Como preparar o café para que ele faça bem e prolongue seu tempo de vida

Publicado em: 10/11/2025 18:24
Xícara de café. Foto: ilustração

A médica Trisha Pasricha, pesquisadora da Escola de Medicina de Harvard, analisou dezenas de estudos científicos e concluiu que o café pode contribuir para uma vida mais longa, desde que consumido de forma adequada. Uma pesquisa de 2022 com 170 mil adultos no Reino Unido mostrou que quem bebia entre uma e três xícaras e meia por dia tinha até 30% menos risco de mortalidade. O segredo, porém, está nos detalhes do preparo e nos acompanhamentos.

Os benefícios desaparecem quando se adicionam açúcares ou cremes processados em excesso. Pasricha recomenda no máximo uma colher de chá de açúcar e duas colheres de sopa de leite integral por xícara. “Os populares ‘coffee creamers’ têm pouco ou nenhum creme e são compostos principalmente por óleos vegetais e açúcares”, alertou a médica ao Globo. Quem consome café sem adoçar apresenta a maior redução na mortalidade.

O método de preparo também é crucial. O café filtrado, coado ou instantâneo, oferece mais benefícios que métodos sem filtro como prensa francesa. A explicação está nos diterpenos, compostos que elevam o colesterol e são retidos pelos filtros de papel. O horário do consumo igualmente importa: beber café antes do meio-dia causa menos interferência na produção de melatonina, hormônio do sono.

Pasricha resume a fórmula ideal: “Até três xícaras e meia de café filtrado por dia, com pouco açúcar e sem cremes processados”. A pesquisadora reforça que o café é a principal fonte de antioxidantes na dieta de muitas populações e está associado a menor risco de Parkinson, diabetes e alguns cânceres quando consumido com moderação e consciência.

Como o café pode te ajudar a viver mais

Xícara de café. Foto: Reprodução

Pesquisas recentes indicam que o café pode contribuir para uma vida mais longa, mas seus benefícios dependem do modo de preparo e do que é acrescentado à bebida. A médica Trisha Pasricha, de Harvard, aponta que estudos com mais de 170 mil pessoas mostraram até 30% menos risco de mortalidade entre quem consome de uma a três xícaras e meia por dia.

O efeito protetor é atribuído aos antioxidantes presentes no café, associados a menor risco de doenças como Parkinson, diabetes tipo 2 e alguns tipos de câncer. Os ganhos, porém, se perdem quando há excesso de açúcar, adoçantes artificiais ou cremes processados.

Pasricha recomenda limitar a adição a uma colher de chá de açúcar e duas de leite integral por xícara. Ela afirma que os populares “coffee creamers” são ricos em óleos vegetais e açúcares e que adoçantes artificiais não replicam os benefícios do consumo sem açúcar. Especiarias como canela são apontadas como alternativas seguras para dar sabor sem prejudicar a saúde.

O método de preparo também interfere nos resultados. Estudos mostram que o café filtrado, seja coado ou instantâneo, reduz mais o risco de mortalidade do que preparos sem filtro, como prensa francesa ou espresso. Isso ocorre porque filtros de papel retêm diterpenos, substâncias que elevam o colesterol LDL. A médica observa ainda que o horário faz diferença: quem toma café principalmente pela manhã tem menor risco geral de morte, enquanto o consumo tardio prejudica a produção de melatonina e a qualidade do sono

Compartilhar

Faça um comentário