Coronel Chrisóstomo transforma CPMI do INSS em show particular: “Não é carnaval, mas quase”
Enquanto aposentados perdem bilhões em fraudes, deputado para tudo para tocar música em sua própria homenagem. Prioridades, né?

Em mais um capítulo da novela “Como Fazer Palhaçada com Dinheiro Público”, o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) decidiu que a sessão da CPMI do INSS – aquela que investiga desvios de bilhões de reais de aposentados humilhados por descontos indevidos e consignados fantasmas – era o local perfeito para exibir seu mais novo single de fã-clube.
O convidado do dia era João Carlos Camargo Júnior, o famoso “alfaiate dos famosos”, acusado de abocanhar R$ 24 milhões do esquema. Mas calma aí, o foco real era outro. De repente, o coronel levanta a mãozinha e solta a pérola:
“Eu gostaria de pedir autorização para colocar o que me enviaram e me emocionou. Esqueçam o nome Coronel Chrisóstomo. Não é carnaval, não é nada. É uma música que os senhores vão prestar atenção, por favor”.
Não é carnaval, ele jurou. Só faltou o glitter e o carro alegórico com o rosto dele estampado. O plenário, óbvio, caiu na gargalhada. Porque nada diverte mais um parlamentar do que ver um aposentado de 78 anos tendo o benefício roubado enquanto outro colega transforma a comissão em auditório de karaokê particular.
Depois do playback emocionante, veio a justificativa digna de Oscar de melhor roteiro de ficção:“O autor fez por conta própria uma música para falar da CPMI e do trabalho de todos aqui. Eu me emocionei, e isso serve para cada um de vocês que está construindo uma nova rota no nosso Congresso Nacional”.
Claro, coronel. A “nova rota” é exatamente essa: parar uma investigação de fraudes bilionárias para ouvir jingle de campanha disfarçado de tributo. A aposentada que teve R$ 387 descontados por uma associação fantasma certamente se emocionou também.
Enquanto isso, na vida real: a CPMI já identificou mais de 30 milhões de descontos indevidos, bancos lucrando com empréstimos que o aposentado nunca pediu e entidades “representativas” que viviam como parasitas do INSS. Mas tudo bem, o importante é que o ego de um parlamentar foi massageado em rede nacional.
A presidência, coitada, teve que intervir para lembrar que ali não era o “Domingão do Faustão” versão 2025. Mas o estrago já estava feito: mais um momento que resume perfeitamente o nível de seriedade que parte do Congresso dedica a quem mais precisa.
Porque, convenhamos, quando o assunto é fraude contra idoso pobre, nada mais urgente do que uma trilha sonora personalizada.
Palavras-chave: Coronel Chrisóstomo, CPMI INSS, palhaçada no Congresso, fraudes aposentados, música no plenário, prioridade zero, vergonha alheia.
E você, leitor? Achou bonitinho ou deu vontade de chorar pelo estado do nosso Legislativo? Desce o dedo no comentário e manda esse circo pra todo mundo ver.
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