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Brasil : Sobre a perda de confiança (bolsonarista) nas Forças Armadas
Enviado por alexandre em 22/08/2023 10:05:32

Foto: Reprodução

O nível de confiança nas Forças Armadas caiu, sobretudo, entre os eleitores de Bolsonaro no segundo turno. Elas não são golpistas

A Quaest mediu a confiança dos brasileiros nas instituições, como faz regularmente. No caso das Forças Armadas, os cidadãos que dizem confiar muito passaram de 44%, em dezembro do ano passado, para 33% agora. Os brasileiros que afirmam “confiar pouco” eram 36% e hoje são 41%. Aqueles que não confiam foram de 18% para 23%.


Entre as instituições, é a queda mais íngreme. Ainda assim, é preciso que se diga, as Forças Armadas continuam a ser mais confiáveis para os cidadãos do que a Câmara e o Senado, nos quais apenas 9% dos cidadãos confiam, e os partidos políticos, com míseros 4%.


Elas também não estão longe das primeiras colocadas. A líder em confiança é a Igreja Católica, com 41%, seguida pela Polícia Militar (nos diversos estados), com 34%, mesmo percentual das igrejas evangélicas.

 

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A erosão, no entanto, não deve ser subestimada. Revela o desgaste que Jair Bolsonaro e tudo a ele associado causou a Exército, Marinha e Aeronáutica, desgaste aumentado pela demonização das Forças Armadas que a esquerda e parte substancial da imprensa promovem, insistindo em tomar a parte pelo todo, como se os militares, na sua maioria, fossem golpistas em mais de um sentido.

 

Exemplo dessa demonização é a falta da devida atenção a um dado da pesquisa da Quaest, que foi tratado, quando foi tratado, como informação meramente suplementar: o nível de confiança nas Forças Armadas caiu, sobretudo, entre os eleitores que votaram em Jair Bolsonaro no segundo turno. Entre os brasileiros que votaram em Lula, praticamente não houve mudança.

 

Se não, vejamos. No segmento bolsonarista, vamos chamar assim, 61% afirmavam confiar muito nas Forças Armadas em dezembro de 2022. Hoje, são 40%. O grupo que dizia confiar pouco saltou de 31% para 38%, enquanto os que não confiam foram de 7% para 20%. Já entre os lulistas, também com licença jornalística, os que confiam muito saíram de 27% para 29%, os que confiam pouco eram 45% e agora são 43% e os que não confiam somam 26%, ante 25% no final do ano passado.

 

Ora, quantos dos que votaram em Jair Bolsonaro esperavam que os militares dessem um golpe, para evitar a ascensão de Lula? Não era a maioria, mas certamente parte relevante (de bolsonaristas realmente bolsonaristas) teria visto com bons olhos a intervenção inconstitucional, como as redes sociais deixaram entrever. Nesse caso, é legítimo supor que parcela importante da perda de confiança nas Forças Armadas deu-se justamente porque elas não foram — nem são — golpistas.

 


Como eu já disse, os militares perderam pela esquerda e também pela direita, por motivos opostos. Cabe-lhes recuperar o terreno perdido, mas desde que o terreno não continue a ser minado pelos intolerantes sem farda, bem mais numerosos, aliás.

 

Fonte: Metrópoles

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Brasil : Dieta mediterrânea: os outros segredos além da comida que a tornam a mais recomendada para saúde
Enviado por alexandre em 22/08/2023 10:01:53

Foto: Reprodução

É uma das escassas dietas respaldadas por estudos sólidos, no entanto, seus efeitos transcendem meramente um guia sobre tipos ou quantidades de alimentos

Vegetais, ervas e frutas que chegam diretamente da horta à mesa para acompanhar uma abundância de peixes e frutos do mar recém-capturados, grelhados ou assados, servidos com grãos saborosos e leguminosas, pão caseiro crocante, vinho...

 

Este menu fresco e vibrante, temperado com azeite de oliva e apreciado com notável moderação, há décadas representa um ideal que não apenas evoca momentos memoráveis compartilhados com entes queridos, mas também promete bem-estar físico.

 

Isso porque incorpora muitos dos ingredientes da renomada dieta mediterrânea, que recebe algumas das melhores avaliações de profissionais de saúde por ser um dos planos alimentares mais saudáveis e práticos disponíveis.

 

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E um de seus componentes cruciais não tem relação com a comida.

 

Seu nome foi estabelecido há quase seis décadas, e desde então, nenhuma outra dieta possui tanta evidência documentada respaldando seus efeitos positivos.

 

Pesquisas continuam a mostrar uma crescente variedade de benefícios, incluindo uma melhora na saúde cardiovascular, menor probabilidade de desenvolver diabetes tipo 2 e câncer. A pesquisa mais recente indica que esse padrão alimentar também pode proteger contra demência.

 

Porém, a ciência também revela que, embora os alimentos do menu mediterrâneo sejam essenciais, há outros ingredientes não comestíveis que são cruciais.

 

A verdade é que a mediterrânea não é exatamente uma dieta, mas sim uma maneira de comer que transcende uma simples lista de alimentos.
A alimentação é cultural e social, carregada de histórias pessoais, familiares e regionais.

 

E visto que a dieta mediterrânea não foi criada do nada, mas sim baseada em tradições desenvolvidas ao longo do tempo por milhões de pessoas, ela incorpora componentes do estilo de vida.

 

Isso contribui para alcançar os benefícios mencionados, entre eles a redução do risco de depressão.

 

PRÉ-HISTÓRIA COM 7 PAÍSES


Após o término dos conflitos da Segunda Guerra Mundial, Haqvin Mamrol, um pesquisador sueco, demonstrou que a mortalidade por doenças coronárias diminuiu nos países do norte da Europa durante a guerra.

 

Ele postulou que esse fenômeno resultou das restrições impostas durante o conflito, que afetaram a ingestão de leite, manteiga, ovos e carne.

 

Quase simultaneamente, Ancel Keys, um cientista de Minnesota, nos Estados Unidos, que havia estado estudando os efeitos da fome em um grupo de voluntários, voltou sua atenção para as dietas dos empresários do Meio-Oeste de seu país.

 

Ele constatou que esses americanos bem alimentados eram mais propensos a doenças cardíacas do que os homens subnutridos do norte da Europa durante a guerra.


Keys suspeitou que uma redução significativa nas gorduras saturadas poderia ser benéfica.

 

Para testar essa teoria, ele reuniu pesquisadores de diferentes partes do mundo e iniciou, no final da década de 1950, um ambicioso projeto que ficaria conhecido mais tarde como o Estudo dos Sete Países, ou SCS, em inglês.

 

Essa equipe internacional examinou as dietas e estilos de vida de milhares de homens de meia-idade nos Estados Unidos, Países Baixos, Finlândia, Iugoslávia, Japão, Itália e Grécia.

 

No final dos anos 1970, foram divulgados os primeiros resultados, confirmando a associação entre gorduras saturadas, níveis de colesterol e doença coronária.

 

No entanto, um outro resultado notável emergiu: aqueles que viviam na região do Mediterrâneo, como Itália, Grécia e Croácia, apresentavam taxas mais baixas de doenças cardiovasculares em comparação com os participantes de outras regiões.

 

Suas dietas, ricas em frutas, vegetais, leguminosas, grãos integrais, frutos secos, sementes, proteínas magras e gorduras saudáveis (como as presentes nos azeites e nozes), pareciam ter efeitos protetores.

 

Keys, sua esposa e seus colegas de estudo foram fundamentais na identificação, definição e promoção do padrão alimentar que posteriormente se popularizou como "dieta mediterrânea".

 

No entanto, como até mesmo o site do SCS menciona, algo importante deve ser destacado.

 

"O Mar Mediterrâneo é compartilhado por 18 países que diferem significativamente em termos de geografia, situação econômica, saúde, estilo de vida e alimentação".

 

No entanto, não é apenas isso.

 

DIAITA DEL MAR MEDI TERRANEUM


Primeiramente, não se trata de uma dieta no sentido estrito, com regras rigorosas, restrições de grupos de alimentos ou limitações de porções, nem demanda a aderência a receitas especiais.

 

É, em vez disso, uma "diaita", termo grego que significa estilo ou modo de vida, já que sua magia reside não apenas em seus componentes nutritivos, mas na maneira de obtê-los, criar e saborear pratos coloridos e aromáticos, que agradam ao paladar e ao espírito.


Ela foi concebida a partir da observação de comunidades, como na ilha de Creta, há cerca de seis décadas, quando a rotina diária envolvia uma maior atividade física.

 

Ademais, os alimentos disponíveis geralmente eram aqueles providos pela natureza local, portanto, tendiam a ser frescos e sazonais.

 

Daí advém uma das vantagens da dieta: não se trata apenas de adquirir os alimentos produzidos em uma região específica, mas de utilizá-los no estilo mediterrâneo, independentemente de sua origem.

 

Até mesmo o azeite de oliva não é imprescindível; o que importa é evitar gorduras saturadas, então outros óleos de sementes (como canola, soja e linhaça) e óleos de nozes (como nozes, avelãs e amêndoas) são igualmente aceitáveis.

 

Contudo, talvez o ingrediente mais mágico seja que tanto o ato de cozinhar quanto o de apreciar a comida preparada são tradicionalmente eventos compartilhados, celebrações diárias com familiares e amigos, motivados unicamente pelo prazer da convivência.

 

Não se trata apenas do que você come, mas também de como e com quem você compartilha a refeição.

 

E sim, também existem estudos sobre os benefícios desses outros fatores para a saúde.

 

Em um estudo recente, cujos resultados foram publicados em fevereiro de 2023, os pesquisadores questionaram o impacto de adotar práticas como jantares descontraídos e familiares, sestas à tarde e laços comunitários fortes em outras culturas.

 


Para isso, afastaram-se 2.500 quilômetros do Mar Mediterrâneo e exploraram o que aconteceria se adultos britânicos adotassem não apenas a dieta, mas também o estilo de vida mediterrâneo.

 

Os 110.799 participantes, com idades entre 40 e 75 anos, não tinham câncer nem doenças cardiovasculares quando se inscreveram entre 2009 e 2012. Foram acompanhados até 2021.

 

Foram analisadas questões como comer com familiares e amigos (convivência); participar de atividades físicas em grupo, como caminhadas conjuntas; frequência de encontros com familiares e amigos (hábitos sociais); e a quantidade de sono, tanto à noite quanto em sestas (repouso).

 

Eles descobriram que quanto mais aderiam a esse estilo de vida, menor era o risco de morte por câncer, doenças cardiovasculares e outras condições de saúde.

 

"Este estudo indica que adotar um estilo de vida mediterrâneo adaptado às características locais de populações não mediterrâneas é possível e pode fazer parte de um estilo de vida saudável", disse a pesquisadora principal do estudo, Mercedes Sotos-Prieto, da Universidade Autônoma de Madri, Espanha, e da Escola de Saúde Pública TH Chan de Harvard, em Boston.

 


 

Portanto, assim como a dieta mediterrânea serve como guia para incorporar os alimentos da sua região, o estilo de vida que amplifica seus benefícios é algo que você pode adotar mesmo vivendo a muita distância daquele que os romanos chamaram de Mar Medi Terraneum. 

 

Fonte: G1

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Brasil : Mostra de Boscagli em SC destaca saga de Rondon e Roosevelt na Amazônia
Enviado por alexandre em 22/08/2023 00:36:09

Pintor ítalo-brasileiro viveu no século passado no Rio de Janeiro.


O artista plástico ítalo-brasileiro Giuseppe "José" Boscagli (1862/1945), morava no bairro da Glória, no Rio de Janeiro, e viajou com a Comissão Rondon, percorrendo a região de Vilhena [sul de Rondônia] na década de 1910, fazendo registros, entre outros, dos indígenas nambiquaras que dominavam o Planalto dos Parecis. Tornou-se referência na época em "pinturas etnográficas", sendo tratado como indianista; era o único que se ocupava deste tema um tanto rejeitado pela elite brasileira.

Ele também pintou cenas da Expedição Roosevelt-Rondon (1913/1914). É justamente esta fase – a que o ex-presidente norte-americano esteve na região junto com o então coronel Cândido Rondon – o chamariz para uma exposição que está acontecendo em Santa Catarina. O link histórico com aquele estado é o fato de Lauro Muller (1863/1926) ser catarinense. Então ministro das relações exteriores, Müller teria viabilizado politicamente a expedição implicando Roosevelt na saga ao Rio da Dúvida [atual Rio Roosevelt].

Rondon e Roosevelt na famosa expedição de 1913/14. Foto: Divulgação da Fundação Cultural de SC
A mostra "Lauro Muller e a Expedição Roosevelt-Rondon na pintura de Boscagli" ocorre desde 1º de agosto e se encerra em 9 de setembro na galeria da Biblioteca Pública de SC, em Florianópolis, com entrada franca. A curadoria é do arquiteto e agente de cultura Luiz Pasquali Almeida, reconhecido pesquisador da arte de Boscagli. "Essa exposição é apenas um recorte. Mas reconstitui toda a biografia do pintor desde o nascimento em Rapolano Terme, assim como toda trajetória profissional", informa Pasquali Almeida.

A sequência expositiva das obras inicia com o "Retrato de Cândido Rondon, General de Divisão 1935" e o quadro "Nas canoas com o Theodore Roosevelt". Na ordem, após o mapa da expedição, são as 13 reproduções etnográficas cedidas pelo Palácio Real em Bruxelas e Instituto de Estudos Brasileiros IEB/USP. Na sequência o raro "Índia Bororo", óleo sobre linho e demais retratos, paisagens e marinhas centenárias originais, produzidos por José Boscagli, entre 1899 e 1945.

O retrato de Rondon faz parte do acervo do Museu Histórico do Exército no Forte de Copacabana, no Rio de Janeiro, que há muito vinha sendo publicada em trabalhos acadêmicos e sites institucionais sem autoria identificada. E, devido ao estudo de Luiz Pasquali de Almeida e o interesse de um grupo de colaboradores dele, a lacuna da ficha catalográfica da obra está completa.
O retrato de Rondon, óleo sobre tela de 1935. Foto: Acervo do MHEx/FC - Fotógrafo: Mauro Domingues/RJ
O presidente Getúlio Vargas adquiriu alguns quadros, em 1937. Boscagli também promoveu diversas exposições sob a temática "Etnografia Americana" contando com a atenção da imprensa na época que o reconhecia como mestre das artes plásticas. Infelizmente, a memória do pintor está um tanto esquecida, como tantas outras. Seria bem interessante que existissem pinturas dele nas pinacotecas oficiais de Mato Grosso e Rondônia, por exemplo.

Uma curiosidade: Boscagli era sogro do major Luiz Thomaz Reis (1878/1940), o fotógrafo e cinegrafista da Comissão Rondon que, com olhar de documentarista contribuiu, e muito, para a perpetuação no imaginário nacional da saga da Comissão Rondon que, assim, chega "viva" e imortal ao século 21.

 Sobre o autor

Às ordens em minhas redes sociais e no e-mail: julioolivar@hotmail.com . Todas às segundas-feiras no ar na Rádio CBN Amazônia às 13h20.

*O conteúdo é de responsabilidade do colunista

Brasil : Futebol de fim de semana pode trazer riscos à saúde, dizem médicos
Enviado por alexandre em 21/08/2023 11:15:19

Foto: Reprodução

O futebol de fim de semana motiva muitos homens a se reunir para descarregar a tensão acumulada durante a jornada de trabalho. No entanto, os jogos, que deveriam ser para diversão, por vezes terminam em lesões e podem até ter consequências mais sérias para a saúde, como princípios de infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

 

Para médicos especialistas no esporte, o principal problema dos atletas de fim de semana é a falta de preparação para entrar em campo. Assim, mesmo para quem quer só se divertir, partidas de futebol intensas, ainda que intercaladas com descansos, exigem um condicionamento físico superior ao da maioria dos atletas amadores.

 

“Atividades físicas de só um ou dois dias muito intensos por semana podem trazer mais perigos à saúde que benefícios, principalmente do ponto de vista cardiovascular e ortopédico. Os esportes são essenciais ao bem-estar, mas devem ser organizados para que se possa usufruir dos benefícios. Eles não aparecem se feitos de forma esporádica e explosiva”, afirma o cardiologista do esporte Ricardo Contesini, de São Paulo.

 

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FUTEBOL DE FIM DE SEMANA COM SEGURANÇA


A melhor forma de incluir o futebol de fim de semana na rotina física de atletas amadores é se preparar com antecedência, mantendo uma rotina de saúde que se estenda ao longo de toda a semana: a indicação é cuidar da alimentação, praticar exercícios e dormir bem.

 

“Os atletas amadores deveriam fazer check-ups de saúde constantes e, principalmente, avaliar a qualidade de movimento, fazendo treinos específicos para ganhar mais força na musculatura pensando nas posições que se sentem mais confortáveis ao jogar”, explica o ortopedista do esporte Adriano Leonardi, de São Paulo.

 

Além disso, é recomendado cuidar da alimentação antes e depois da prática esportiva para não descontar todas as calorias perdidas na clássica cerveja depois da partida. Os médicos alertam ainda para o perigo de jogar alcoolizado.

 

XÔ SEDENTARISMO!


Ambos profissionais destacam que jogar futebol apenas no fim de semana não é o bastante para tirar alguém do sedentarismo. Os dois citam a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) de que as pessoas façam o mínimo de 150 minutos de atividades físicas moderadas para conseguir os benefícios de ser alguém ativo.

 

Entretanto, estas atividades devem ser divididas em ao menos três dias na semana — fazer tudo ao mesmo tempo não funciona. Uma alta dose de esforço para um corpo não preparado para recebê-lo pode ser um gatilho para despertar condições de saúde que o atleta nem sabia que tinha.

 

 

“O grande problema de indivíduos que fazem exercícios só aos fins de semana é que eles podem ter alguma doença cardiovascular silenciosa. Ela pode ser despertada em um momento de exagero, como o deslocamento de placas de gordura no coração, podendo causar até infarto, ou o rompimento de músculos e tendões que já estavam desgastados”, conclui Contesini. 

 

Fonte:Metrópoles

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Brasil : Pirarucu de manejo sustentável da Amazônia chega ao Canadá e à China
Enviado por alexandre em 21/08/2023 11:12:03

Iniciativa tem como objetivo inserir o gigantesco peixe Amazônico no mercado internacional.


Amostras de pirarucu, peixe nativo da Amazônia, chegaram a Vancouver, no Canadá, e Hong Kong, na China. Esses foram os primeiros envios internacionais de amostras para que os chefs de gastronomia e importadores conheçam o produto. A iniciativa faz parte do projeto Fish of Change, que prevê a oportunidade de inserir o produto no mercado internacional.

A Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc) coordena um arranjo comercial inovador entre as áreas produtivas de diferentes regiões e se torna a primeira organização de base comunitária a exportar o pescado.

Foto: Divulgação/Instituto Juruá

O projeto conta com diversas parcerias e apoio estratégico do Serviço Florestal dos Estados Unidos (USFS), dentro da cooperação técnica entre o Brasil e os Estados Unidos. 

"O programa Brasil tem um olhar voltado para a conservação da biodiversidade e o modo de vida das pessoas, esse projeto representa esses dois pilares. Estamos agindo também frente às mudanças climáticas, dialogando com o setor privado e as áreas protegidas",

explica Jayleen Vera, gerente do programa USFS no Brasil.

Desafios

Os desafios e o processo para a exportação são complexos, e o projeto precisa assegurar uma qualidade rigorosa do pescado até os outros países. A primeira experiência de envio internacional possibilitou a criação de um protocolo de exportação aérea, que irá nortear as futuras remessas de amostras.

Espera-se que ao atingir pedidos comerciais em maior escala, o meio de escoamento do produto seja feito por contêiner frigorífico via porto para diminuir os custos logísticos.

"Acreditamos que essa etapa de envio é o coração do projeto, que nos ensinou as dificuldades burocráticas de uma exportação e as complexas etapas envolvidas para conseguirmos as aprovações necessárias para os envios",

destacou a analista de Recursos Pesqueiros do Instituto Juruá e responsável pela articulação da iniciativa Fish of Change, Simelvia Vida.
Foto: Divulgação/Instituto Juruá

A ideia é expandir a comercialização do pirarucu no Brasil, estreitar os laços com as bases produtivas, aprimorar os processos de beneficiamento do pescado, melhorar a infraestrutura de processamento e a capacidade comercial.

"Eu tenho enxergado essa iniciativa como uma oportunidade de tornar o manejo do pirarucu mais conhecido. É uma chance de fortalecer e consolidar esse esforço de melhorar a renda dos manejadores, aliado a conservação ambiental e a uma vida mais digna às comunidades indígenas e ribeirinhas da Amazônia", disse o assessor da Associação dos Produtores Rurais de Carauarí (ASPROC) e presidente do Memorial Chico Mendes (MCM), Adevaldo Dias. 

O Fish of Change aborda os principais gargalos do manejo do pirarucu, fortalecendo o mercado interno e desenvolvendo as principais exigências do mercado externo com foco em um mercado de alto padrão que garanta o pagamento de um preço justo aos manejadores.

Certificação Fairtrade

Ainda no escopo da iniciativa, está prevista a certificação Fairtrade para duas áreas de manejo, nas Terras Indígenas Paumari, no município de Tapauá, e em comunidades do Médio Juruá, no município de Carauari, e da ASPROC, organização que centraliza o arranjo comercial do pirarucu selvagem de manejo.

A certificação Fairtrade é um selo global que identifica produtos que foram produzidos e comercializados de acordo com os padrões de comércio justo. Esse selo garante que os produtores envolvidos nas diversas estapas da cadeia de valor recebam um preço justo por seu trabalho e tenham garantidos direitos trabalhistas básicos, como a proibição de trabalho infantil e trabalho forçado.

Além disso, a certificação Fairtrade também incentiva a produção sustentável, promovendo práticas que protegem o meio ambiente e a biodiversidade.

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