Novo paradigma energético exige flexibilidade e armazenamento no Brasil, diz pesquisador da USP

Publicado em: 01/11/2025 20:35

Em conversa com ((o))eco, Roberto Rockmann destaca importância do Brasil desenvolver flexibilidade de operação para equilibrar demandas futuras entre diferentes fontes de energia

A transição energética é uma das principais linhas de ação da 30ª edição da Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), que será sediada no Brasil em Belém-PA em uma semana.

 

“O fato do Brasil ser uma referência internacional em energia de baixo carbono não torna o país imune a diversos problemas, como aumento de subsídios na produção de energia renovável e consequentemente nas tarifas, falta de estratégia para contornar a rampa de carga elétrica e outros”, pondera Roberto Luiz Rockmann que é escritor, jornalista, divulgador e estudioso dentro da temática do setor elétrico.

 

Formado pela Universidade de São Paulo (USP), Roberto cobre há 20 anos o setor de infraestrutura para jornais e revistas, com destaque para o jornal Valor Econômico, no qual acompanhou o racionamento de energia elétrica. Desde 2019, edita e produz o podcast quinzenal Giro Energia sobre o setor elétrico. Organizou em 2018 o livro de 20 anos do mercado livre de energia elétrica, editado pela Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE). Em 2021, lançou em coautoria com o também jornalista e escritor Lúcio Mattos o livro-reportagem ‘Curto-Circuito: quando o Brasil quase ficou às escuras (2001-2002)”, sobre os 20 anos do racionamento de energia.

 

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Atualmente, Roberto Rockmann é mestrando no programa de engenharia de produção da Escola Politécnica da USP e sua pesquisa busca elucidar a atuação de grupos de interesse e do legislativo na regulação do setor elétrico. Nesta entrevista para ((o))eco, Rockmann discute um pouco da situação atual do sistema elétrico brasileiro, além de desafios e prioridades para a execução da transição energética no contexto nacional e global.

 

 

 

Roberto Rockmann: O Relatório da Ember posiciona o Brasil como detentor da matriz elétrica mais renovável entre os países do G-20, com mais de 90% da eletricidade gerada por fontes limpas, como hidrelétricas, usinas solares e eólicas e também biomassa. Os dados ainda indicam que as emissões do setor elétrico brasileiro atingiram o pico em 2014, com o crescimento das energias eólica e solar superando a demanda crescente. A geração de combustíveis fósseis em 2024 foi quase 50% menor do que há uma década. No mesmo período, a participação da geração eólica e solar aumentou de 2% em 2014 para 24% em 2024.

 

 Fonte: Extra

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