Mesmo sendo coronel da reserva remunerada, governador Marcos Rocha deixa a PM definhar sem concursos, sem efetivo e sem qualquer plano real de reposição.

Daniel Pereira detona a falta de compromisso do governador Marcos Rocha com a Segurança Pública

As declarações de Daniel Pereira caíram como um tapa na cara da gestão Marcos Rocha — e, na verdade, em uma ferida que o governo tenta esconder há anos. O ex-governador, que assumiu o Estado em 2018, não apenas criticou: ele expôs o caos silencioso que domina a segurança pública de Rondônia.

E o mais irônico — para não dizer revoltante — é que o atual governador é coronel da reserva remunerada da Polícia Militar, alguém que deveria conhecer como poucos a necessidade de efetivo, de treinamento e, sobretudo, de concursos. Mas o que se vê é exatamente o contrário: um tratamento negligente, quase desprezível, com relação à PM.

A verdade é dura:
Rondônia não tem concurso para soldados desde 2014.
O último chamado de remanescentes foi em 2018 — e só.

Enquanto isso, a PM perde cerca de 200 policiais por ano. A tropa diminui, o crime avança, e o governo finge que não vê. Não há edital, não há previsão, não há reposição. Apenas discursos vazios.

Daniel Pereira apenas verbalizou o que todos sabem, mas poucos têm coragem de dizer:
a segurança pública virou segundo plano na gestão Marcos Rocha.

O Estado cresce, os conflitos rurais se multiplicam, a violência urbana se intensifica — e a resposta do governo é a mesma: nenhuma.

É inadmissível que um governador com histórico na Polícia Militar permita que a corporação definhe dessa maneira. O que se assiste é uma PM esvaziada, sobrecarregada e operando no limite, enquanto o chefe do Executivo — um coronel que deveria defender a farda — age com indiferença.

Se a segurança pública de Rondônia chegou a esse ponto, não é por acaso.
É por falta de comando, falta de prioridade e, acima de tudo, falta de compromisso.

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Fonte:www.ouropretoonline.com