DA AGROTERRA (Nova Brasilândia D'oeste/RO) - R$ 3.141.815,51 18 - SILVANO DE ALMEIDA (Cabixi/RO) - R$ 3.096.555,71 19 - ANGELO LEBRINHO (São Francisco Do Guaporé/RO) - R$ 2.931.600,00 20 - JOÃO PAVAN (Alto Paraíso/RO) - R$ 2.388.187,47 21 - MARIANA CARVALHO (Porto Velho/RO) - R$ 2.253.252,02 22 - CÉLIO LOPES (Porto Velho/RO) - R$ 2.277.114,72 23 - SAMUEL COSTA (Porto Velho/RO) - R$ 2.217.418,54 24 - DR WESLEY ARAUJO (Chupinguaia/RO) - R$ 2.268.734,83 25 - DR. FÁBIO (São Miguel Do Guaporé/RO) - R$ 2.175.000,00 26 - SINÉSIO JOSÉ (Cerejeiras/RO) - R$ 2.094.278,74 27 - ZÉ ROBERTO DO ESCRITÓRIO (Urupá/RO) - R$ 1.873.511,39 28 - CARLINHOS DA NOVENTA (Parecis/RO) - R$ 1.760.347,15 29 - WILSON LAURENTI (Ministro Andreazza/RO) - R$ 1.746.002,21 30 - VALNERIA MOTA (Machadinho D'oeste/RO) - R$ 1.721.660,00 31 - DR DANILO (Vale Do Anari/RO) - R$ 1.655.000,00 32 - ADINEUDO DE ANDRADE (Mirante Da Serra/RO) - R$ 1.650.000,00 33 - PATRICK FAELBI (Jaru/RO) - R$ 1.439.012,00 34 - DR NEIDSON (Guajará-mirim/RO) - R$ 1.464.000,00 35 - DR EDER (Buritis/RO) - R$ 1.565.826,38 36 - ALLEN DA VISÃO RURAL (Nova Mamoré/RO) - R$ 1.572.409,00 37 - ADAILTON FÚRIA (Cacoal/RO) - R$ 1.591.074,34 38 - IZAIA SILVA (Alvorada Do Oeste/RO) - R$ 1.500.000,00 39 - JOÃO LEVI (Nova União/RO) - R$ 1.314.205,46 40 - JOSE DILSON (Seringueiras/RO) - R$ 1.293.000,00 41 - DAIANE DO SINDICATO (Alvorada Do Oeste/RO) - R$ 1.270.000,00 42 - DELEGADO FLORI (Vilhena/RO) - R$ 1.277.745,68 43 - ELIO CESAR (Cacaulândia/RO) - R$ 1.249.917,76 44 - CAPELÃO (Chupinguaia/RO) - R$ 1.037.239,73 45 - SOBRAL (Cujubim/RO) - R$ 1.030.000,00 46 - LEOMAR PATRICIO (Machadinho D'oeste/RO) - R$ 1.001.303,88
Queda de energia atingiu 75% das unidades consumidoras no Acre e 84% em Rondônia. MME investiga causa do apagão e mobiliza forças para restabelecer fornecimento. O blecaute ocorreu em meio a uma das mais intensas ondas de calor do ano, com temperaturas próximas dos 40°C.
Nesta quinta-feira (22), um apagão afetou quase 800 mil consumidores nos estados do Acre e Rondônia. O Ministério de Minas e Energia (MME) confirmou que o problema foi provocado por um “evento externo” no Sistema Interligado Nacional (SIN). Apesar do incidente, a pasta assegurou que as “condições de atendimento do sistema elétrico brasileiro permanecem confiáveis em todo o território nacional”.
A concessionária Energisa, responsável pelo fornecimento de energia nos dois estados, informou que o apagão atingiu cerca de 218 mil unidades consumidoras no Acre, representando 75% dos clientes, e aproximadamente 572 mil em Rondônia, equivalente a 84% dos consumidores.
“O fato resultou em interrupção de 187 MW no Acre e 797 MW em Rondônia. Assim que constatada a situação, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, determinou a abertura imediata de uma sala de situação, com a participação do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico), da Agência Nacional de Energia Elétrica e do corpo técnico do MME, para garantir celeridade à recomposição do sistema e acompanhar as demais tratativas sobre a ocorrência”, informou o ministério em nota.
O processo de recomposição da energia nos estados começou por volta das 17h10. O MME afirmou que o restabelecimento completo do serviço deve ocorrer nas próximas horas. A Energisa aguarda a autorização do ONS para dar início à retomada do fornecimento.
Apagão no Acre e Rondônia: Estados enfrentam colapso de energia em meio a onda de calor de quase 40°C
Nesta última Quinta feira, dia 22 de agosto de 2024, o estado do Acre e Rondônia vivenciou um apagão generalizado que afetou cerca de 1 milhão de pessoas em todas as cidades somente no Acre. O blecaute, que ocorreu em meio a uma das mais intensas ondas de calor do ano, com temperaturas próximas dos 40°C, expôs fragilidades críticas na infraestrutura elétrica da região, que já vinha sendo pressionada por picos de consumo energético.
O Acre está enfrentando uma combinação de fatores climáticos que intensificam a demanda por energia elétrica. A região, historicamente quente e úmida, está passando por um período de seca severa, com temperaturas muito acima da média. Esse cenário resulta em um aumento significativo no uso de aparelhos de ar-condicionado e ventiladores, pressionando o sistema elétrico estadual.
Além disso, a seca impacta diretamente na geração de energia hidroelétrica, que é a principal fonte de energia na região. Com os níveis dos reservatórios abaixo do esperado, a capacidade de geração diminui, tornando o sistema mais vulnerável a falhas e sobrecargas.
Segundo informações preliminares da Energisa, concessionária responsável pela distribuição de energia no estado, o apagão foi resultado de uma falha em cascata no sistema de transmissão. Acredita-se que a alta demanda energética, combinada com a instabilidade na rede de transmissão, tenha sobrecarregado os transformadores e linhas de transmissão, provocando a desconexão automática de diversas subestações.
Essa desconexão em cascata é um mecanismo de segurança projetado para evitar danos maiores à infraestrutura, mas que, infelizmente, pode resultar em um apagão generalizado. O restabelecimento do serviço exige uma reativação cuidadosa e coordenada de cada subestação, para evitar novas sobrecargas durante o processo.
O apagão teve consequências imediatas e significativas em várias esferas. Na saúde, hospitais e clínicas precisaram recorrer a geradores de emergência para manter o funcionamento dos equipamentos essenciais, como respiradores e incubadoras. No entanto, algumas unidades de saúde menores, que não dispõem de geradores, ficaram sem condições de atendimento adequado.
O setor comercial também foi fortemente impactado, especialmente estabelecimentos que dependem de sistemas de refrigeração para conservar alimentos e medicamentos. Além disso, houve relatos de dificuldades no abastecimento de água em diversas localidades, uma vez que muitos sistemas de bombeamento pararam de funcionar devido à falta de energia.
Os serviços de telecomunicações foram outro setor afetado, com muitas torres de celular fora de operação, dificultando a comunicação entre os moradores e os serviços de emergência. Essa falha evidenciou a necessidade de uma infraestrutura mais resiliente, capaz de suportar eventos climáticos extremos e garantir a continuidade dos serviços essenciais.
O governo estadual de Rondônia e do Acre, em conjunto com a Energisa, anunciou a criação de um comitê de crise para coordenar as ações de reparo e investigar as causas do apagão. Técnicos de outras regiões do país foram convocados para apoiar na reativação das subestações e na estabilização da rede elétrica.
Especialistas em energia alertam que o episódio reforça a urgência de investimentos na modernização da infraestrutura energética do Acre. A proposta inclui a diversificação das fontes de energia, como a ampliação da geração solar e eólica, que podem complementar a hidroeletricidade e reduzir a dependência de uma única fonte.
A longo prazo, a necessidade de fortalecer a resiliência da rede elétrica em face de eventos climáticos extremos é crucial. Isso inclui não apenas melhorias físicas nas linhas de transmissão e subestações, mas também a implementação de tecnologias avançadas de monitoramento e controle, que possam prever e mitigar falhas antes que elas provoquem colapsos generalizados.
ONS diz que houve perda do sistema de transmissão em corrente contínua do Complexo Madeira, que interliga AC e RO.
Apagão deixa Acre e Rondônia sem energia elétrica; MT tem uma cidade afetada
Apagão deixou Acre e Rondônia sem energia elétrica — Foto: Rhawan Vital
Um apagão na tarde desta quinta-feira (22) deixou o Acre sem energia elétrica. De acordo com a concessionária Energisa, o estado inteiro foi afetado, totalizando 218 mil consumidores sem energia elétrica. O problema afetou o estado de Rondônia, que também é abastecido pela mesma empresa, e uma cidade de Mato Grosso.
O serviço voltou a ser restabelecido em alguns bairros de Rio Branco, capital do Acre, após três horas, por volta das 18h (horário local).
Em Rondônia, em cidades como Ji-Paraná, Ariquemes e Pimenta Bueno, a energia também começou a ser reativada por volta do mesmo horário. Na capital, Porto Velho, a energia continuou instável, com quedas frequentes, e grande parte da cidade seguia sem energia, até as 19h02, horário local. O restabelecimento total da energia , após liberação do ONS , ocorreu às 20h12 horas.
Aproximadamente 500 mil pessoas foram afetadas apenas em Porto Velho.
Em nota, a concessionária de energia elétrica disse que no Acre a falha no serviço ocorreu por causa de um evento externo no Sistema Interligado Nacional (SIN).
A Energisa, que também opera em Rondônia, afirmou ainda que está em contato com o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). “O restabelecimento do serviço será feito à medida que o ONS liberar”, complementou durante a tarde.
Segundo o ONS, “houve perda do sistema de transmissão em corrente contínua do Complexo Madeira, além do sistema de transmissão em 230 kV que interliga os estados do Acre e Rondônia ao SIN”.
A recomposição do sistema, ainda conforme o ONS, teve início às 17h10 (horário oficial de Brasília). “O processo de recomposição segue em andamento, já tendo sido recomposto 50 MW de cargas até o momento do envio desta nota (18h01)”.
O serviço voltou a ser restabelecido em alguns bairros de Rio Branco, capital do Acre, após três horas, por volta das 18h (horário local).
Em Mato Grosso, houve apagão na cidade de Rondolândia, que fica na divisa com Ji-Paraná (RO) e é abastecida pela cidade. A concessionária informou que ocorreu um Esquema Regional de Alívio de Carga (ERAC) e, por isso, houve o apagão
Além destes, a concessionária está presente em São Paulo, Paraíba, Sergipe, Tocantins, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro. No entanto, não há relatos de apagão nestas regiões.
A reportagem entrou em contato com a empresa, mas até a atualização mais recente desta reportagem não foi divulgada a causa exata do problema e nem a previsão para o restabelecimento do serviço.
Nota do Operador Nacional do Sistema Elétrico
“O Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) confirma que, às 16h47, desta quinta-feira, 22/8, houve interrupção de cerca de 980 MW de carga, nos estados do Acre (180 MW) e Rondônia (800 MW). Os dados foram obtidos através de sistema de supervisão do ONS. Houve perda do sistema de transmissão em corrente contínua do Complexo Madeira, além do sistema de transmissão em 230 kV que interliga os estados do Acre e Rondônia ao SIN.
A recomposição do sistema teve início às 17h10, através da energização do sistema de interligação em 230 kV entre as subestações de Pimenta Bueno e Ji-Paraná. O processo de recomposição segue em andamento, já tendo sido recomposto 50 MW de cargas até o momento do envio desta nota (18h01).
O ONS ainda aguarda informações dos agentes para analisar a causa. As equipes do ONS e dos agentes estão dedicadas para a retomada do serviço à sociedade com segurança, no menor tempo possível.”
Colaboraram Júnior Andrade, Luana Rodrigues e Melícia Moura da Rede Amazônica Acre.
Na tarde desta quinta-feira (22), a Polícia Militar prendeu um vigilante que estava mostrando as partes íntimas para meninas da escola Militar de Ji-Paraná.
Câmeras de monitoramento flagraram ele em uma das vezes que parou a motocicleta de onde trabalha, desce, baixa a bermuda e mostra o pênis.
Não seria a primeira vez que o indivíduo faz isso, e na data de hoje após cometer o ato obsceno na T-4, bairro Riachuelo, foi preso pela Polícia saindo de um cartório no Centro de Ji-Paraná.
Após receber voz de prisão foi conduzido para UNISP, onde agora ficará a disposição da justiça. Quem tiver sido vítima do indivíduo favor procurar a polícia e denunciar.
Exército quer mais blindados e mísseis, mesmo com cortes de gastos
Por Sofia Aguiar, do Estadão Conteúdo
BRASÍLIA – O Comandante do Exército, general Tomás Paiva, afirmou que as Forças Armadas não irão descuidar da necessidade de mais helicópteros, blindados e mísseis, mesmo sob “restrições orçamentárias que atingem a todos”.
A afirmação ocorreu em cerimônia do Dia do Soldado, nesta quinta-feira (22), na Capital Federal. O evento é realizado em um contexto de contenção de gastos que tem desagradado as Forças Armadas.
“Esse espírito perseverante e de doação integral à carreira é mantido incólume, mesmo sob os efeitos das restrições orçamentárias que atingem a todos. Apesar disso, não nos descuidamos da imperiosa necessidade de mais helicópteros, de mais blindados e de mais mísseis”, disse Tomás Paiva, durante a cerimônia.
De acordo com ele, tais armamentos são “meios militares imprescindíveis, que foram adquiridos de forma responsável e transparente e foram agregados à dotação de material da Força, aumentando nossa capacidade de cumprimento de missão”.
Em julho, o Executivo anunciou contenção de R$ 15 bilhões em despesas para cumprir o arcabouço fiscal. O Ministério da Defesa arcou com R$ 676 milhões do corte – o Orçamento de 2024 estipulava R$ 126 bilhões para a pasta.
O corte ocorreu mesmo após pedido do ministro da Defesa, José Múcio, para preservar os recursos da pasta. No mês passado, Múcio solicitou ao ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a proteção do orçamento destinado à Defesa. Como mostrou o Broadcast Político, no encontro, Múcio disse que os atuais recursos da pasta já não estão alinhados com a real necessidade do ministério.
Como mostrou a reportagem, diante do contexto de restrição orçamentária, neste ano, o governo federal planeja uma parada militar enxuta, sem grandes atrações paralelas, para comemorar o Dia da Independência, celebrado no 7 de Setembro. A estrutura para o desfile, na Esplanada dos Ministérios, começou a ser montada na sexta-feira, 16. São arquibancadas móveis dos dois lados da via, em frente ao Ministério da Defesa.
Participaram do evento desta manhã o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os ministros Marcos Antonio Amaro (GSI), José Múcio (Defesa); os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Luís Roberto Barroso, Gilmar Mendes e Alexandre de Moraes; o Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet; e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.
Medalhistas
Na cerimônia, atletas militares que foram medalhistas nas Olimpíadas de Paris de 2024 foram agraciados com a Medalha do Exército Brasileiro. São os atletas: 3º Sargento Beatriz Souza (judô), 3º Sargento Guilherme Schimidt (judô) e 3º Sargento Natália Araújo (vôlei).
No discurso, o comandante do Exército também falou que os “verdadeiros soldados” são aqueles que “comprometem-se com a ética e são temidos por adversários, nunca por seu povo ou sua pátria”.
Após resquícios causados pela gestão Jair Bolsonaro, o contexto da relação entre Lula e Forças Armadas está mais ameno em 2024. Um episódio que representa o novo relacionamento se refere às manifestações do golpe militar de 1964. Sob pressão de apoiadores, o presidente desautorizou ações da gestão federal que relembrassem a data para evitar atritos com as Forças.
RIO DE JANEIRO – A população brasileira começará a diminuir a partir de 2042, segundo projeções divulgadas nesta quinta-feira (22) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Portanto, em 2041, o Brasil deverá atingir seu número máximo de habitantes, estimado em 220,43 milhões de pessoas.
De acordo com o IBGE, a previsão é de que a taxa de aumento populacional, que em 2024 deverá ser de cerca de 0,4%, diminua gradativamente até 2041. A partir de 2042, o índice de queda da população também deve cair de forma gradual e se aproximar de 0,7% ao ano em 2070, quando o total de habitantes do país deverá alcançar 199,23 milhões.
“No início dos anos 2000, a gente tinha uma taxa de crescimento acima de 1%. Estamos nos aproximando de zero. Em se tratando de Brasil, isso se dá principalmente pelo saldo de nascimentos e mortes. Nesse ponto [em 2042], o número de óbitos superaria os nascimentos”, afirma o pesquisador do IBGE Marcio Minamiguchi.
Três estados já devem começar a perder população ainda nesta década: Alagoas e Rio Grande do Sul (em 2027) e Rio de Janeiro (em 2028). Dois estados ainda devem manter crescimento populacional até a década de 2060: Roraima e Santa Catarina (até 2063). A população de Mato Grosso deverá continuar crescendo pelo menos até 2070 (o IBGE não projeta além desta data).
A previsão anterior, de 2020, era de que a população brasileira só começasse a cair em 2048, depois de atingir o pico de 233,23 milhões de pessoas em 2047 – ou seja, quase 13 milhões a mais e seis anos mais tarde do que a nova projeção).
As projeções divulgadas nesta quinta-feira se baseiam nas novas estimativas populacionais feitas pelo IBGE, com base nos dados do Censo 2000, 2010 e 2022, na Pesquisa de Pós-Enumeração do Censo (PPE, que corrigiu inconsistências do levantamento demográfico de 2022) e nos registros de nascimento, mortes e migração no pós-pandemia.
Estima-se, por exemplo, que a população do Brasil era de 210.862.983, em 1º de julho de 2022, acima dos 203 milhões calculados inicialmente pelo Censo 2022, um ajuste de 3,9%.
Reposição
De acordo com Minamiguchi, a queda de população tem relação com a redução da taxa de fecundidade da mulher brasileira. Em 2023, a taxa chegou a 1,57 filho por mulher, bem abaixo da taxa considerada adequada para a reposição populacional (2,1 filhos por mulher).
Em 2000, o Brasil superava essa taxa, com 2,32 filhos por mulher, o que indicava a perspectiva de crescimento populacional para as décadas seguintes. Cinco anos depois, a taxa já havia caído para 1,95 filho, passando para 1,75 em 2010, 1,82 em 2015 e 1,66 em 2020.
Em 2000, apenas a região Sudeste estava ligeiramente abaixo da taxa de reposição, com 2,06 filhos por mulher. Em 2015, apenas a região Norte mantinha-se acima dessa taxa, com 2,16 filhos por mulher. Em 2020, já não havia nenhuma região com taxa acima de 2,1.
“Essa queda da fecundidade tem um histórico mais longo. Ela ganhou força na metade da década de 1960. Para a gente ter uma ideia, essa taxa, em 1960, era de 6,28 filhos por mulher”, disse a pesquisadora do IBGE Marla França.
Entre as unidades da federação, apenas Roraima ainda mantém taxa de fecundidade acima do nível de reposição em 2023, com 2,26 filhos por mulher. A menor taxa estava no Rio de Janeiro (1,39).
A projeção é de que a taxa de fecundidade no país continue a cair até 2041, quando deverá atingir a 1,44 filho por mulher, apresentando, depois disso, ligeiro aumento até 2070, quando chegará a 1,5.
O número de nascimentos, por ano, que era de 3,6 milhões em 2000, passou para 2,6 milhões em 2022 e deve chegar a 1,5 milhão em 2070.
Maternidade
As novas projeções do IBGE também indicam aumento da idade média da maternidade. Em 2000, as mulheres tinham filhos com 25,3 anos, em média. Vinte anos depois, essa idade média passou para 27,7 anos. A previsão é de que, em 2070, chegue a 31,3 anos.
“Ao longo do tempo, a gente percebe que a fecundidade está envelhecendo. Hoje a gente tem a maior parte das mulheres tendo filhos de 25 a 29 anos. Isso se deve ao adiamento da maternidade que essas mulheres têm feito”, ressalta a pesquisadora do IBGE Luciene Longo.