Homem informou que estava dormindo e acordou com o pênis ensanguentado. A perfuração teve 2,5 cm de extensão
Um homem foi esfaqueado no pênis enquanto dormia na madrugada deste domingo (27/10), em Nortelândia, a 230 quilômetros de Cuiabá (MT).
De acordo com a Polícia Militar, a vítima deu entrada no hospital do município por volta das 7h, após o irmão dela ser avisado pela suspeita do ocorrido.
Conforme o boletim de ocorrência, homem informou que estava dormindo e acordou ensanguentado. A perfuração teve 2,5 cm de extensão. Na unidade de saúde, tomou-se conhecimento de que a suspeita acionou o irmão do homem, que o levou para o hospital.
Adolescente recebeu alta do hospital nesta segunda. Jovem estava internado desde 20/10, quando encontrou granada após protesto em Bauru
O jovem de 13 anos que ficou ferido após uma granada de efeito moral explodir em sua mão na cidade de Bauru, interior de São Paulo, teve o dedo polegar da mão esquerda amputado. O adolescente recebeu alta do hospital nesta segunda-feira (28/10).
Ele estava internado desde o dia 20 de outubro, quando o jovem encontrou o artefato na avenida Castello Branco, no Jardim Ouro Verde, após um protesto que foi controlado pela Polícia Militar (PM).
A ação da PM para controle de distúrbio, onde o menino encontrou o artefato, teria sido em um protesto que exigia justiça pela morte de dois jovens, que foram executados durante uma ação policial no Jardim Vitória. Em vídeos que circulam nas redes sociais é possível ver que os moradores do bairro queimaram pneus nas ruas.
Na sexta-feira (18), policiais militares agrediram pessoas dentro do velório de um dos jovens que teria sido morto na troca de tiros. Nas imagens (veja abaixo), é possível ver os policiais tentando imobilizar um homem de camiseta branca, irmão do rapaz morto, ao lado do caixão. Ele é abraçado pela mãe, que tenta impedir a abordagem. Nesse momento, os PMs começam a agredir as pessoas que se aproximam com golpes de cassetete — inclusive, mulheres.
As agressões se estenderam até o lado de fora do cemitério. Um inquérito foi instaurado pela PM para investigar o caso. O 1º Distrito Policial de Bauru também apura o ocorrido.
O Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão responsável pela supervisão e regulação do Poder Judiciário brasileiro, decidiu afastar o desembargador Sebastião de Moraes Filho, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, após surgirem fortes suspeitas de que ele estaria envolvido em um esquema de venda de decisões judiciais. Com informações do Estadão.
Segundo as investigações, o magistrado teria recebido propinas por meio de transferências via PIX e até em barras de ouro. Sebastião de Moraes Filho foi oficialmente afastado de suas funções em agosto deste ano, e o caso segue sob investigação do CNJ, que apura se o desembargador aceitou vantagens financeiras em troca de sentenças favoráveis. Além disso, as acusações são alvo de um inquérito criminal em andamento.
Dada a gravidade das suspeitas, o ministro Luís Felipe Salomão, então corregedor do CNJ, apresentou o caso ao presidente do conselho, ministro Luís Roberto Barroso, com o intuito de buscar uma solução conjunta.
“Evidenciam-se elementos suficientes a recomendar o afastamento do magistrado, na medida em que não é possível que o desembargador permaneça em atuação em unidade tão sensível, como é um gabinete de segundo grau de câmara de direito privado”, destacou o plenário do CNJ em sua decisão.
Mensagens comprometedoras e a relação com o advogado assassinado
A descoberta de mensagens no celular do advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros em dezembro de 2023 em Cuiabá, foi determinante para o aprofundamento das investigações.
Entre junho e dezembro de 2023, o desembargador e o advogado trocaram mais de 700 mensagens, que incluíam assuntos pessoais como futebol e viagens, além de apontarem a possível interferência de Zampieri no trabalho do magistrado e indícios de subornos em troca de decisões judiciais favoráveis.
Em uma das conversas, o advogado comenta sobre um problema em uma transferência via PIX, sugerindo um valor errado que precisaria ser corrigido. Poucos dias depois, ele envia um comprovante de pagamento no valor de R$ 10 mil e solicita o adiamento de um julgamento.
Em outra ocasião, ele menciona a conquista de um “contrato muito bom” para uma pessoa identificada como Mauro, que o CNJ acredita ser o advogado Mauro Thadeu Prado de Moraes, filho do desembargador.
Zampieri também enviou uma imagem de duas barras de ouro ao magistrado, mencionando que seriam usadas como pagamento de propina. As barras, que somavam 400 gramas, reforçaram as suspeitas de um esquema organizado de venda de decisões judiciais.
CNJ aponta esquema de venda de decisões
Em sua análise, o ministro Luís Felipe Salomão afirmou que a proximidade entre o desembargador e o advogado assassinado sugere um esquema estruturado para a venda de sentenças. Esse suposto esquema envolvia tanto processos formalmente patrocinados por Zampieri quanto casos em que o advogado atuava como lobista no Tribunal de Justiça do Mato Grosso, sem ser oficialmente constituído como representante das partes.
Outro ponto intrigante para o CNJ foi a reação do desembargador à morte de Zampieri. Minutos após o crime, Moraes Filho enviou uma mensagem que, segundo o CNJ, buscava suavizar sua imagem em relação ao advogado falecido.
“Convivemos em harmonia e respeito por mais de 25 anos. Ganhava e perdia nos meus votos e sempre mostrava ser um advogado consciente. Deus o tenha. Que o receba de braços abertos”, escreveu o desembargador.
O CNJ entende que essa declaração poderia ser uma tentativa do magistrado de plantar informações para se defender das acusações que estavam por vir. O caso segue sob análise das autoridades judiciais e pode resultar em outras medidas administrativas e criminais.
Zé Fadiga já havia sido denunciado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso
O Brasil se chocou com mais um caso de violência doméstica que culminou em tragédia. Em Ribeirão Cascalheira, Mato Grosso, o vereador José Soares de Sousa, conhecido como Zé Fadiga, assassinou sua ex-mulher, Olindina Maria da Silva, e o irmão dela, Odelio José da Silva, na tarde de sábado (26). Em seguida, o vereador tirou a própria vida. Polícia Militar foi acionada para atender à ocorrência e se deparou com o carro de Zé Fadiga em alta velocidade, tentando colidir com a viatura.
Após uma perseguição, o veículo saiu da estrada e o vereador foi encontrado morto com uma arma de fogo.
Zé Fadiga já havia sido denunciado pelo Ministério Público do Estado de Mato Grosso em junho de 2024 por ameaça, restrição de liberdade e violência doméstica contra Olindina. Ele chegou a ser detido, mas foi liberado após pagar fiança.
A tragédia levanta questões sobre a falha na proteção de vítimas de violência doméstica e a necessidade de medidas mais eficazes para prevenir crimes como esse. O caso também evidencia a importância de se combater a cultura de violência e machismo que ainda persiste na sociedade.
A morte de Olindina e Odelio, além do suicídio de Zé Fadiga, deixou a comunidade em choque e luto. A tragédia serve como um alerta para a gravidade da violência doméstica e a necessidade de ações urgentes para proteger as vítimas e combater esse tipo de crime. É fundamental que a sociedade se mobilize para garantir a segurança das mulheres e combater a impunidade de agressores.
Ministro do STF afirmou que antigos problemas são afetados por inovações tecnológicas, institucionais e culturais
O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou nesta segunda-feira que o Brasil tem o desafio de enfrentar "antigos problemas" que ocorrem nas eleições, agora "sob novas formas".
Dino citou o "uso indevido, desvio ou abuso do poder econômico ou do poder de autoridade, ou utilização indevida de veículos ou meios de comunicação social, em benefício de candidato ou de partido político".
O trecho mencionado foi retirado das Lei das Inelegibilidades, de 1990, e lista as práticas que podem motivar uma ação de investigação judicial eleitoral (Aije). Esse instrumento serve para apurar irregularidades no pleito e pode levar à cassação de eleitos e à inelegibilidade.
De acordo com o ministro do STF, "as atuais formas (para tradicionais abusos) derivam de inovações tecnológicas, institucionais e culturais, todas demandando reflexões teóricas, elaborações normativas e atividade jurisprudencial".
A declaração de Dino ocorreu um dia após o segundo turno das eleições municipais. O episódio de maior repercussão no domingo foi a declaração, sem provas, do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), de que a facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) teria orientado voto em Guilherme Boulos (PSOL), candidato que acabou derrotado na disputa de São Paulo.
A campanha de Boulos apresentou uma Aije contra Tarcísio e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), candidato apoiado pelo governador, que acabou sendo reeleito, apontando o abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação social.
O secretário nacional de Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo, afirmou que os serviços de inteligência do governo federal não detectaram nenhuma orientação de voto de facções criminosas em Boulos.
Dois ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ouvidos pelo GLOBO avaliam como muito grave a fala de Tarcísio de Freitas. Os ministros consideraram que a fala teve o potencial de impactar o resultado das urnas.