No Acre médicos Traumatologistas usam furadeira normal para procedimento cirúrgico
Traumatologia do Hospital Roberto Galindo enfrenta colapso por falta de insumos e equipe

Médico denuncia 13 anos de pedidos ignorados e uso de equipamentos improvisados
O serviço de Traumatologia do Hospital Roberto Galindo vive um cenário crítico. Segundo o médico responsável pelo setor, desde 2011 são enviados pedidos de reposição de profissionais e aquisição de insumos básicos, mas nenhuma das solicitações recebeu resposta efetiva das autoridades de saúde.
De acordo com o traumatologista, tanto o governo departamental quanto a administração municipal alegam que o hospital, por ser de “segundo nível”, não teria obrigação de manter a especialidade — justificativa que, segundo ele, vem sendo usada há anos para evitar investimentos.
A falta de estrutura tem levado a equipe a atender situações que não fazem parte da especialidade, como casos de pé diabético, sem o suporte técnico adequado. A precariedade se estende aos equipamentos utilizados nas cirurgias.
“Operamos com uma broca de parede que custa 300 bolivianos; deveríamos ter uma broca especializada para ortopedia, mas eles não compram. Acabamos colocando placas que são segunda opção no tratamento de uma fratura”, relatou o médico.
A denúncia expõe a fragilidade do atendimento ortopédico na unidade e reacende o debate sobre a necessidade de investimentos urgentes para garantir segurança e qualidade nos procedimentos realizados.
Fonte: Unitel/Cobija – Bolívia
