O chamado “drama masculino” diante de um resfriado pode ter uma explicação científica. O médico australiano intensivista Joe Whittington afirma que diferenças biológicas entre homens e mulheres ajudam a entender por que eles tendem a sofrer mais com sintomas de gripes.

Em um vídeo que viralizou nas redes sociais, Whittington explicou que, durante infecções, os homens produzem mais citocinas inflamatórias, substâncias que acionam o sistema imunológico. Essa resposta não é necessariamente mais eficiente, mas costuma provocar mais fadiga, dores no corpo e mal-estar, fazendo a doença parecer mais intensa.

A testosterona também tem um papel importante. Segundo Whittington, níveis mais altos do hormônio reduzem ligeiramente a resposta imunológica masculina, dificultando que o organismo elimine vírus com rapidez. Já o estrogênio, predominante nas mulheres, atua como um reforço imunológico natural, tornando-as mais resistentes a algumas infecções.

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Whittington também ressaltou que fatores sociais e comportamentais contribuem para a diferença na forma como homens e mulheres lidam com a doença. Isso porque, as mulheres estão mais acostumadas a seguir em frente mesmo com desconfortos. São experiências corporais e sociais que as preparam para lidar com a dor, como cólicas, parto, amamentação e cuidados com a família.

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Uma publicação compartilhada por Dr. Joe, M.D. (@drjoe_md)

O tema gerou debate nas redes. Muitas mulheres disseram reconhecer o comportamento descrito pelo médico, enquanto outras lembraram que o problema pode estar menos no corpo e mais nas construções culturais sobre masculinidade e autocuidado.

Seja por biologia ou comportamento, o fato é que a gripe masculina pode ter mais nuances do que o senso comum supõe. A ciência, ao que tudo indica, começa a olhar para o tema com mais seriedade e talvez essa seja uma boa oportunidade para os homens também fazerem o mesmo com a própria saúde.Com informações do portal “Daily Mail”.

Fonte: Revista Forum