Quem são os líderes do CV transferidos para o presídio de Beira-Mar; veja a lista

Sete chefes do Comando Vermelho (CV) foram transferidos nesta quarta (12) para o presídio federal de Catanduvas, no Paraná, a mesma unidade onde está detido Fernandinho Beira-Mar, principal liderança da facção. A operação foi coordenada pela Polícia Penal Federal a pedido do Ministério da Justiça e da Secretaria de Administração Penitenciária do Rio de Janeiro (Seap-RJ).
O transporte ocorreu sob forte esquema de segurança, com apoio da Base Aérea do Galeão. Os detentos estavam no presídio de Bangu 1, no Complexo de Gericinó, e são apontados como integrantes da cúpula do CV, responsáveis por repassar ordens e manter a comunicação entre as comunidades controladas pela facção e os líderes presos.
Segundo fontes do Ministério da Justiça, o isolamento em unidades federais é uma estratégia para interromper o comando das atividades criminosas a partir dos presídios. Entre os transferidos estão figuras centrais da estrutura financeira e operacional do grupo, que atuavam em regiões estratégicas do Rio de Janeiro, como a Baixada Fluminense, Niterói e o Complexo do Alemão.

A decisão foi tomada pelo juiz Rafael Estrela Nóbrega, da Vara de Execuções Penais do Tribunal de Justiça do Rio, que atendeu a uma solicitação das autoridades federais. A medida visa enfraquecer o poder de articulação das lideranças e reduzir os riscos de novas ordens vindas de dentro do sistema prisional estadual.
Embora estejam no mesmo presídio que Fernandinho Beira-Mar, as autoridades garantem que os sete criminosos não terão contato entre si nem com o líder histórico da facção. Cada um permanecerá em regime de isolamento, sem comunicação direta, conforme o protocolo do sistema penitenciário federal.
Confira quem são os chefes do CV transferidos:
- Arnaldo da Silva Dias (“Naldinho”): condenado a 81 anos, 4 meses e 20 dias; administrador da “caixinha” do CV, com base em Resende;
- Carlos Vinícius Lírio da Silva (“Cabeça do Sabão”): pena de 60 anos, 4 meses e 4 dias; atua na comunidade do Sabão, em Niterói;
- Eliezer Miranda Joaquim (“Criam”): condenado a 100 anos, 10 meses e 20 dias; chefe da facção na Baixada Fluminense;
- Fabrício de Melo Jesus (“Bicinho”): pena de 65 anos, 8 meses e 26 dias; natural de Volta Redonda, integra a comissão da facção;
- Marco Antônio Pereira Firmino da Silva (“My Thor”): condenado a 35 anos, 5 meses e 26 dias; liderança no Morro Santo Amaro, Zona Sul do Rio;
- Alexander de Jesus Carlos (“Choque”): pena de 34 anos e 6 meses; ligado ao Complexo do Alemão;
- Roberto de Souza Brito (“Irmão Metralha”): condenado a 50 anos, 2 meses e 20 dias; também atua no Complexo do Alemão.
