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Meio Ambiente : Pesquisadores estudam cerca de 30 espécies de plantas não convencionais no Acre
Enviado por alexandre em 07/11/2023 13:58:51


O Laboratório de Plantas Alimentícias Não Convencionais (LabPanc), da Universidade Federal do Acre (Ufac), conduz pesquisas sobre o potencial de vegetais com alto valor nutricional, mas que são pouco consumidos. Pelo menos 30 espécies comestíveis e 10 medicinais são estudadas pela comunidade acadêmica.

O projeto, liderado pelas professoras de Engenharia Agronômica na Ufac, Almecina Balbino e Marilene Santos, é composto por 25 estudantes de graduação, quatro de mestrado e dois de doutorado e busca promover debates sobre as plantas alimentícias não convencionais (PANC) com potencial de alimentação variada e sustentável, fortalecendo a segurança e a soberania alimentar na Região Amazônica.

Foto: Arquivo da pesquisa

"O grupo tem como foco a pesquisa, ensino e extensão, pautada na segurança alimentar e nutricional, que é o acesso regular e permanente a alimentos em quantidade e qualidade suficientes, garantindo o direito humano à alimentação adequada, tudo isso indicado através dos ensaios científicos com as Panc", 

explica a professora Almecina, coordenadora do projeto e doutora em fitotecnia.

As Panc são espécies vegetais com partes comestíveis, como folhas, flores e raízes. Ainda de acordo com ela, o Horto Panc, criado em 2017 pelas duas professoras, conta com cerca de 30 espécies de plantas alimentícias não convencionais que exercem uma grande influência na alimentação de populações tradicionais, e cerca de 10 espécies de plantas medicinais de uso popular, as quais também realizam pesquisa, sobretudo com relação aos óleos essenciais.

Na horta, também são cultivadas diferentes espécies para realizar experimentos e estudos dos alimentos de forma detalhada, a fim de compreender o cultivo, a fisiologia e os benefícios nutricionais delas.

Foto: Arquivo da pesquisa

Usos diversos 

Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), muitas dessas plantas crescem naturalmente em qualquer lugar, como no quintal de casa ou em terrenos baldios. Por isso, elas nem sempre são consideradas uma escolha culinária.

Leia também: Conheça a versatilidade culinária da ora-pro-nóbis amazônica, PANC também usada de forma medicinal

Mas, segundo Balbino, por serem espécies de fácil cultivo, existem benefícios no plantio no que diz respeito ao viés econômico, já que são de fácil cultivo, sem necessidade de compra de adubos e fertilizantes ou benefícios ambientais e nutricionais e sem uso de insumos que possam causar a poluição no meio ambiente. Ela afirma também que há determinadas quantidades de nutrientes como vitaminas, proteínas e minerais, que ajudam na manutenção do corpo e mente.

"São plantas poderosas que contêm muitas memórias afetivas, porque são espécies que eram consumidas pelos nossos antepassados, e hoje com a globalização e o acesso com facilidade de espécies convencionais, elas acabaram caindo em desuso", afirmou.

A professora explica também sobre a diferença entre as plantas alimentícias não convencionais e as convencionais, que são evidenciadas por diversos fatores, principalmente para pessoas que não têm acesso a carne devido a condições sociais, bem como para veganos e vegetarianos.

Matheus Matos é membro do projeto e estudante de Doutorado do grupo Panc. Ele conta sobre a importância do avanço de estudos nesta área.

"Ao longo desses seis anos, cada dia é um novo aprendizado, conhecendo novas espécies, suas aplicações na alimentação humana e também medicinal, além de proporcionar a realização de estudos visando sempre a segurança alimentar e nutricional", explicou.

*Por Idhelena Vieira, estagiária sob supervisão do jornalista Renato Menezes

Brasil : BR-319: a artéria vital da integração nacional e o desenvolvimento sustentável do Amazonas
Enviado por alexandre em 07/11/2023 13:57:58

A restauração da BR-319 já foi um tópico discutido há muitos anos, e sua prioridade varia ao longo do tempo, dependendo da administração do governo federal.


A BR-319, rodovia que liga Manaus (AM) a Porto Velho (RO), tem sido objeto de intensos debates e discussões ao longo dos anos devido ao seu impacto na região amazônica. Esta estrada, desafiada por questões ambientais e logísticas, desempenha um papel crucial na integração regional e no desenvolvimento sustentável.

BR-319: Estrada que liga Manaus a resto do país. Fonte: Red Amazónica de Información Socioambiental Georreferenciada - RAISG ¹

¹ Fabiano Maisonnave, Fabiano e Almeida, Lalo de. BR 319: Asfaltar ou não asfaltar? Folha de São Paulo. 2018. Disponível em: https://www.raisg.org/es/radar/br-319-asfaltar-ou-nao-asfaltar/

A restauração da BR-319 já foi um tópico discutido há muitos anos, e sua prioridade varia ao longo do tempo, dependendo da administração do governo federal. Em diferentes governos, houve momentos em que a BR-319 foi considerada uma prioridade e momentos em que não recebeu a mesma atenção.
A rodovia enfrenta desafios significativos devido a questões ambientais, financeiras e logísticas. As preocupações ambientais estão relacionadas à preservação da Floresta Amazônica, que é uma das maiores preocupações em relação à restauração da estrada. Além disso, o financiamento e a infraestrutura necessária para a restauração também são desafios a serem superados.

A discussão em torno da BR-319 ganhou uma nova urgência nos últimos tempos, à luz da devastadora seca que assola o estado do Amazonas. Em outubro de 2023, o governador do Amazonas, Wilson Lima, liderou uma comitiva de parlamentares estaduais a Brasília para pressionar o governo federal pela pavimentação da BR-319, mas até agora persistem as dúvidas sobre este projeto.
Carretas e ônibus estão atolados na BR-319. Fonte: G1 Amazonas ²
² G1 AM. Ipaam libera inícios de obras no 'trecho do meio' da BR-319, no AM. 2022. Disponível em: https://g1.globo.com/am/amazonas/noticia/2022/09/03/ipaam-libera-inicios-de-obras-no-trecho-do-meio-da-br-319-no-am.ghtml
Sem embargo; a região amazônica, conhecida por sua exuberância e biodiversidade, enfrenta desafios sem precedentes em relação à preservação de seus recursos naturais e ao desenvolvimento econômico. A seguir explora-se como a restauração e manutenção da BR-319 pode contribuir significativamente para o desenvolvimento sustentável do Amazonas, promovendo a economia local e fortalecendo a integração econômica e social entre as regiões do norte e do sul do Brasil, especialmente em face da grave seca que assola o Estado do Amazonas e outros eventuais eventos climáticos que podem vir acontecer devido à mudança climática.

• Desenvolvimento Sustentável e Promoção da Economia Local

O desenvolvimento sustentável implica equilibrar o crescimento econômico com proteção do meio ambiente e bem-estar social. A BR-319 pode contribuir para esse equilíbrio de várias maneiras:

A rodoviária abrirá oportunidades para o desenvolvimento econômico local, permitindo o transporte mais eficiente de produtos regionais. Isso inclui a exportação de produtos agrícolas, minerais, madeira e outros recursos naturais. O acesso mais fácil a mercados mais amplos pode contribuir para a produção e a renda das comunidades locais.

O acesso a áreas remotas da Amazônia, pode contribuir para o turismo ecológico na região. Ao desenvolver o turismo de maneira sustentável, a rodovia pode gerar empregos e oportunidades de negócios, ao mesmo tempo em que promove a preservação do meio ambiente.

A BR-319 reduzirá os custos logísticos associados ao transporte de mercadorias entre o norte e o sul do Brasil. Isso torna os produtos mais acessíveis e competitivos, beneficiando a economia nacional. Reduzir a dependência de modos de transporte mais poluentes, como o transporte fluvial e aéreo, também pode contribuir para a proteção do meio ambiente.

A rodovia conecta o Amazonas ao restante do país, promovendo a integração econômica e social entre as regiões. Isso pode levar a uma distribuição mais equitativa dos benefícios do crescimento econômico, da redução das desigualdades e da melhoria do bem-estar social. Além disso pode facilitar o acesso a serviços de saúde, educação e infraestrutura para as comunidades ao longo de seu percurso. Isso pode melhorar o bem-estar social, garantindo que as populações locais tenham acesso aos serviços essenciais.

A construção de infraestrutura ao longo da BR-319 pode abrir caminho também para o desenvolvimento de energias renováveis, como a energia hidrelétrica e solar, que são menos poluentes e atrativas para a mitigação das mudanças climáticas. Portanto, a BR-319 pode desempenhar um papel fundamental na promoção do desenvolvimento sustentável, desde que seja planejado e realizado com considerações ambientalmente sustentáveis.

A restauração e manutenção da BR-319 abrirão novas oportunidades econômicas para as comunidades locais ao longo da rodovia favorecendo a economia local. O desenvolvimento das atividades econômicas relacionadas, como agricultura, exploração florestal, mineração e turismo, podem gerar lucros diretos e indiretos para as comunidades locais ao longo da rodovia. Desta forma facilitasse a geração de emprego, o aumento da renda das famílias e melhoram o padrão de vida das populações locais.

Portanto, a restauração da BR-319 não apenas melhora o acesso aos mercados, mas também cria um ambiente propício para o desenvolvimento econômico local sustentável, beneficiando as comunidades, a região como um todo, bem como ao governo.

• Integração Econômica e Social

A BR-319 é essencial para fortalecer a integração econômica e social entre as regiões do norte e do sul do Brasil, não apenas em tempos de estabilidade, mas especialmente em períodos de crise, como a atual seca no estado do Amazonas. O acesso mais fácil a recursos e serviços essenciais pode desempenhar um papel crucial na mitigação dos impactos socioeconômicos da crise e no fortalecimento da resiliência das comunidades locais.

A seca no estado do Amazonas, que afeta a disponibilidade de recursos hídricos e agrava as condições econômicas das comunidades, destaca a importância de uma infraestrutura de transporte eficiente. A restauração da BR-319 permite o acesso mais rápido a recursos essenciais, como alimentos, água, medicamentos e assistência médica, que podem ser escassos durante uma crise. Isso fortalece a resiliência das comunidades locais, tornando-as mais capazes de enfrentar desafios climáticos e socioeconômicos.

Durante a seca, o estado do Amazonas pode ficar isolado devido à dificuldade de acesso por meio de rotas fluviais devido à baixa vazão dos rios. A BR-319 reduze o isolamento das comunidades e oferece uma alternativa terrestre, permitindo o fluxo contínuo de mercadorias e suprimentos essenciais. Isso evita situações de escassez e ajuda a manter o funcionamento das atividades cotidianas, como o abastecimento de alimentos e medicamentos.

Além do mais facilita a conexão das regiões do norte e do sul do Brasil. Isso significa que o desenvolvimento econômico não fica concentrado em apenas algumas áreas metropolitanas, mas se espalha por todo o território nacional o que possibilita um desenvolvimento regional mais equitativo. Durante uma crise, como a seca, melhora a capacidade de distribuição de ajuda humanitária e recursos para áreas remotas é essencial para atender às necessidades das populações afetadas.

A BR-319 também impulsiona o comércio regional, permitindo que as empresas alcancem novos mercados e expandam suas exportações. Durante uma crise, as empresas locais têm a capacidade de diversificar suas fontes de renda, diminuindo a dependência de setores vulneráveis, como a agricultura, impactada em níveis secos.

Em resumo, a restauração da BR-319 é fundamental para fortalecer a integração econômica e social entre as regiões do norte e do sul do Brasil, proporcionando um meio eficiente de transporte e acesso a recursos essenciais, especialmente em momentos de crise. Isso não apenas melhora a qualidade de vida das comunidades locais, mas também contribui para a resiliência e sustentabilidade da região.

• Conclusão

A BR-319 desempenha um papel vital para região amazônica, tornando-se ainda mais crucial durante a atual seca no estado do Amazonas. Sua restauração e manutenção pode trazer múltiplos benefícios; mas para atingir esses objetivos, é imperativo que todas as partes interessadas, incluindo o governo, a sociedade civil e o setor privado, trabalhem em conjunto para garantir que a BR-319 seja um trampolim para o desenvolvimento sustentável na região.

Embora os benefícios sejam evidentes, é fundamental abordar as questões ambientais. A Amazônia é um ecossistema frágil, e a construção da rodovia deve ser realizada com cuidado para evitar impactos adversos. É crucial adotar medidas rigorosas de conservação e a implementação de práticas sustentáveis para minimizar o impacto ambiental.
Com a colaboração de:

Prof. Dr, Yunier Sarmiento Ramírez possui graduação em Ciências Econômicas pela Universidade do Estado do Amazonas, mestrado em Gestão de Empresas pela Universidad de Holguín – Cuba e doutorado em Economia pela Universidade Federal de Rio Grande do Sul. Atualmente é professor da Universidade Federal do Amazonas no Departamento de Economia e Análise – DEA e no Programa de Pós-Graduação em Serviço Social e Sustentabilidade na Amazônia – PPGSS. Desenvolve pesquisas na área de Economia aplicada, teoria econômica e métodos quantitativos

Sobre o autor

Prof. Dr, José Barbosa Filho possui graduação em Engenharia de Pesca pela Universidade Federal do Ceará (1989), mestrado em Economia Rural pela Universidade Federal do Ceará (1992) e doutorado em Engenharia de Produção pela Universidade Federal de Santa Catarina (2005). Atualmente é professor Titular da Universidade Federal do Amazonas. Desenvolve pesquisas na área de Contabilidade Ambiental, Matemática Financeira e Econometria, com ênfase em Gestão Ambiental, atuando principalmente nas seguintes áreas: valoração ambiental, desenvolvimento sustentável, avaliação de impactos ambientais e gerenciamento de processos.

Contato: jbarbosa@ufam.edu.br

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Brasil : Indicadores ambientais e de produtividade apontam que Rondônia avança em sustentabilidade
Enviado por alexandre em 07/11/2023 13:56:37

Rondônia apresenta redução de 70% do desmatamento, tendo o maior rebanho bovino com padrão de sanidade e liderando na produção do tambaqui.


Localizado no Norte do Brasil, na região Amazônica, Rondônia tem despontado no desafio global de equilibrar o aumento da produção de alimentos com a redução dos impactos ambientais. O Estado alcançou o 2º maior Valor Bruto de Produção Agropecuária (VBP) da Região Norte, com arrecadação superior a R$ 20,7 bilhões. E ficou no 11º lugar no ranking nacional, em setembro deste ano.

Rondônia recebeu, esse ano, do Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), o reconhecimento da Indicação Geográfica (IG), na categoria 'Indicação de Procedência', para a produção de Tambaqui, ou seja, o Tambaqui é de Rondônia. E soma-se a Indicação Geográfica por denominação de origem do café, que ficou conhecido como 'Café Matas de Rondônia'.

Leia também: Primeira Indicação de Procedência de Rondônia é reconhecida pelo INPI

Rondônia conquista da redução de 70% do desmatamento e avança na economia verde. Foto: Daiane Mendonça/Governo de Rondônia

Produtividade 

No Estado, a revitalização de lavouras acontece com distribuição de mudas com melhoramento genético, através do Programa Plante Mais, o que permite produzir mais, usando a mesma área de cultivo. Uma das cadeias produtivas beneficiadas é a cafeicultura e já colhe bons resultados, tendo ocupado todos os lugares no pódio da premiação do Coffee Of The Year 2022, na categoria canéfora.

Rondônia também tem ações de incentivo com o programa Mais Calcário, que faz o transporte desse insumo para melhorar a qualidade do solo, para ter mais produtividade, sem avançar em extensão da área ocupada. Em 2023, foram realizados o transporte de 13.860 toneladas de calcário. Além disso, o Estado tem o maior rebanho bovino livre de febre aftosa sem vacinação.

Rondônia destaca-se também na produção de peixe, sendo o terceiro maior produtor no país e líder nacional na produção da espécie Tambaqui, conforme o Anuário da Piscicultura 2022 da Associação Brasileira da Piscicultura –Peixe BR. Com o programa Peixe Saudável, por meio de laboratórios móveis, o Governo trabalha a sustentabilidade na piscicultura. E tem conquistado cada vez mais o mercado consumidor, com iniciativas de divulgação dessa cadeia produtiva por meio do Festival Internacional do Tambaqui, que este ano foi realizado também em São Paulo e em Miami, nos Estados Unidos. 

Governo de Rondônia distribui mudas com melhoramento genético para revitalizar cafeicultura. 

Preservação 

Rondônia registrou a maior queda no desmatamento em relação aos últimos quatro anos, sobretudo em Unidades de Conservação e Territórios Indígenas, de janeiro até setembro de 2023, conquistando uma redução de 70% do desmatamento em todo o estado.

Quanto às Unidades de Conservação, é ainda maior, chegando a atingir 75,3%. Já em relação aos territórios indígenas, as informações apontam uma diminuição em 72,94% em comparação aos registros anteriores. 

Os dados foram obtidos pela Secretaria de Estado de Desenvolvimento Ambiental (Sedam), por meio da Coordenadoria de Geociências (Cogeo), que utiliza o sistema Deter do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Conforme dados do MapBiomas 2021, cerca de 55% do território rondoniense é composto por florestas. 

Regionais : Réu pelo 8/1 aponta erro de Moraes e consegue zerar votos contra ele no STF; entenda
Enviado por alexandre em 07/11/2023 13:54:38

Terroristas durante o ataque de 8 de janeiro. Foto: Ton Molina/AFP

Um dos réus pelo ataque terrorista de 8 de janeiro conseguiu anular todos os votos contra ele em julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Alexandre de Moraes, relator da ação, suspendeu a análise do caso dois dias antes do término da sessão e enviou o processo ao plenário físico da Corte, em data que ainda não foi definida.

Eduardo Zeferino Englert (42) foi preso em flagrante no Palácio do Planalto durante o ataque e Moraes propôs uma condenação de 17 anos de prisão pelos crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, deterioração do patrimônio tombado e associação criminosa armada.

Após a manifestação do ministro, os colegas apresentaram seus votos. Dois dias antes do fim da análise, no entanto, Moraes pediu destaque na ação, mecanismo que envia o julgamento para o plenário físico da corte e anula todas as manifestações depositadas virtualmente.

O relator da ação não explicou o motivo do envio para plenário físico, mas dois dias antes de sua decisão a defesa de Englert enviou uma petição ao Supremo apontando um erro do magistrado. O documento, feito pelo advogado Marcos Vinicius Rodrigues de Azevedo, diz que, ao contrário do que apontou Moraes na decisão pela condenação, o réu nunca esteve em acampamento bolsonarista no Quartel-General do Exército em Brasília.

Segundo o advogado, um laudo pericial confirmou a alegação do réu em audiência e mostrou que ele nunca esteve no acampamento. Sua defesa aponta que ele teria saído de Santa Maria (RS) no dia 6 de janeiro e chegado a Brasília no dia 8, às 13h45. Azevedo alega que ele esteve por uma hora no local e não teve “qualquer passagem pelo QGEx”.

“Verifica-se, desta forma, que nunca esteve nos acampamentos com os demais manifestantes. Argumento diverso daquele que serviu de substrato para o voto de Vossa Excelência que condenaria o réu pelos crimes mais graves (golpe de Estado e abolição violenta do Estado democrático de Direito) e do crime de associação criminosa armada”, diz a petição enviada ao Supremo.

Eduardo Zeferino Englert, réu pelos ataques terroristas de 8 de janeiro. Foto: Reprodução

Ao condenar o réu, o ministro alegou que havia “prova contundente” de que ele chegou a Brasília no dia 7 de janeiro  “para a prática de crimes descritos na denúncia e ficou no QGEx entre os dias 7 e 8 de janeiro”. “Os elementos probatórios indicam que o acusado teve envolvimento na empreitada criminosa”, prosseguiu Moraes.

O magistrado também anexou imagens de um vídeo retirado do celular de Englert mostrando uma propaganda para adesão de outros terroristas para manifestação em Brasília, além de um segundo registro do réu em meio a uma horda incontrolável tomando a rampa e a parte superior do Congresso Nacional”.

Em sua decisão, Moraes ainda destacou que existiam vídeos no celular do réu mostrando que ele esteve com invasores do Palácio do Planalto e que o aparelho “continha vídeos adredemente preparados por milícias digitais”.

Segundo a defesa de Englert, não há fato relevante que ampare o voto do relator e “nem qualquer prova de que o réu teria, por livre iniciativa e espontaneidade, manifestado em seu nome qualquer interesse golpista ou intervenção militar”. Seu advogado também alegou que ele entrou no Planalto “para se proteger das bombas de efeito moral”.

Política : VÍDEO: Lacombe volta a atacar Lula e o compara ao “demônio, diabo e ao capeta”
Enviado por alexandre em 07/11/2023 13:52:50


O jornalista Luís Ernesto Lacombe. Foto: reprodução

O bolsonarista Luís Ernesto Lacombe proferiu um novo ataque contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em um vídeo publicado no site Gazeta do Povo na última sexta-feira (3), ele apelou à religiosidade para incitar a hostilidade contra o chefe do Executivo, associando-o ao “demônio”.

“Lula não é exatamente burro, ainda que pareça. O sentido que lhe cabe da palavra besta é o ligado ao demônio, ao diabo, ao capeta, ao tinhoso. Talvez não sirva mais ele a expressão ‘besta quadrada’, que já quase não se usa”, disparou. “O que surge é uma expressão que deveria ser adotada imediatamente e incansavelmente: Lula é uma ‘besta ao quadrado’. Ele não erra, não deseja o bem e tropeça, por uma falha qualquer humana. Sabe exatamente o desastre a que atira o país”.

O simpatizante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) ainda afirmou que Lula promove “atos diabólicos” e deseja arrastar toda a população brasileira para a pobreza, “impedindo qualquer chance de reação à maldade”.

Vale destacar que esta não é a primeira vez que Lacombe compara Lula ao diabo. O bolsonarista indiretamente mencionou o petista em um texto publicado em julho em sua coluna semanal no jornal Gazeta do Povo, com o título “Chifres, rabo e tridente na mão”.

Assista abaixo:https://www.diariodocentrodomundo.com.br/essencial/video-lacombe-volta-a-atacar-lula-e-o-compara-ao-demonio-diabo-e-ao-capeta/

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