MEC anula três questões do Enem 2025 após relatos de vazamento
MEC anula três questões do Enem 2025 após relatos de vazamento
A Polícia Federal vai investigar quem divulgou o material
Pleno.News

O Ministério da Educação (MEC) informou, nesta terça-feira (18), que o Inep anulou três questões do Enem 2025 após identificar relatos de antecipação de itens semelhantes ao exame. A decisão foi tomada em Brasília depois de análise da equipe técnica responsável pela prova.
Segundo o órgão, os relatos de que conteúdos parecidos haviam circulado antes da aplicação levaram a comissão assessora a revisar o caso. Após avaliar as informações internas sobre a montagem do teste, o grupo decidiu retirar os três itens para garantir a isonomia do exame.

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O Inep explicou que o Enem usa a Teoria da Resposta ao Item, que exige pré-testes com estudantes. Por isso, participantes desses testes podem ter contato com perguntas que, no futuro, podem aparecer em alguma edição.
O instituto afirmou que nenhuma questão vazou exatamente como foi aplicada em 2025. De acordo com o MEC, as publicações vistas nas redes sociais mostravam apenas semelhanças pontuais.
A Polícia Federal foi acionada para investigar quem divulgou o material e se houve quebra de sigilo. O objetivo é identificar possíveis responsáveis e apurar eventual má-fé.
O Inep destacou ainda que mantém protocolos rígidos para selecionar e proteger o Banco Nacional de Itens, usado na elaboração das provas. Segundo o instituto, todas as etapas do Enem 2025 seguiram as regras de segurança previstas.
“Não fiz nada de errado”, diz vendedor de cursinho que vazou questões do Enem

“Não fiz nada de errado.” Foi assim que o estudante Edcley de Souza Teixeira reagiu após ser acusado de apresentar, em uma live dias antes do Enem 2025, questões quase idênticas às que caíram na prova — situação que levou o MEC a acionar a Polícia Federal e a anular três itens do exame. Mesmo sob suspeita, ele afirma estar tranquilo e nega qualquer irregularidade.
Nas redes sociais, Edcley, que vende cursinhos online, disse que “nunca se sentiu tão bem” com a repercussão e relatou ter recebido milhares de mensagens de interessados em sua mentoria. “Tem umas seis mil pessoas falando comigo. (…) Vou dormir o sono dos justos. Tá tudo certo, não fiz nada de errado”, declarou.
Aproveitando a visibilidade, o universitário passou a divulgar seu “método exclusivo de preparação”, vendido por R$ 1.320, e rebateu críticas afirmando que foi “reduzido falsamente” a um vazamento do exame. Segundo Edcley, o Enem “sempre foi e sempre será redundante” e permitiria identificar tendências por meio de uma “engenharia reversa”.
O caso segue em investigação após a live em que o estudante apresentou conteúdos extremamente semelhantes aos da prova oficial, o que levantou suspeitas sobre acesso indevido a informações usadas nos pré-testes do Inep.
