A confirmação do fim do casamento da ex-deputada federal Jaqueline Cassol (PP) com o secretário de Agricultura de Rondônia, Luiz Paulo, abriu uma onda de especulações no meio político do estado. O anúncio foi feito pela própria ex-parlamentar em suas redes sociais, surpreendendo aliados e interlocutores que acompanhavam de perto as movimentações políticas do casal.

Em uma mensagem de caráter pessoal publicada no Instagram, Jaqueline afirmou que a decisão foi motivada por um processo de autoconhecimento e busca por paz.
“Há decisões que doem, mas libertam. (…) Hoje, escolho a paz. Escolho o respeito, o amor-próprio e a leveza de seguir em frente sem culpa”, declarou, pondo fim a um casamento de 11 anos.

Bastidores

A separação, no entanto, vai além da esfera familiar. Jaqueline havia indicado Luiz Paulo para assumir a Secretaria de Agricultura (Seagri) e, segundo fontes políticas, e assumiu uma função estratégica na Casa Civil do governo Marcos Rocha para fortalecer a base do grupo no interior, especialmente em Rolim de Moura, sua principal base eleitoral. Paralelamente, Luiz Paulo vinha se articulando como pré-candidato a deputado estadual, enquanto Jaqueline trabalhava seu projeto político para retornar à Câmara Federal em 2026.

O rompimento do casal altera a composição desse tabuleiro. Internamente, já se discute que a quebra dessa aliança pode abrir espaço para a retomada de articulações com o ex-governador e senador Ivo Cassol, irmão de Jaqueline, cujo relacionamento com Luiz Paulo nunca foi politicamente harmonioso. A reaproximação entre Jaqueline e Ivo poderia redesenhar o cenário das alianças no próximo pleito e fortalecer o clã Cassol em uma eventual disputa majoritária ou proporcional.

Enquanto isso, Luiz Paulo segue à frente da Seagri e cumpre agenda oficial em Brasília. Interlocutores afirmam que a decisão pode provocar mudanças no governo Marcos Rocha e na formação de blocos para 2026.

O encerramento do relacionamento marca o fim de uma parceria que misturou vida pessoal e estratégias políticas e acontece em um momento em que o cenário eleitoral em Rondônia começa a se reorganizar, com movimentações intensas entre lideranças e partidos.