Por que “Silva” é o sobrenome mais comum entre os brasileiros
O IBGE divulgou a primeira lista dos sobrenomes mais comuns do Brasil. Entre os cerca de 200 mil nomes identificados, “Silva” lidera com mais de 34 milhões de registros, 16,7% da população. “Santos” aparece em segundo, com 21,3 milhões, seguido por “Oliveira”, “Souza” e “Pereira”.
Em Belém de Maria (PE), 63,9% dos moradores têm Silva no nome, o município com maior concentração do país. O sobrenome também é majoritário em Alagoas e Pernambuco. Segundo o Dicionário das Famílias Brasileiras, “Silva” vem do latim e significa “floresta”.
A denominação desapareceu com o Império Romano e ressurgiu na Península Ibérica no século XI. No Brasil colonial, foi adotada por portugueses e imposta a pessoas escravizadas, muitas vezes com a preposição “da”, como em “da Silva”. O nome se espalhou por países de língua portuguesa e chegou à Espanha e Itália.
Os sobrenomes, de modo geral, surgiram para diferenciar pessoas com o mesmo nome. Na Idade Média, passaram a indicar ofício, origem ou parentesco. como “Gonçalves” e “Ferreira”. Com o tempo, tornaram-se hereditários. No Brasil, até o início do século 20, não era obrigatório registrar sobrenome no nascimento, o que mudou em 1940 com a lei dos registros civis. Hoje, filhos podem herdar o sobrenome do pai, da mãe ou de ambos, em qualquer ordem.
