Especialistas alertam que, na falta de lubrificante durante a relação sexual, o ideal é não improvisar com produtos caseiros. Substâncias como vaselina, óleos corporais, cremes hidratantes e itens de cozinha podem causar danos à saúde íntima, alterar o pH vaginal, favorecer infecções e ainda comprometer o uso de preservativos. O recomendado é utilizar apenas lubrificantes desenvolvidos para a região genital, à base de água ou silicone e testados dermatologicamente.

Segundo ginecologistas e dermatologistas, produtos oleosos — como vaselina, óleos de cozinha ou óleo mineral — degradam o látex da camisinha, aumentando o risco de gravidez indesejada e IST. Já cremes corporais, loções perfumadas, xampus, condicionadores e sabonetes podem causar irritações, alergias, dermatite de contato e desequilíbrios da flora vaginal, além de favorecer candidíase e vaginoses. Até itens aparentemente inofensivos, como manteiga, margarina ou alimentos pastosos, podem reter resíduos na mucosa e gerar complicações.

Entre os produtos que também devem ser evitados estão saliva, desodorantes íntimos ou corporais e pomadas medicinais sem prescrição. A saliva pode transmitir IST e provocar microfissuras; já desodorantes contêm álcool e fragrâncias que irritam a mucosa. Pomadas, por sua vez, podem mascarar sintomas e gerar resistência medicamentosa. Quando não houver lubrificante adequado disponível, especialistas recomendam adiar a relação ou buscar uma farmácia.