Coronel Chrisóstomo transforma CPMI do INSS em show particular: “Não é carnaval, mas quase”

Publicado em: 19/11/2025 16:11

Enquanto aposentados perdem bilhões em fraudes, deputado para tudo para tocar música em sua própria homenagem. Prioridades, né?

Em mais um capítulo da novela “Como Fazer Palhaçada com Dinheiro Público”, o deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) decidiu que a sessão da CPMI do INSS – aquela que investiga desvios de bilhões de reais de aposentados humilhados por descontos indevidos e consignados fantasmas – era o local perfeito para exibir seu mais novo single de fã-clube.

O convidado do dia era João Carlos Camargo Júnior, o famoso “alfaiate dos famosos”acusado de abocanhar R$ 24 milhões do esquema. Mas calma aí, o foco real era outro. De repente, o coronel levanta a mãozinha e solta a pérola:

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“Eu gostaria de pedir autorização para colocar o que me enviaram e me emocionou. Esqueçam o nome Coronel Chrisóstomo. Não é carnaval, não é nada. É uma música que os senhores vão prestar atenção, por favor”.

Não é carnaval, ele jurou. Só faltou o glitter e o carro alegórico com o rosto dele estampado. O plenário, óbvio, caiu na gargalhada. Porque nada diverte mais um parlamentar do que ver um aposentado de 78 anos tendo o benefício roubado enquanto outro colega transforma a comissão em auditório de karaokê particular.

Depois do playback emocionante, veio a justificativa digna de Oscar de melhor roteiro de ficção:“O autor fez por conta própria uma música para falar da CPMI e do trabalho de todos aqui. Eu me emocionei, e isso serve para cada um de vocês que está construindo uma nova rota no nosso Congresso Nacional”.

Claro, coronel. A “nova rota” é exatamente essa: parar uma investigação de fraudes bilionárias para ouvir jingle de campanha disfarçado de tributo. A aposentada que teve R$ 387 descontados por uma associação fantasma certamente se emocionou também.

Enquanto isso, na vida real: a CPMI já identificou mais de 30 milhões de descontos indevidos, bancos lucrando com empréstimos que o aposentado nunca pediu e entidades “representativas” que viviam como parasitas do INSS. Mas tudo bem, o importante é que o ego de um parlamentar foi massageado em rede nacional.

A presidência, coitada, teve que intervir para lembrar que ali não era o “Domingão do Faustão” versão 2025. Mas o estrago já estava feito: mais um momento que resume perfeitamente o nível de seriedade que parte do Congresso dedica a quem mais precisa.

Porque, convenhamos, quando o assunto é fraude contra idoso pobre, nada mais urgente do que uma trilha sonora personalizada.

Palavras-chave: Coronel Chrisóstomo, CPMI INSS, palhaçada no Congresso, fraudes aposentados, música no plenário, prioridade zero, vergonha alheia.

E você, leitor? Achou bonitinho ou deu vontade de chorar pelo estado do nosso Legislativo? Desce o dedo no comentário e manda esse circo pra todo mundo ver.

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