Veterinário é condenado a 4 anos e 6 meses por produzir carne seca imprópria para consumo

Publicado em: 14/11/2025 09:45
Felipe Alexandre Vaz adulterava produto com sal mineral bovino; mais de 3 toneladas foram apreendidas em empresa que fornecia para escolas estaduais

A condenação é resultado de uma denúncia feita em junho de 2024, quando mais de 3 toneladas de carne foram apreendidas em empresa que fornecia alimento a escolas do estado. Foto: captada 

O veterinário Felipe Alexandre Vaz foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão e pagamento de 43 dias-multa pela produção e comercialização de carne seca imprópria para consumo humano em uma fábrica de Rio Branco. A sentença, proferida pelo juiz Flávio Mariano Mundim no último dia 29, resulta de denúncia apresentada em junho de 2024, quando mais de 3 toneladas de carne foram apreendidas na empresa que fornecia alimentos para escolas do estado.

De acordo com as investigações do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Estado do Acre (IDAF) e da Vigilância Sanitária, a empresa adulterava as carnes utilizando sal mineral bovino, produto veterinário formulado exclusivamente para as necessidades nutricionais de animais. O veterinário, que foi representado pela Defensoria Pública do Acre, tem direito de recorrer da decisão em liberdade, enquanto um segundo réu envolvido no caso foi inocentado das acusações.

À época, a Secretaria de Estado da Educação, Cultura e Esportes (SEE-AC) informou que não possuía contrato com a empresa envolvida na apreensão de carne clandestina e que segue todos os protocolos de recebimento e armazenamento dos alimentos.

Felipe Alexandre Vaz adulterava produto com sal mineral bovino; mais de 3 toneladas foram apreendidas em empresa que fornecia para escolas estaduais. Foto: captada 

Ainda segundo a perícia, foi contestado que a higienização e armazenamento dos charques descumpriam normas sanitárias. Além da merenda escolar, as carnes também eram comercializadas em supermercados.

“Não há dúvidas que a matéria prima utilizada (carne industrial e sal mineral) são impróprias para a finalidade que estavam sendo destinadas. Como se não bastasse, a higiene do local caracteriza a inapropriedade do consumo humano de qualquer produto fabricado naquele local”, ressaltou o magistrado.

Conforme o processo, Vaz admitiu o uso inadequado dos produtos para industrialização das carnes, mas ainda assim, negou que o produto estivesse contaminado.

A sentença, proferida pelo juiz Flávio Mariano Mundim no último dia 29, resulta de denúncia apresentada em junho de 2024. Foto: captada 

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