Malafaia acusa Moraes de “omitir fatos” ao manter prisão de Jair
Pleno.News
O pastor Silas Malafaia divulgou nesta segunda-feira (24) um vídeo em que contesta, de São Paulo, a decisão do ministro Alexandre de Moraes de manter a prisão preventiva do ex-presidente Jair Bolsonaro. O religioso afirmou que o ministro “omitiu fatos importantes” ao apresentar a linha do tempo que embasou sua decisão.
No vídeo, Malafaia critica o trecho do voto em que Moraes aponta descumprimentos das medidas cautelares. O ministro citou que Bolsonaro violou regras em 21 de julho, ao usar redes sociais, e depois em 3 de agosto, quando teria participado virtualmente de atos com bandeiras dos EUA. Para o pastor, essa versão “não corresponde à verdade”.
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Malafaia apresenta outra cronologia. Ele diz que, em 9 de julho, o governo dos Estados Unidos enviou uma carta ao Brasil criticando o processo contra Bolsonaro. Em seguida, afirma que, no dia 18, Moraes aplicou novas medidas cautelares, como tornozeleira eletrônica e restrição ao uso de redes sociais.
O pastor também aponta que, em 30 de julho, um documento americano mencionou Moraes ao justificar tarifas impostas contra o Brasil. Segundo ele, o texto citava “assédio, censura e perseguição” ao ex-presidente.
Ao comentar a manifestação de 3 de agosto, Malafaia afirma que o ato foi convocado por ele para protestar contra “censura” e não teve relação com tarifas ou tentativa de coagir o STF. Ele critica Moraes por, segundo ele, ter usado apenas recortes da imprensa para ligar Bolsonaro ao evento.
O pastor também rebate a tese da Procuradoria e do ministro sobre a violação da tornozeleira. No voto, Moraes afirmou que Bolsonaro “violou dolosa e conscientemente” o equipamento. Já o ex-presidente declarou em audiência de custódia que teve um “surto” provocado pela combinação de medicamentos controlados.
Malafaia acusa o ministro de ignorar o laudo médico apresentado pela defesa. Ele diz que isso mostra “desrespeito” e que a prisão estava “preparada” com antecedência.
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