A COP30 terminou neste sábado (22) em Belém com um revés para o governo Lula (PT). As duas propostas centrais defendidas pelo petista, que eram as metas para eliminar combustíveis fósseis e o roteiro para zerar o desmatamento, ficaram de fora do texto final após forte resistência de países árabes, China e Índia.

Mesmo engajado diretamente nas negociações, Lula não conseguiu superar o bloqueio dos países contrários às iniciativas, apesar de ainda ter conseguido reunir apoio de cerca de 20 nações, entre elas Colômbia, Reino Unido, França, Suécia e Ilhas Marshall. Na conclusão, o documento final não fez qualquer referência aos combustíveis fósseis.

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Após o término das discussões, Lula minimizou o fracasso das propostas e afirmou estar “muito satisfeito com o sucesso” da COP30. Em coletiva neste domingo (23), na África do Sul, onde participou da cúpula do G20, o presidente avaliou que o debate ao menos foi iniciado.

– O que conseguimos foi iniciar um debate sobre algo que todos sabem que terá de acontecer – declarou.

Diante da falta de consenso, o presidente da COP30, André Corrêa do Lago, anunciou que o governo brasileiro vai elaborar, por conta própria, dois “mapas do caminho”: um para orientar a transição energética e outro para desmatamento. Ele não detalhou, porém, como serão estruturadas as iniciativas.