O cara disse que iria para o Senado, depois disse que iria para o governo, em seguida resolveu ir de novo para o Senado, levou um aperto e agora diz novamente que vai para o governo

Até mesmo pau mandado precisar ter vergonha na cara. É preciso ser muito cara de pau para ir com tanta conversa furada para cima do eleitor

O senador Marcos Rogério (PL), chamado carinhosamente de Rogerinho pelos mais íntimos, se apresenta como uma metamorfose ambulante. Aparentemente não sabe o que quer, não sabe o que diz e não entende direito nem o que pensa. Mas isso é somente aparência. Na verdade, ele não passa de um pau mandado.

Vamos aos fatos: Rogerinho veio com a conversa furada de que sairia candidato ao Senado, alegando que a direita precisa dele. Ora, justo ele que por anos foi de um partido de esquerda. Rogerinho aparentemente acha que o eleitor é besta. Em seguida, disse que disputaria o governo de Rondônia.

Depois disso, o ex-presidente Jair Bolsonaro, em uma motociata em Brasília, pregou na camiseta de Rogerinho o número 222, mostrando que ele deveria sair ao Senado mesmo. Houve até ação judicial movida pelo Ministério Público Eleitoral contra Rogerinho e Bolsonaro por propaganda eleitoral antecipada. E agora, Rogerinho diz novamente que sairá ao governo.

Parece um indeciso, um cidadão que vive em uma constante metamorfose ambulante. Mas não é nada disso. Na verdade, Rogerinho é pau mandado.

Ele agora está dizendo que disputará o governo porque Bolsonaro quer no Senado gente que possa enfrentar o ministro Alexandre de Moraes. Rogerinho é aquele que afundou a CPI da Lava Toga. Fala grosso quando discursa para a galera, mas na hora do vamos ver, aparentemente afina.

Tudo indica que Rondônia tem um senador frouxo. Não aguenta um apertão que já muda de ideia. Aparentemente não aguentou a pressão na época da votação da CPI da Lava Toga, e agora não aguenta a pressão do Bolsonaro.

E aquela conversa furada de que a direita precisa dele no Senado? Só papo furado mesmo, pelo jeito. É o que temos em Rondônia. Rogerinho, o senador frouxo.