Como seu cérebro funciona quando seu time ganha ou perde?
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Pesquisadores mostram como gols e derrotas impactam emoções, controle e identidade social
Além de acelerar o coração e provocar emoções intensas, assistir ao time de futebol vencer ou perder ativa o cérebro de formas distintas. Um estudo da Radiological Society of North America revela que gols e derrotas influenciam regiões ligadas à motivação, à tomada de decisões e ao sentimento de pertencimento ao grupo.
Para a pesquisa, 60 torcedores de dois rivais históricos, com idades entre 20 e 45 anos, tiveram sua atividade cerebral monitorada por ressonância magnética funcional (RMf), enquanto assistiam a gols de seus times, dos rivais ou de equipes neutras.
Os cientistas também avaliaram o grau de fanatismo de cada participante, considerando fatores como senso de pertencimento e propensão a reações agressivas. O resultado mostrou que quanto maior a intensidade da paixão, mais marcantes eram as respostas cerebrais.
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Quando o time do torcedor marcava contra um rival, áreas ligadas à recompensa e à sensação de grupo se acendiam, reforçando a identidade do torcedor e a ligação emocional com a equipe. Já diante de uma derrota significativa, o córtex cingulado anterior dorsal (dACC), responsável pelo controle cognitivo e autorregulação, apresentava menor atividade, explicando assim explosões de frutração e reações impulsivas momentâneas.
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Segundo os pesquisadores, esse padrão de “recompensa intensa e controle reduzido” não se restringe ao futebol, e pode ser observado em fanatismos políticos, rivalidades sociais e outras situações em que a identidade de grupo é ameaçada.
Além disso, esses circuitos cerebrais são moldados desde a infância, reforçando a importância de experiências sociais e emocionais saudáveis para o desenvolvimento do autocontrole e da empatia. A forma como é ensinado a lidar com rivalidades, vitórias e derrotas desde cedo influencia a intensidade das reações na vida adulta, seja dentro de um estádio ou em outros contextos sociais. As informações são do portal “Eureka Alert”.
Fonte: Revista Forum




