A COP30 terminou na última sexta-feira (21), mas as discussões que aconteceram em Belém, no Pará, prometem reverberar ainda por muito tempo e em todo o país. Para promover informação qualificada sobre a agenda do evento das Nações

Unidas, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) produziu e divulgou o estudo “Soluções Baseadas na Natureza, Clima e Negócios”. As Soluções baseadas na Natureza (SbN) utilizam processos e ecossistemas naturais ou modificados para mitigar os efeitos das mudanças climáticas, como o risco na oferta de água, enchentes, deslizamentos e insegurança alimentar.

Os eventos climáticos extremos têm causado perdas e danos irreparáveis. É preciso agir rapidamente e pensar em novas formas de atuação trabalhando com a natureza e não contra ela — aponta o presidente da Firjan, Luiz Césio Caetano.

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A tendência ambiental vem ganhando protagonismo nos governos, entidades civis organizadas e empresas. Principalmente negócios dos setores de energia, cosméticos, alimentos e a indústria química, diz Jorge Peron Mendes, gerente de Sustentabilidade da Firjan. Mas é preciso acelerar e ampliar essas mudanças.

O estudo da Firjan mostra caminhos para isso, e pode ser acessado neste link. As SbN podem ser aplicadas na agricultura à construção civil, em pequenos, médios e grandes negócios, garante Mendes:

— São uma ferramenta incrível de articulação entre as necessidades do mundo moderno e práticas do ambiente natural que podem ser replicadas em muitos modelos de negócio e, também, no planejamento urbano. Apresentamos na publicação alguns cases de empresas que atuam no estado do Rio de Janeiro, de todos os portes e setores de atuação, e já aplicam tais conceitos.

Essas soluções podem abordar as mudanças climáticas de três maneiras: reduzindo as emissões de gases com efeito estufa relacionadas com o desmatamento e o uso do solo; capturando e armazenando dióxido de carbono da atmosfera; e aumentando a resiliência dos ecossistemas.

São exemplos de SbN em prol do setor produtivo, de acordo com o estudo: os jardins filtrantes para tratamento de efluentes sanitários e industriais; biovaletas para controle de enchentes em áreas urbanas; e recuperação de áreas degradadas no combate às ilhas de calor.

Fonte: Extra